No mês do Rock, RockAid comemora um ano com festival

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Desde que teve início o projeto social já levou 10 mil refeições para dois assentamentos

Renato Russo já cantava: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” e essa frase da música “Pais e Filhos” da Legião Urbana reflete muito o que é o RockAid. Surgido na pandemia pela inquietação de ver tanta gente em dificuldade, o projeto se manteve e celebra um ano neste mês de julho com o seu primeiro festival no sábado (16). Isso porque o amor ao próximo é incondicional.

Cléber Oliveira e Jorge Albernaz não são músicos, mas são roqueiros desde que se entendem por gente. Idealizadores do RockAid, acabaram juntando um monte de outros roqueiros para ajudar na cozinha, na entrega, na arrecadação de alimentos e nesse grupo, sempre cabe mais um. No primeiro ano, os Rockaiders fizeram 146 refeições em uma primeira entrega. Esse número ultrapassou 10 mil neste mês, graças à ajuda de muitas pessoas.

Os meninos não levam só a marmita com comida feita com carinho, apreço e amor para os assentamentos Maná e Renascer. Tem suco, frutas e bombom de sobremesa. Algumas campanhas direcionadas para enfrentamento à pobreza menstrual, arrecadação de leite para outros projetos sociais e itens de primeira necessidade foram tomando forma.

Para os idealizadores, assim como a boa música, o trabalho tem que continuar sendo bem feito, e quem sabe, chegar a outras pessoas, a outras cidades. “Da mesma forma que o Live Aid de 1985 nos inspirou, queremos inspirar outras pessoas”.

O Live Aid amenizou a fome na África e promoveu concertos históricos dos maiores artistas da época. E por aqui, o festival também é solidariedade. Toda a renda da bilheteria será revertida para o projeto. As bandas Metástasis, AP7, Mafu e Octávia prometem grandes clássicos do rock de diferentes épocas no palco e segue o lema “Comida para quem precisa. Rock para quem ajuda”.

O público pode esperar o melhor de cada atração e quando voltar pra casa ainda vai ter uma sensação que se divertiu ajudando outras pessoas.

O Dia Mundial do Rock é celebrado no Brasil todo 13 de julho desde 1985, quando o Festival Live Aid aconteceu nesta data e foi visto por mais de 1 bilhão de pessoas de 110 países. Organizado por Bob Geldof, arrecadou mais de US$ 125 milhões para o combate à fome no continente africano e contou com shows de bandas como Queen, U2, Elton John, Phil Collins, entre outros. Um marco na dobradinha rock e solidariedade.

SERVIÇO
O QUE: Festival RockAid
SHOWS: AP7, Mafu, Metástasis e Octávia
QUANDO: Sábado, 16/07
HORÁRIO: 12h às 23h
LOCAL: Espaço Cristal – Rua São José, 366, bairro Tubalina
INGRESSO: R$ 25 – revertidos para o projeto RockAid
ONDE COMPRAR: www.rockaid.org

AS BANDAS

AP7: uma das bandas mais atuantes neste momento na cena local. Além de pop rock, trazem um revival do emocore que ganhou o mundo no final dos anos 1990, início dos anos 2000. Além de covers também  apresentam músicas autorais. A banda é formada por Ítalo Miranda nos vocais, Felipe no baixo, Túlio Fidel na guitarra e Neto Suka na bateria.

METÁSTASIS: banda de músicos  formada por médicos de Uberlândia conhecida por fazer apresentações viscerais e memoráveis. Para eles, precisão no palco é o mínimo almejado. Para tocar os maiores clássicos do rock sobem ao palco Lawrence Garcia no vocal, Flávio Malagoli no baixo elétrico e backing vocals, Francisco Naves na guitarra, Beto Gosuen na outra guitarra e backing vocals e Jeff Waismann (único que não é médico), na bateria.

OCTÁVIA:  quarteto de Uberlândia também com repertório majoritariamente de clássicos do rock e uma banda que faz outras ações solidárias. É formada por Raphael Camberlingo (vocal), William Tomás (baixo), Leonardo Murcher (guitarra) e Gustavo Barbosa (bateria).

MAFU:  uma das bandas mais queridas da região traz uma mistura toda sua. Trilha sonora para ninguém ficar parado. A base da Mafu é formada por Alexandre no baixo, Tico na guitarra e Woody nos vocais.