Primeira neurocirurgia complexa de tumor cerebral com paciente acordado é realizada em Uberlândia

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Mantendo a trajetória de pioneirismo, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar é o primeiro hospital da cidade a realizar esse tipo de cirurgia. Método é capaz de reduzir sequelas neurológicas.

Aconteceu no dia 09 de novembro, no Santa Genoveva Complexo Hospitalar, a primeira neurocirurgia de Uberlândia com o paciente acordado.

O Santa Genoveva Complexo Hospitalar sempre foi referência em neurocirurgia no estado de Minas Gerais e pioneiro na região do Triângulo Mineiro. Sempre investiu em tecnologias de ponta e técnicas modernas.

Segundo o neurocirurgião do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Marcelo Batista Chioato dos Santos, essa é uma técnica inovadora e o hospital busca sempre trazer o que há de mais moderno na medicina para Uberlândia. “Neurocirurgias de alta complexidade são realizadas em poucos locais e queremos que os pacientes da nossa cidade tenham acesso às técnicas oferecidas em todo o mundo”, afirma.

O procedimento

A craniotomia, que é a abertura do crânio com o paciente acordado, conhecida como “awake  craniotomy“, foi realizada em um paciente jovem e que possuía um tumor de 30 ml de volume, considerado grande, em uma área nobre do cérebro e de difícil acesso.

“Foi uma cirurgia de alta complexidade e manter o paciente acordado em alguns momentos foi de extrema importância. Com o auxílio da tecnologia e do que há de mais moderno na medicina, conseguimos com que o paciente saísse ileso e sem sequelas do centro cirúrgico”, comemora.

“O tumor estava em uma área de difícil acesso, responsável pelas funções primárias, como a fala, linguagem semântica, calculia, movimento e memória. Dependendo do tipo de cirurgia, ele poderia sair sem falar ou se movimentar. Operar um paciente acordado foi um grande desafio. O paciente começa o procedimento sedado e, depois, a sedação é parcialmente retirada para que ele responda a alguns estímulos. Com isso, conseguimos saber até onde podemos ir sem afetar as funções neurológicas. Nessa cirurgia retiramos o máximo do tumor sem afetar as funções executivas de extrema importância. Após a cirurgia, o paciente passa bem e com as funções da fala preservadas. Está com um leve déficit do lado esquerdo, por conta do edema, mas a perspectiva é que ele fique 100% ainda no pós-operatório”, explica o neurocirurgião.

De acordo com Marcelo Chioato, foram oito horas de cirurgia e integraram a equipe cerca de dez profissionais entre anestesiologista, neurocirurgiões, neuro radiologista e neuropsicóloga, além de enfermeiros.

Tecnologia de ponta: o diferencial

“Com certeza realizar a cirurgia na Sala Híbrida foi o grande diferencial. A tecnologia nos proporcionou executar um mapeamento das áreas nobres e mais eloquentes no cérebro durante o procedimento. O aparelho de tomografia disponível na Sala Híbrida nos permite maior controle operatório e pós-operatório imediatos, com estudo tridimensional da doença que vai ser tratada e/ou operada”, esclarece.

Sala Híbrida

O Santa Genoveva Complexo Hospitalar sempre se destacou como um hospital pioneiro, trazendo para Uberlândia o que há de mais moderno em medicina. Em 2015, implantou a primeira sala cirúrgica híbrida de Minas Gerais, capaz de realizar diagnósticos e tratamentos de alta complexidade, com técnicas minimamente invasivas.

É um avanço tecnológico voltado especialmente para radiologia intervencionista, neurocirurgia, cirurgia cardíaca, vascular, endovascular e de coluna. A Sala conta com o sistema de radiologia AlluraClarity.

Possui o melhor microscópio cirúrgico da cidade, aparelho de tomografia para realização de exames em tempo real, reconstrução de imagens tridimensionais, além da possibilidade de estudos vasculares e cateterismo no transoperatório e arteriografia no momento da cirurgia.