Cuidar da saúde mental auxilia no combate à obesidade

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Psicólogo orienta a procurar ajuda profissional, para evitar o sobrepeso.

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde (07/04), faz-se necessário falar sobre a obesidade, pois é uma doença crônica que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. Até 2030, estima-se que três em cada dez adultos podem se tornar obesos no Brasil. A previsão faz parte do artigo Time trends and projected obesity epidemic in Brazilian adults between 2006 and 2030, publicado em julho de 2022, na Scientific Reports. A situação é ainda mais complicada para o sexo feminino. A prevalência de obesidade é estimada em 30,2%, nas mulheres e 28,8% nos homens. Em todo Brasil, a expectativa é que um quarto da população adulta pode estar vivendo com obesidade em 24 das 27 unidades geográficas do país.

A Organização Mundial da Saúde – OMS classifica o acúmulo de gordura como fator de risco para várias doenças crônicas, como a hipertensão, asma, apneia do sono e diabetes, afetando a expectativa de vida.

Segundo especialistas, a principal causa da obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva por longos períodos, consumo em excesso de alimentos calóricos, principalmente os processados, fast foods, bebidas calóricas e refrigerantes.

Adotar um estilo de vida saudável, orientado por profissionais multidisciplinares, e cuidar da saúde mental, pode mudar essa realidade e trazer benefícios para a saúde. Segundo explica o psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa Júnior, fatores emocionais são primordiais nesse processo. “Os fatores emocionais estão diretamente ligados à questão da obesidade, entre outros, não só ambientais como orgânicos. Eles trabalham em comunhão para que a pessoa possa vir a desenvolver quadro de obesidade. Portanto é importante trabalhar as emoções, como a pessoa lida com a ansiedade e a depressão. Pois essas doenças são portas abertas para um possível quadro de obesidade”, comenta.

O psicólogo orienta as pessoas com sobrepeso a procurarem assistência médica, nutricional e principalmente psicológica. “Um psicólogo torna-se necessário nesse processo. Revertendo consequências psicológicas que podem incluir além da depressão, imagem corporal prejudicada, baixa autoestima, transtornos alimentares, estresse e baixa qualidade de vida”, finaliza.