Método minimamente invasivo para realizar exame das trompas com ultrassom já é realidade em Uberlândia

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 Procedimento é um passo importante no avanço da saúde da mulher, principalmente das que buscam soluções para a infertilidade.

Histerossalpingografia. Nome difícil e que causa desespero em muitas mulheres quando precisam fazer este exame ginecológico das trompas, conhecido por ser doloroso. Seu objetivo é visualizar se há obstrução das tubas uterinas, que são finas projeções do útero em direção ao ovário, que trabalham como condutor que permite o encontro do óvulo com o espermatozoide para a fecundação.

De acordo com o ginecologista, especializado em Ultrassom Ginecológico e Laparoscopia, Rodrigo Manieri Rocha, acompanhar o bom funcionamento das tubas uterinas é fundamental para detecção de vários problemas.

“Tem crescido muito o entendimento da importância das tubas na fertilidade e na dor pélvica e problemas dessa região como obstruções, dilatações e aderências podem causar dor e dificultar a fertilidade natural e até mesmo atrapalhar os tratamentos de reprodução assistida. Fazer um bom diagnóstico das tubas é parte essencial na investigação da dor pélvica e dos problemas para engravidar”, afirma o médico.

Evolução
O receio em fazer esse tipo de exame por medo da dor acaba afastando as mulheres de um diagnóstico mais preciso. Exames de imagem foram criados para evitar cirurgias para avaliar as tubas. De acordo com o médico, historicamente, os testes das tubas tem uma fama muito ruim devido ao desconforto. A boa notícia é que existe atualmente um tipo especial de ultrassom com contraste para avaliar as tubas uterinas e a cavidade do útero, chamado histerossalpingossonografia.

O principal objetivo do exame é avaliar a permeabilidade das tubas, além das alterações anatômicas do sistema reprodutivo e as condições do tecido de revestimento interno do útero. O exame pode detectar, também, malformações uterinas e tubárias, a presença de qualquer deformação anatômica resultante da presença de pólipos, miomas, adenomiose e hidrossalpinge, além das sinequias uterinas, que aparecem como aderências e cicatrizes.

Para o especialista, o procedimento minimamente invasivo é um passo importante no avanço da saúde da mulher. “Podemos dizer, com segurança, que a técnica com ultrassom transvaginal e uso de salina e gel de lidocaína é mais simples, mais rápida, e menos dolorosa e desconfortável que o exame com raio X e contraste de Iodo. Sem contar o benefício de evitarmos a radiação. Esse tipo de ultrassom é feito, inclusive, no consultório e deve ser realizado em uma parte específica do ciclo menstrual, além de possuir poucas contraindicações”, explica.