Cinco opções para empreender com os R$ 300 do auxílio-emergencial

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Com investimentos de até R$ 300, é possível obter bons lucros. Basta saber o que, como e onde comprar e vender

 

Embora parte dos brasileiros provavelmente nunca tenha ouvido falar no filósofo grego Platão, que viveu entre 427 a.C. e 347 a.C., é provável também que a maioria conheça e entenda muito bem o significado de uma de suas frases mais famosas: a necessidade é a mãe da invenção. Com um imenso percentual da população na informalidade, encontrar formas para aumentar a renda é o combustível criativo de muitos brasileiros, que precisam “se virar” para sustentar a família sem contar com um salário fixo mensal – ou seja, necessidade gerando inventividade. 

Para quem pretende empreender e não dispõe de um capital inicial para aplicar no negócio, a boa notícia é que o governo estendeu até dezembro o pagamento do auxílio-emergencial, no valor de R$ 300. À primeira vista, a cifra pode parecer baixa. Mas, acredite, é possível iniciar um negócio lucrativo com apenas três notas de R$ 100 – ou até menos. 

Um belo exemplo é o casal Priscila Dias dos Santos Oliveira, 33 anos, e Rafael Sokal da Silva Oliveira, 35, que criou um negócio que está incrementando a renda da família com mais de R$ 2,5 mil mensais. Moradores de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde junho os dois compram cadeiras em Santa Catarina, nas lojas da VestCasa, rede especializada em artigos de cama, mesa e banho e utilidades para o lar, revendendo-as em seguida pelas redes sociais. Os objetos, pelos quais pagam R$ 67, vêm desmontados e são negociados já montados por R$ 115. 

O curioso é que Priscila e Rafael começaram o negócio por acaso, ao comprarem duas cadeiras do mesmo modelo de cores diferentes. Uma delas foi colocada à venda no Marketplace do Facebook e despertou a atenção de dezenas de potenciais consumidores, despertando a veia empreendedora do casal. O investimento inicial de R$ 117 (R$ 67 da cadeira, mais R$ 50 da adesão ao Clube Vestcasa) já garantiu um lucro superior a R$ 12 mil em poucos meses. 

Confira a seguir formas de começar um negócio lucrativo com o valor do auxílio-emergencial: 

 

1) Compra e venda online de produtos em geral 

A internet é praticamente um shopping center, onde pode-se comprar de tudo – de alimentos e remédios até veículos e imóveis, passando por todos os tipos de bens consumo e bens duráveis imagináveis. O segredo, como em todo bom negócio, é comprar barato para conseguir oferecer preços atrativos e, ainda assim, garantir alguma margem de lucro. As plataformas para encontrar as barbadas e depois revender incluem as conhecidas OLX, Mercado Livre e Marketplace (Facebook), além de lojas virtuais mais segmentadas, como Enjoei (roupas e acessórios) e Estante Virtual (livros e impressos em geral). Em todas, com R$ 300 é possível fazer boas compras. Exemplo: é fácil encontrar aparelhos de microondas em perfeitas condições à venda por preços entre R$ 80 e R$ 100. Se você colocá-los à venda por R$ 120 ou R$ 150, fará um bom negócio, assim como o comprador, que pagará muito menos do que um aparelho novo. 

 

2) Revenda de itens de cama, mesa, banho e artigos para casa 

Com anuidade de R$ 50, que pode ser paga via cartão de crédito ou boleto, o Clube Vestcasa dá aos associados descontos exclusivos em todas as lojas VestCasa. Diferentemente de boa parte dos varejistas que propagandeiam vender a preço de custo, a VestCasa comercializa, de fato, inúmeros produtos com baixíssimas margens de lucro. O poder de negociação junto a fornecedores, a fabricação própria de vários itens e um sistema de logística especialmente pensado para a empresa são as peças-chave para que os preços da rede sejam, de fato, imbatíveis. Para quem pretende revender itens deste segmento, o Clube VestCasa é uma excelente opção, com produtos de todos os departamentos com grandes descontos. Para se ter uma ideia, uma única cadeira Eiffel, que no varejo é vendida a R$ 98,27, cai para R$ 67,46, entre outros itens.

 

3) Revenda de produtos de beleza 

Baseada no conceito de venda porta a porta pelo modelo de marketing multinível, a Embelleze Venda Direta comercializa algumas das principais marcas de produtos para cabelos do mercado. No total, são mais de 300 itens entre tratamentos, tinturas, shampoos e pós-shampoos, além dos produtos de transformação, cosméticos, maquiagens e nutracêuticos (ômega 3, colágeno etc.). Com um investimento inicial de R$ 200 em produtos de sua escolha, os participantes têm a possibilidade de dobrarem o capital em poucos dias. Além dos ganhos com as vendas que realizam, também podem montar suas próprias equipes de venda, passando a receber ganhos sobre as compras e vendas realizadas por essas equipes. 

 

4) Revenda de sapatilhas 

A Mil e Uma Sapatilhas oferece aos parceiros a possibilidade de revenda de sapatilhas, calçados femininos, sapatos de salto, tênis, botas, rasteirinhas, chinelos, anabelas, mocassins e scarpins. A primeira compra deve incluir ao menos quatro numerações diferentes (do 34 ao 39). Vendedores de São Paulo podem comprar um par de sapatilhas por R$ 25 (em dinheiro) ou R$ 27 (no cartão). Em outros estados, os valores são de R$ 27 (dinheiro) e R$ 29 (cartão). Os revendedores podem negociar os produtos adquiridos pelo preço que quiserem – em média, os valores de uma sapatilha no varejo ficam em torno de R$ 35. Ou seja, ao comprar 10 pares no dinheiro (R$ 250), o vendedor pode faturar um total de R$ 350, chegando a um lucro de R$ 100 em apenas um lote de produtos. 

 

5) Revenda de produtos por catálogo 

Esta modalidade é uma excelente forma de se iniciar um negócio próprio e muitas vezes pode ser feita com investimentos baixíssimos – em alguns casos, nem é necessário investir, basta apenas ter o “nome limpo” e realizar um cadastro simples. Em geral, os produtos são enviados pelas empresas fornecedoras obedecendo determinados ciclos – semanal, quinzenal, mensal, etc. Após a encomenda dos clientes, o revendedor informa os pedidos à empresa, que por sua vez remete os itens solicitados de acordo com os prazos preestabelecidos. Os pagamentos, que podem ser feitos no momento da encomenda (mais raramente), na entrega dos produtos ou após  determinados prazos, rendem aos revendedores comissões que variam entre 15% e 40% sobre o preço final. Entre as empresas que trabalham com venda por catálogo estão Natura, Boticário e Eudora (cosméticos e perfumaria), Rommanel (joias), Imagem Folheados (brincos correntes e acessórios) e Herbalife (produtos de nutrição e controle de peso).