Chegada do inverno aumenta incidência de doenças respiratórias; saiba como se prevenir do dia-a-dia

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Casos de contaminação por Influenza e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) aumentaram no último mês; especialista em virologia dá dicas de prevenção à população.

O inverno chegou e, com ele, o aumento de registros de doenças do sistema respiratório na população brasileira. Dados do último Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 27 de junho, registraram o crescimento do número de contaminações pelo vírus Influenza entre adultos. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) segue como o principal vírus identificado entre crianças, levando a internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

De acordo com o farmacêutico, especialista em virologia e professor dos cursos de Saúde da Una, Tharlley Rodrigo Eugênio Duarte, existem diversos motivos para o aumento da incidência de doenças do sistema respiratório, como gripe, resfriado e Covid-19, durante o inverno. Entre eles, estão as condições climáticas: a queda da temperatura e da umidade relativa do ar favorece a propagação de vírus e provoca a constrição dos vasos sanguíneos, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções.

Com as alterações das condições climáticas, as pessoas também tendem a adotar atitudes que colaboram para a propagação de vírus, como manter as janelas fechadas, impedindo a circulação do ar; e reduzir a exposição à luz solar – e, consequentemente, à vitamina D –, o que enfraquece o sistema imunológico. Além disso, nesses períodos, algumas pessoas podem desenvolver alergias, ocasionando espirros e tossidos e favorecendo a transmissão de doenças.

Combate
Para combater a transmissão desses vírus, determinadas atitudes podem ser tomadas no dia-a-dia. “Várias delas, nós aprendemos com maior facilidade durante a pandemia de Covid-19, como a lavagem correta e regular das mãos, sempre antes de comer e depois de usar o banheiro, ao retornar de locais públicos e entrar em contato com superfícies potencialmente contaminadas”, relembra Duarte. Caso esteja em locais sem acesso a água e sabão, é recomendado higienizar as mãos com álcool em gel 70%.

Outras medidas de combate são: estimular a ventilação em ambientes internos; não tocar as mãos ou o rosto de outras pessoas e nem dar beijos e abraços em ambientes públicos; evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados; e, em caso de sintomas alérgicos ou gripais, manter o distanciamento social – e, caso não seja possível, utilizar máscara facial. A etiqueta da tosse também é um conceito importante e que precisa ser mantido em vista.

“Ao tossir ou espirrar, sempre tente cobrir o nariz e a boca com papel descartável ou com o antebraço, especialmente em ambientes fechados”, orienta Duarte. E, por fim, a última orientação é cuidar da saúde de uma maneira geral. Alimentação saudável, exercícios físicos regulares e sono de qualidade são essenciais. “Devemos manter o estilo de vida mais equilibrado possível para que tenhamos um sistema imunológico adequado para combater as infecções virais, caso sejamos acometidos por elas”.

O risco do VSR
O VSR é um vírus respiratório comum, altamente contagioso, que geralmente causa sintomas leves e semelhantes ao resfriado, mas que pode ser grave, especialmente para crianças prematuras, com baixo peso, menores de dois anos e/ou que já têm asma ou doenças prévias no coração ou pulmão, podendo levar à internação. De acordo com o último Boletim InfoGripe, o VSR é o mais identificado, sendo responsável pelas internações de crianças em dez capitais do Brasil, incluindo Belo Horizonte (MG).

professor dos cursos de Saúde da Una, Tharlley Rodrigo Eugênio Duarte, dá algumas dicas para evitar as contaminações pelo VSR. “A vacinação ainda é uma das medidas mais eficazes para a prevenção de doenças virais, então, certifique-se de que calendário de vacinação da criança esteja em dia, incluindo as vacinas sazonais contra gripe e VSR, porque essa é uma medida que diminui bastante o risco de internação dessas crianças”, defende.

Para os adultos, outras recomendações são: incentivar as crianças a higienizarem as mãos com regularidade, evitar o contato com pessoas doentes, manter a etiqueta da tosse, utilizar máscaras em locais fechados, realizar consultas pediátricas periodicamente e manter a amamentação das crianças até o sexto mês de idade, para fortalecer o sistema imunológico e torná-la menos suscetível a infecções virais.

“Lembrando que a medida principal sempre é a prevenção e que adultos devem ter uma consciência maior quando se trata de crianças. Às vezes, a criança pode não ser acometida pela doença, mas ela pode transmiti-la para crianças imunocomprometidas”, finaliza Duarte.

Sobre a Una
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