Ao contrário dos cursos de idiomas tradicionais, o ensino bilíngue promove a vivência contínua em dois idiomas, influenciando o desenvolvimento cognitivo e preparando estudantes para um mundo globalizado.
Escolher uma boa escola é uma das decisões mais importantes para as famílias e entre as alternativas mais desejadas atualmente está o ensino bilíngue, um modelo que vai muito além das tradicionais aulas de inglês. A principal diferença está na imersão: o idioma estrangeiro faz parte de toda a rotina escolar — sendo incorporado às disciplinas e ao cotidiano dos alunos.
“A criança não aprende inglês como um conteúdo isolado, mas como uma ferramenta natural de comunicação para se expressar, resolver problemas, interagir e explorar o mundo. Isso muda completamente a forma como ela se desenvolve”, explica a Profa. Denise De Felice, diretora da ONE School, escola bilíngue de educação infantil e ensino fundamental da Casa Thomas Jefferson, em Brasília.
De acordo com resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), para que uma escola seja considerada bilíngue, entre 30% e 50% das atividades devem ser realizadas no segundo idioma, com base nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Isso garante que o aprendizado ocorra de forma integrada, respeitando a legislação brasileira, mas com um currículo expandido, pensado para formar cidadãos para o mundo.
A exposição constante a dois idiomas desde a infância ativa áreas importantes do cérebro e impacta diretamente no desempenho acadêmico e nas habilidades socioemocionais. Segundo Denise, que também é pedagoga e pesquisadora em neurociências e a aprendizagem, “o cérebro da criança está em plena formação e é especialmente receptivo ao bilinguismo, o que torna o aprendizado mais natural e duradouro”.
Além do domínio do inglês, o ensino bilíngue promove avanços significativos em diversas áreas do desenvolvimento tais como as habilidades cognitivas ampliadas, multitarefa e flexibilidade mental, memória fortalecida e atenção prolongada e funções executivas mais eficientes.
Esses benefícios demonstram que o ensino bilíngue não é apenas uma vantagem acadêmica — é uma estratégia de formação integral, que prepara as crianças para serem protagonistas em um mundo cada vez mais interconectado. “A diferença está na vivência. Em uma escola bilíngue, a criança vive o segundo idioma todos os dias, nas brincadeiras, nas aulas de ciências, nas interações com os colegas e professores. É um ambiente que amplia horizontes desde cedo”, conclui a Profa. Denise De Felice.