Os associados da entidade podem solicitar ajuda ou compartilhar dúvidas, reclamações e ideias para melhorar o ambiente de negócios.
Em setembro, a CDL Uberlândia veiculou uma pesquisa com o empresariado da cidade para mapear o cenário econômico após dois anos de pandemia. A partir dos dados coletados, a entidade conseguiu identificar as maiores dificuldades enfrentadas pela iniciativa privada e traçar estratégias com foco na recuperação econômica do nosso ambiente de negócios.
A pesquisa foi respondida por empresários do comércio (54,4%), serviços (36,7%) e indústria (8,9%). A maior parte dos entrevistados possuem empresas de Sociedade Limitada (41%) e Micro e Pequenas Empresas (38,5%).
Questionados sobre os impactos da pandemia em suas receitas, 21,5% dos participantes afirmaram enfrentar uma queda de 10% a 30%; 17,7% tiveram uma redução de 30% a 50% e 15,2% não sofreram nenhuma queda brusca.
Embora as perdas tenham sido significativas, 21,5% das empresas relataram um aumento em suas receitas. A maior parte desse grupo são formados por segmentos que tiveram grande procura durante o isolamento social, como é o caso da construção civil, sobretudo reformas domiciliares, serviços e produtos de limpeza para sanitização de ambientes, embalagens para entregas delivery, serviços de informática para home office e soluções automotivas.
O levantamento também registrou a taxa média de demissões por empresa. 45% dos respondentes precisaram demitir funcionários para manter o negócio aberto. Desse grupo, 85,7% foram obrigados a demitir de 1 a 5 trabalhadores.
Com relação aos principais desafios enfrentados durante esse período, a paralização das atividades pelos órgãos públicos foi mencionada por 49,4%, a falta de capital de giro, por 40,3%, a dificuldade de negociação com parceiros e fornecedores, por 28,6% e a impossibilidade de acesso ao crédito, por 26%.
Outras adversidades citadas na pesquisa foram: a falta de mão de obra qualificada, o baixo poder de compra da população, a concorrência clandestina, a dificuldade de repassar os custos da inflação para o consumidor final, o preço da matéria prima, bem como da energia, do gás e do combustível.
Para minimizar os efeitos da crise, 53,9% das empresas negociaram a antecipação das férias, 47,4% implementaram o atendimento online, 42,1% optaram pela redução de carga horária e salários, 32,9% iniciaram a modalidade de delivery e 31,6% adaptaram sua estrutura para o trabalho remoto.
Questionados sobre quais soluções efetivamente poderiam melhorar o ambiente de negócios, os principais temas citados foram: o aumento de linhas de crédito com juros menores, a Reforma Tributária e a fiscalização do comércio ilegal na cidade.
CDL lança CENTRAL DE APOIO AO EMPRESÁRIO
Para ampliar a voz da iniciativa privada e buscar alternativas viáveis para a resolução desses e de outros problemas, a CDL lançou a CENTRAL DE APOIO AO EMPRESÁRIO.
O canal é um espaço onde os associados podem solicitar ajuda ou compartilhar dúvidas, reclamações e ideias para melhorar o ambiente de negócios local.
A equipe jurídica, política e institucional da CDL está preparada para atender desde questionamentos simples de uma empresa específica até a mediação de diálogos com órgãos públicos e ações coletivas.
“Embora muitas questões estejam acima de nossa jurisdição e autonomia de decisão é nosso propósito trabalhar para viabilizar o debate. Acreditamos que todo esforço conjunto pode transformar realidades e toda mudança começa por pequenas ações”, ponderou a superintendente da entidade, Lécia Queiroz.
“A voz do setor produtivo precisa ser ouvida. Essa voz que empreende, que trabalha, que emprega, que sustenta famílias e que faz a economia girar. A CDL existe para ecoar mudanças e fazer com que pautas importantes para o desenvolvimento econômico sejam consideradas, defendidas e conquistadas”, afirmou o presidente da CDL, Cícero Heraldo Novaes.
Para utilizar a plataforma, basta acessar cdluberlandia.cdludi.