Além de diferentes opções de tratamento utilizadas, estudo recente ainda oferece perspectiva promissora no combate da doença
Após o diagnóstico e o estadiamento do câncer, é chegado o momento do tratamento da doença. A etapa que já foi sinônimo de medo e insegurança, deve ser encarada com otimismo pelos pacientes, afinal avanços para aprimorar os tratamentos oncológicos têm sido constantes. Inclusive, no combate ao câncer de colo de útero, tipo de tumor que ganha destaque durante o mês de março em razão da campanha ‘Março Lilás’, que visa conscientizar sobre a doença, um estudo recente revelou novas combinações de tratamentos que são resultados animadores na luta contra este tipo de câncer. Além da novidade, os métodos mais comuns também são meios de combater o tumor no colo do útero.
O estudo KEYNOTE-A18 apresentado durante o congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO, em inglês), que aconteceu no último ano em Madrid, na Espanha, trouxe resultados animadores para o tratamento do câncer de colo de útero. Foi percebido que a combinação do atual padrão de tratamento da doença com o uso de imunoterapia resultou em uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão da doença.
Os progressos conquistados ainda reforçam o quanto essa etapa da luta contra o câncer deve ser encarada com confiança pelo paciente, como comenta a oncologista da Oncoclínicas em Uberlândia, Gisela Matos. “Com os avanços alcançados, os tratamentos oncológicos estão cada vez mais personalizados, e isso vem permitindo estabelecer terapias mais adequadas no momento certo para o paciente. Além de ter mais eficácia, muitos aprimoramentos nos tratamentos também têm visado preservar a qualidade de vida e aliviar efeitos que podem ser provocados pelas terapias. Além disso, o otimismo é um forte aliado nesta etapa e o cenário do tratamento oncológico favorece que os pacientes sejam esperançosos”, diz Gisela.
Para combater o câncer de colo de útero, as principais opções de tratamento incluem radioterapia, cirurgia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. As modalidades podem ser realizadas isoladamente ou em combinação, dependendo do estágio da doença. Conheça um pouco mais sobre a aplicação de cada opção contra o tumor no colo do útero:
Cirurgia: a cirurgia oncológica pode ser indicada em diversas situações, sendo necessário avaliar o estágio, o nível de disseminação do tumor e as condições de saúde do paciente. A forma de tratamento é muito utilizada em casos da doença em estágio inicial.
Ao considerar a cirurgia como opção para o tratamento do câncer de colo de útero, também precisará ser avaliado o tipo de procedimento cirúrgico a ser realizado. Isso porque, os objetivos da paciente devem ser levados em consideração, como a intenção de ter filhos. Alguns tipos de cirurgias podem levar à infertilidade, mas há opções de procedimentos que preservam o órgão e permite que a mulher ainda realize esse desejo.
Radioterapia: neste caso, a radiação é utilizada para destruir ou incapacitar a duplicação de células causadoras de tumores. Esse tipo de tratamento é muito utilizado combinado com a quimioterapia e em casos de tumores no colo do útero em estágios intermediários da doença.
A radioterapia também tem diferentes modalidades e o tipo a ser utilizado também é definido de acordo com o caso da paciente. Para o tratamento do câncer de colo de útero, pode ser utilizada a radioterapia interna, em que a fonte da radiação é colocada dentro do útero, no tumor ou próximo a ele. Esse tipo muitas vezes é associado com a radioterapia externa, em que a fonte de radiação estará fora do corpo do paciente. Em Uberlândia (MG), a Oncoclínicas é pioneira no serviço de radioterapia na rede privada de saúde e oferece tratamentos cada vez mais seguros e menos invasivos, utilizando tecnologia de ponta.
Quimioterapia: a quimioterapia usa medicamentos injetados na veia ou administrados via oral para combater o câncer. Este tipo de terapia, combinado com a radioterapia, é geralmente o principal tratamento do câncer de colo de útero. Em casos mais avançados da doença, a quimioterapia, geralmente, é usada isoladamente.
Terapia-alvo: na terapia-alvo os medicamentos são desenvolvidos para atingir pontos do corpo responsáveis pelo crescimento dos tumores. Essa medicação age diferente dos quimioterápicos convencionais e tem menos efeitos colaterais. No caso do câncer de colo uterino, essa forma de tratamento muitas vezes é indicada quando a doença é persistente, e ela pode ser utilizada associada com a quimioterapia.
Imunoterapia: na imunoterapia o propósito é fortalecer o sistema imunológico do paciente com medicamentos que visam fazer com que o corpo perceba as células cancerígenas e combata o seu crescimento. A combinação da imunoterapia com outras formas de tratamento é uma das formas mais comuns de utilização dessa terapia, inclusive, esse formato é uma inovação promissora contra o câncer de colo de útero.
O cenário da doença no Brasil
O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres e é considerado a quarta causa de morte por câncer no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa do Instituto é que 17.010 novos casos sejam diagnosticados neste ano, representando uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
A principal causa deste tumor é a infecção sexualmente adquirida com certos tipos do vírus HPV (papilomavírus humano). Existem mais de 100 tipos do vírus e pelo menos 14 deles são considerados cancerígenos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), dois tipos de HPV (16 e 18) causam 70% dos cânceres de colo de útero e lesões pré-cancerosas diagnosticadas.
A especialista comenta sobre as ações que contribuem para mudar o cenário e evitar a doença. “A principal estratégia para a prevenção do câncer de colo de útero é a vacinação contra o HPV, disponível para crianças a partir dos 9 anos de idade em toda a rede pública do país. A imunização deve acontecer antes do início da vida sexual, e além dela, a realização do exame de rotina ginecológica, como o Papanicolau, também é uma forma de prevenir o tumor. Através da avaliação é possível identificar lesões antes de se tornarem câncer. A indicação é realizar o exame anualmente, dos 25 aos 64 anos de idade, mesmo as mulheres vacinadas contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos do vírus que podem causar câncer”, diz Gisela.
Sinais do câncer de colo de útero
O desenvolvimento do tumor é lento, por isso não costuma apresentar sinais nas fases iniciais. Porém, em estágio mais avançados, o câncer de colo de útero pode causar:
- Sangramento vaginal anormal;
- Menstruação mais longa que o comum;
- Sangramento e dor após a relação sexual;
- Dor abdominal;
- Secreção vaginal anormal, acompanhada ou não de sangue.
Em relação aos sintomas da doença, a oncologista orienta. “Os sinais do câncer de colo de útero também podem acontecer devido a outros fatores. Mas, caso perceba algum deles, é imprescindível procurar uma orientação profissional. Assim como vários outros tipos de câncer, identificar o tumor nos estágios iniciais aumenta consideravelmente as chances de cura. Entretanto, o ideal é fazer o exame preventivo, o Papanicolau, para identificar lesões pré-cancerosas e eliminá-las antes de evoluírem”, finaliza.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 615 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.
Para mais informações, acesse http://www.grupooncoclinicas.com