Na volta às aulas, cuidado com a catapora

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Vacinação é a melhor forma de prevenir a doença e as vacinas estão disponíveis no SUS e na rede privada

Com o retorno das atividades escolares, pais e responsáveis já ficam preocupados com o aumento de casos de doenças virais em crianças. Especialmente, se levar em conta os dados do Programa Nacional de Imunização, que mostram baixos índices de cobertura vacinal em todo o país. Em Minas Gerais, de acordo com  a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 742 municípios estão com alto risco de reintrodução de doenças que poderiam ser evitadas com a imunização de crianças menores de 2 anos.

A vacinação é a forma mais eficaz e segura de proteção contra doenças infecciosas, entre elas a varicela (catapora), doença altamente contagiosa causada por um vírus. O sintoma mais comum da varicela é uma erupção cutânea que se transforma em bolhas cheias de líquido que coçam e depois formam crostas. A erupção geralmente aparece primeiro no rosto, no peito e nas costas e depois se espalha para o resto do corpo. Outros sinais e sintomas de varicela podem incluir febre, cansaço, perda de apetite e dor de cabeça. Estima-se cerca de 3 milhões de novos casos por ano. É uma doença de notificação compulsória apenas em casos graves internados e óbitos.

De acordo com o pediatra do Mater Dei Santa Genoveva, Edson Fayad, o risco de contágio da catapora é maior de setembro a dezembro, que acontece devido à sazonalidade da doença. Ou seja, é uma doença que “aparece” no início da primavera até a chegada do verão e, com a volta às aulas, crianças não vacinadas e expostas ao vírus têm grande chance de contraí-la.

O médico esclarece que o cuidado de uma criança com catapora, desde que não possua comorbidades, é o controle dos sintomas com antialérgicos (para diminuir a coceira), antitérmicos (para redução da febre), ingerir bastante líquido e atenção aos sinais de alerta. “Muita atenção porque não pode utilizar antitérmicos que contém Ácido Acetil Salicílico (AAS)”, alerta Fayad. Por isso, geralmente, uma consulta para o diagnóstico e acompanhamento dos sintomas se faz necessária. “Lembrando que o curso da doença geralmente é benigno. Ou seja, sem nenhuma complicação. Mas, quando acompanhado pelo médico, o risco de quaisquer complicações passarem sem serem vistas, diminui drasticamente”, complementa.

Embora não seja comum, a complicação mais frequente é a infecção secundária da pele por bactérias da própria pele, ou a Síndrome de Reye – uma doença grave que afeta o fígado e o cérebro, e pode causar a morte quando a criança é medicada com AAS.

Para a maioria das crianças saudáveis, a catapora desaparece sozinha, sem tratamento. Entretanto, deve-se afastá-las da creche ou escola e convívio social por um período de  7 dias, a partir do início do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.

A melhor forma de prevenção da catapora é a vacinação. No calendário básico de vacinação (PNI), a primeira dose é dada aos 15 meses de vida, com reforço aos 4 a 6 anos. Na rede privada, a vacina é dada aos 12 meses com reforço aos 15 meses. “Caso haja contágio em crianças menores de 1 ano, o ideal é procurar um centro de imunização para realizar a imunoglobulina humana antivaricela-zóster. Em caso de agravamento da doença, pode-se, ainda, usar o antiviral aciclovir”, explica Fayad.

Sobre o Mater Dei Santa Genoveva
Com mais de quatro décadas de história, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar segue investindo em inovação para responder às demandas das novas gerações, promovendo a saúde, em amplo sentido, e mantendo a tradição de pioneirismo preservada desde a fundação, em 1975.

O hospital, que sempre se destacou como pioneiro, conta com um corpo clínico que trabalha com excelência em todas as áreas da medicina e com uma preocupação ímpar com o bem-estar do paciente.

Em caso de urgências e emergências, ligue (34) 3277-9090 ou (34) 3277-9092.