Thomas Cultural traz exposição e música que refletem a fusão da cultura africana e brasileira

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A Casa Thomas Jefferson abre a temporada de eventos culturais que fazem parte do compromisso da escola em oferecer à comunidade de Uberlândia arte e  cultura. Na próxima terça-feira (14), às 18h, será aberta a exposição Tesouro, da artista visual Leni Vasconcellos. O público que estiver presente também poderá prestigiar o show da saxofonista e compositora mineira Maria Bragança, que apresenta o projeto Jazzuê Trio. O evento é gratuito.

A exposição Tesouro, da artista visual Leni Vasconcellos, estará no saguão da Casa Thomas Jefferson até 26 de junho e poderá ser visitada de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados das 8h às 12h. A exposição traz pinturas que valorizam a mulher e a cultura africana.

O trabalho  de Leni é um reflexo dos 13 anos em que viveu em países da África. Em cada uma das 20 telas expostas está impressa a leitura dos significados das cores, da cultura, dos hábitos, das alegrias e também das dores dos povos com os quais conviveu no Camarões, Togo e Benin.

“Tesouro é a imersão nas riquezas que vivi e das trocas intensas de vivências com povos de expressões exuberantes e uma riqueza cultural em toda parte. O público irá encontrar uma reprodução de objetos de arte, símbolos filosóficos, sons e cores contagiantes onde me entreguei ao registro das diversas manifestações artísticas, religiosas e populares”, revela a artista.

Composta especialmente por pinturas à óleo, Leni utiliza movimentos, relevos e formas especiais para trazer cenas do cotidiano, especialmente das mulheres nos diferentes povoados e áreas urbanas. Leni Vasconcellos é uma artista visual que despertou para as artes visuais ainda criança, em Brasília, onde trabalhou em jornais, começou a carreira em grandes veículos até passar a viver em países do continente que chama de “terra-mãe”.

Por tudo isso, o trabalho, segundo Leni, é realmente um tesouro, não só pelo impacto visual e pela qualidade artística ou pelo valor cultural. “ É, acima de tudo, pelo que representa para mim, para todos os brasileiros de ascendência africana e para todos os africanos, em si. É arte e também é registro. É uma história pintada”, comentou.

Vários ritmos e estilos
Para abrilhantar ainda mais a noite da abertura da exposição, a saxofonista mineira Maria Bragança apresentará, pelo projeto Thomas Cultural, a partir das 20h,  uma proposta inédita: o Jazzuê Trio. Formado pela compositora e os músicos Everton Coroné (Acordeon) e Samy Erick (guitarrista), o projeto Jazzuê Trio é um diálogo de polirritmias e contrapontos

melódicos inspirados nas matrizes culturais brasileiras. Do encontro desses legados reinventam-se variadas linguagens artísticas, mergulhando nos afetos e efeitos da música brasileira.

O misto de técnica e emoção do grupo, a serviço de uma música além de fronteiras e estilos, pode ser constatado pela maleabilidade com que se prestam as inusitadas leituras dos clássicos brasileiros. Tudo isso com execução irrepreensível e uma rara capacidade de estabelecer paralelos e reforçar vínculos entre linguagens, épocas e geografias. A mais fina música brasileira em contato com as matrizes culturais.

Bacharel em saxofone com título de Mestre em Música pela Robert Schumann Musikhochschule Dusseldorf de Colônia, Alemanha, Maria Bragança cria pontes entre Europa, América do Sul e África. No âmbito do jazz realizou concertos ao lado de nomes como Djalma Correa, Guitarrista Toninho Horta, contrabaixista Eberhard Weber, Mustapha Teddy Adyr, Nana Vasconcelos, dentre outros.

Serviço:
O quê: abertura da exposição Tesouro, às 18h, e apresentação do Trio Jazzuê, às 20h.
Quando: terça-feira, 14 de maio de 2024
Onde: Casa Thomas Jefferson – Rua Otília Souza Oliveira, 71 Morada da Colina
Entrada Franca