Profissional de Tecnologia da Informação fluente em inglês é o mais valorizado do mercado

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Especialistas falam sobre transformação digital e como se diferenciar no mercado.

A demanda exponencial do mercado mundial por profissionais fluentes em inglês é uma consequência clara e direta da pandemia, que quebrou a relação de contato direto entre as equipes de trabalho, especialmente, nas multinacionais. Se antes havia multinacionais com estruturas nacionais e um corpo gerencial local, agora essas empresas otimizam cada vez mais seus processos nas próprias estruturas mundiais ou multi-locais.

“Antes o funcionário de uma multinacional tinha toda uma estrutura organizacional local e a ponta da pirâmide é que se relacionava com as estruturas internacionais. Com a intensificação do trabalho remoto, foi possível otimizar essas estruturas. É comum no cenário atual termos colaboradores se reportando diretamente à sua liderança fora do país, e nesta seara o idioma não pode ser um obstáculo, caso contrário, minimiza o poder de crescimento profissional”, explica Murilo Natal, diretor da inFlux Uberlândia, escola de idiomas que se tornou um “berçário” para empresas que procuram profissionais fluentes em inglês.

E não só as multinacionais estão passando por essa transformação e demandando profissionais fluentes, como também o mercado de Tecnologia da Informação. É ele, o profissional de TI, o mais valorizado no momento.

“Há mais vagas de trabalho do que profissionais de TI qualificados para essa demanda atual que exige fluência em inglês. Juntando aí o fato de que as universidades ficaram congeladas por um tempo por causa da pandemia e pararam de liberar profissional para o mercado, temos então uma área sedenta por profissionais qualificados para o trabalho em nível mundial”, acrescenta Natal.

Daniel Oliveira de Lima concorda. Ele, que é aluno na inFlux, trabalha como administrador de Banco de Dados na IBM/Kyndryl, cujos processos administrativos e de suporte interno estão situados fora do Brasil.

“Nos últimos dois anos, houve mudanças substanciais no mercado de TI. Além da alta demanda em soluções virtuais, a forma de trabalho também se transformou. Hoje o trabalho remoto para profissionais de TI é uma realidade. Devido à necessidade causada pela pandemia, grande parte das empresas precisou se adequar a esse modelo, o que levou a um novo conceito de gestão. Antes, os profissionais precisavam estar fisicamente nas empresas, agora existem várias oportunidades de trabalho remoto, facilitando as candidaturas de profissionais alocados distante dos grandes centros. Esse fenômeno ocorreu de forma global, abrindo muitas possibilidades para trabalhar remotamente para empresas de outros países, minimizando a burocracia que antes existia, como por exemplo aquisição de visto, gastos com mudança, adaptação cultural, etc”, diz Lima.

No entanto, apesar da grande oferta de oportunidades, o fator crucial que tem afetado o mercado de TI no Brasil é a falta do domínio da língua inglesa, na opinião também de Lima.

“O domínio do inglês, que antes era tratado como um “Plus”, agora é um requisito, não somente para empresas internacionais, mas para as brasileiras. A grande maioria dos documentos técnicos estão escritos em inglês, livros, sites de fornecedores… Arrisco a dizer que mais de 90% destes materiais estão em inglês. Indo além dos textos, hoje em dia o mundo é multipolar, empresas possuem bases ou prestam serviços para vários países com várias línguas diferentes, tendo o inglês como elo de ligação nesse contexto.  Se eu pudesse dar uma dica para os profissionais de TI que se dedicam na evolução técnica, na aquisição de certificações, no aprimoramento de novas linguagens computacionais, diria para colocarem o inglês na mesma estante de prioridade, pois um mundo novo de oportunidades irá surgir em suas vidas”, aconselha.

Mercado em movimento na direção do inglês
Fábio Borges é outro renomado profissional de tecnologia da informação com mais de 32 anos, inclusive, coordenando equipes em multinacionais, e que também concorda que a pandemia expandiu o mercado, tornando o profissional fluente em inglês um dos mais procurados e valorizados.

“Houve uma grande corrida para se implementar o home office, que antes era utilizado somente pelas multinacionais, e as empresas também tiveram que se preocupar em como oferecer suporte ao usuário que agora pode estar em qualquer lugar do mundo, gerando muito trabalho para tecnologia. Com todas estas transformações, inglês para quem trabalha com tecnologia é essencial, básico, obrigatório para se diferenciar no mercado de trabalho. A grande maioria dos profissionais em tecnologia tem inglês técnico (não fala, apenas lê) devido às pesquisas em fóruns, leitura de manuais e até mesmo por muitos softwares estarem disponíveis somente em inglês. Quando se é fluente (também fala), abrem-se inúmeras oportunidades em multinacionais e cargos de gestão, com salários melhores. Há milhares de vagas disponíveis em tecnologia e inglês fluente é um enorme diferencial”, afirma o especialista em proteção de dados, fundador da LGPD Simplificada.

E para atender toda essa demanda por profissionais fluentes em inglês, o mercado de idiomas também se movimentou, adaptando-se e fazendo surgir novos modelos de negócios e produtos. Como exemplo disso, temos o Hybrid e o On Business na inFlux.

“Após um intenso trabalho de redirecionamento de estratégias, lançamos o Hybrid, um produto para ensinar inglês de forma remota que acabou se tornando um novo modelo de negócios. Com uma estrutura física bem mais enxuta, conseguimos ensinar o inglês mesclando o formato presencial e online, sem perder a essência da nossa metodologia que garante o nosso compromisso de aprendizado com o aluno. Outra novidade que veio para contribuir com esse mercado fervoroso foi o curso de On Business que permite ao aluno vivenciar um pouco do uso do idioma no mercado corporativo enquanto se capacita para se tornar um cidadão ou profissional global”, conta Murilo Natal, diretor da inFlux Uberlândia.