sábado, novembro 23, 2024
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Procura por novas oportunidades no exterior aumenta, mas acesso a outros países passa por respeito às leis

A ideia de morar no exterior em busca de oportunidades melhores de emprego e renda ou de formação acadêmica vem seduzindo ainda mais os brasileiros nos últimos anos. Entre 2009 e 2022, o número de emigrantes saídos do Brasil em direção a outros países cresceu 44%, aumentando de 3,18 milhões para 4,59 milhões a população de residentes que deixaram o país. O número não é exato, mas uma estimativa do Ministério das Relações Exteriores.

O destino preferido dos brasileiros são os Estados Unidos, com uma concentração de 1,9 milhão de residentes. Em segundo lugar vem Portugal, com 360 mil pessoas, seguido do Paraguai, com 254 mil brasileiros. No fim da lista, aparecem países como Tadjiquistão, com apenas quatro brasileiros residentes, Antígua e Barbuda, com dois emigrantes, e Coreia do Norte, Micronésia e São Cristóvão e Neves, com um único morador brasileiro.

“Esse cenário mostra que temos uma população atraída pela tentação de emigrar, e as relações diplomáticas com outros países contribuem para isso. O brasileiro pode entrar em mais de 150 países sem a exigência do visto de turismo. Portanto, não existe a necessidade de tentar entrar ilegalmente em lugar nenhum”, explica Paulo Victor Freire, do escritório Paulo Victor Freire, especializado em Direito Internacional.

“Não existe nada pior para um emigrante do que começar uma relação com outro país desobedecendo suas regras. Isso vale para a emissão de visto. Ao invés de fazer uma aposta alta com pessoas que prometem caminhos ilegais, é melhor investir em orientação para ter acesso ao visto de uma forma mais simples e dentro da lei. Entrar desta maneira é mais fácil e não coloca a vida de ninguém em risco”, pontua Paulo Victor.

Segundo o advogado do escritório Paulo Victor Freire, os vistos negados são por motivos diversos, mas principalmente por falhas na apresentação de documentos, na escolha incorreta do visto, na comprovação insuficiente de permanência no país ou até mesmo devido à instabilidade emocional no momento da entrevista, nos casos dos consulados que exigem atendimento presencial.

“Preparar-se para todos esses requisitos é bem diferente de ir por conta própria, no escuro, sem saber o que vão perguntar ou exigir em relação aos documentos. E o pior: sem saber também por que teve o visto negado”, compara o jurista. “Muitas pessoas vão para a entrevista confiando puramente na sorte, e voltam decepcionadas. Não existe sorte nesse processo, mas competência e respeito às regras. É a melhor maneira de conseguir o visto desejado”, finaliza.

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