O Brasil vive, em 2025, uma verdadeira epidemia silenciosa de saúde mental infantil. Segundo levantamento recente do Ministério da Saúde, o número de atendimentos por transtornos de ansiedade em crianças de 10 a 14 anos cresceu 2.500% nos últimos dez anos, saltando de 1.850 registros em 2014 para mais de 24.300 casos em 2024. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, o avanço foi ainda mais alarmante: +3.300% no mesmo período, com mais de 53 mil atendimentos anuais registrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
O cenário preocupa especialistas e famílias. A pandemia de COVID-19, o isolamento social, o uso excessivo de telas, a hiperexposição às redes sociais e a pressão escolar têm sido apontados como fatores determinantes. Dados do Distrito Federal, por exemplo, mostram que, só entre 2019 e 2024, os atendimentos por ansiedade aumentaram 493% em crianças e 1.686% em adolescentes.
Diante dessa crise, novas abordagens terapêuticas vêm ganhando espaço. Uma delas é a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), método que atua diretamente nas causas emocionais profundas e memórias inconscientes associadas à ansiedade, depressão e traumas.
“A TRG não trabalha apenas com o sintoma, mas com a origem emocional daquele sofrimento”, explica o terapeuta Robson Stolfi, especialista em TRG. “Por meio de técnicas específicas, acessamos os registros inconscientes e reprocessamos essas memórias, devolvendo à criança o equilíbrio emocional e ferramentas para lidar melhor com suas emoções.”
Além de aliviar sintomas de ansiedade e depressão, a TRG auxilia na regulação emocional, no controle de impulsos e no fortalecimento da autoestima infantil. Utilizando recursos lúdicos e simbólicos, a terapia proporciona à criança um espaço seguro para expressar e ressignificar seus sentimentos.
Segundo Stolfi, a técnica tem se mostrado eficaz principalmente em quadros de ansiedade de separação, medo excessivo, tristeza recorrente, crises de irritabilidade e até dificuldades escolares relacionadas ao emocional.
Cenário mundial também é crítico
O fenômeno não é exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, a taxa de ansiedade em crianças subiu de 7,1% para 10,6% entre 2016 e 2022. A depressão infantil também aumentou de 3,2% para 4,6% no mesmo período. Especialistas apontam as redes sociais como um dos principais gatilhos para a saúde mental de crianças e pré-adolescentes em todo o mundo.
Prevenção e intervenção precoce são fundamentais
Para Robson Stolfi, o cuidado emocional precisa começar cedo e envolver escolas, famílias e serviços de saúde. “Quanto mais precocemente identificarmos os sinais e oferecermos apoio terapêutico, menores as chances de agravamento desses quadros no futuro. A TRG é uma ferramenta poderosa nesse processo de resgate emocional e fortalecimento psicológico infantil”, afirma.
Sobre Robson Stolfi
Terapeuta especializado em Terapia de Reprocessamento Generativo, Robson Stolfi é doutorando em Educação e atua há mais de 3 anos no desenvolvimento de métodos terapêuticos focados na saúde emocional de crianças, adolescentes e adultos.
Instagram: @libervita.terapia / @robsonstolfi.trg
