Entenda porquê os asmáticos devem ter um cuidado especial com a saúde bucal
A halitose é uma condição que, embora muita gente não saiba, pode estar condicionada a mais de 90 causas. Desse modo, além do mau hálito ocasionado pela deficiência de higienização bucal, “ele pode ser gerado também por outros fatores, como a asma, por exemplo”, explica a Dra. Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose e Presidente da Associação Brasileira de Halitose.
A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta os brônquios. A sensação da falta de ar e da dificuldade de respiração ocorre, aos portadores dessa doença, em razão do inchaço que as vias nasais sofrem, causado pela inflamação. Já que apresenta problemas na respiração pelo nariz, em uma crise asmática, as pessoas tendem a respirar pela boca, “o que causa o mau hálito”, afirma a especialista.
Isso ocorre porque esse tipo de respiração leva ao ressecamento da mucosa oral e à mudança da microbiota. Em consequência, “a saburra lingual pode se formar com mais facilidade na superfície da língua, o que pode levar ao aparecimento do mau hálito”, alerta a cirurgiã-dentista. A saburra é aquela camada esbranquiçada que geralmente atinge o dorso posterior da língua e é uma das causas mais comuns da halitose.
Vale ainda ressaltar que, além do mau hálito, com o aumento da saburra lingual, o portador da asma pode ter mais chances de desenvolver cáseos amigdalianos (aquelas bolinhas brancas que ficam alojadas nas amígdalas), gengivite e cárie. Outro ponto importante, é que, além da saburra, o estresse pode ser outro fator colaborativo. Em pacientes asmáticos, nos momentos de crise, o estresse e a tensão pela situação podem se agravar, ocasionando uma diminuição salivar, o que pode acarretar também alterações no hálito”, explica Cláudia.
Além dos pontos já citados, a asma também pode influenciar no mau hálito no que se refere a formação do muco e aos medicamentos utilizados. No que diz respeito à mucosa, a dentista afirma que “o muco nasal em excesso, durante as crises, é um excelente detentor de bactérias que podem ajudar a formação da halitose”.
Quanto aos medicamentos, é importante salientar que, como forma de controle da doença, os anti-inflamatórios são remédios bastante eficazes. No entanto, devemos ter cuidado porque alguns podem causar ressecamento bucal, o que seria fator importante também para o aparecimento da alteração do hálito.
Para finalizar, a especialista alerta que, “os asmáticos devem ter um cuidado extra com a sua saúde bucal. Por isso, além da escovação, que deve ser feita sempre após as refeições, o paciente também deve ficar atento na sua alimentação e ingerir bastante água, principalmente durante as crises. Além disso, devem evitar produtos que estimulem a secura bucal, como alguns enxaguantes e cremes dentais. Outro ponto importante a ser lembrado é que os pacientes podem diminuir a quantidade de proteína animal consumida, já que elas tendem a aumentar ainda mais a quantidade de muco produzido pelo corpo”.
Cláudia Christianne Gobor
Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
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