Brasil registra mais de 15 mil casos novos por ano de câncer de boca

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A doença, que tem mais de 15 mil novos casos por ano, afeta homens e mulheres e apresenta taxa de mortalidade de 40%, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) | Crédito: Freepik

Cirurgiã dentista da Hapvida NotreDame Intermédica alerta que diagnóstico precoce aumenta a chance de cura.

Feridas na boca que não cicatrizam há mais de 15 dias, nódulos com crescimento rápido, rouquidão persistente, dificuldade para mastigar e engolir e áreas esbranquiçadas na cavidade bucal são sintomas que fazem acender o alerta para o câncer de boca. A doença, que tem mais de 15 mil novos casos por ano, afeta homens e mulheres e apresenta taxa de mortalidade de 40%, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), figurando como o oitavo tipo de neoplasia mais frequente no Brasil, sendo, entre os homens, o quarto mais comum.

A cirurgiã-dentista da Hapvida Interodonto, Ana Luísa Nolasco, explica que o câncer bucal é um tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochecha, palato e língua. A profissional aponta que os principais fatores de risco são exposição ao sol, álcool, fumo, higiene bucal inadequada, dentre outros.

No mês de novembro, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal busca alertar a população sobre essa doença, muitas vezes desconhecida por grande parte das pessoas. Nesse sentido, Ana Luísa destaca a importância da conscientização sobre a patologia, já que, com o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam substancialmente.

“No estágio inicial, a doença é silenciosa, geralmente, sem muitos sintomas. Por isso, a importância de visitar periodicamente o cirurgião-dentista para fazer a avaliação.  O diagnóstico precoce é importante para que se tenha uma maior chance de cura e um aumento da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes”, reforça.

Em casos suspeitos, como manchas ou lesões esbranquiçadas e espessas (leucoplasias), a busca por assistência odontológica deve acontecer a cada três ou quatro meses. No caso de pacientes que já foram tratados, a avaliação deve obedecer à mesma periodicidade.

Ana Luísa orienta a realização do autoexame para detectar possíveis alterações para que se tenha um diagnóstico inicial e o tratamento ideal. “Realize o autoexame na frente do espelho para visualizar melhor e observar o palato, a língua, a gengiva, os lábios e o assoalho bucal, além da área do pescoço, podendo observar mudanças na coloração, manchas, feridas ou nódulos. Lembrando que o autoexame não substitui o exame clínico com o profissional especializado”, alerta.