Asco 2023: o que esperar da edição deste ano do maior congresso de oncologia do mundo

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Debate sobre equidade e relação médico-paciente são temas de destaque; Oncoclínicas leva 22 estudos para o evento, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho, em Chicago (EUA)

A equidade no acesso a pesquisas, tratamentos avançados e drogas no combate ao câncer estarão no centro dos debates do Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), maior congresso de oncologia do mundo. O evento, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho, em Chicago, nos Estados Unidos, discutirá formas de garantir que as abordagens de cuidado sejam acessíveis aos pacientes de forma global. Serão apresentados também novos avanços em terapias gênicas, drogas alvo moleculares e linhas de cuidados individualizadas para controle de diferentes tipos de tumores.

Entre os destaques, uma série de estudos brasileiros produzidos pela Oncoclínicas irá compor a programação da edição 2023. Ao todo, uma comitiva formada por mais de 80 profissionais do maior grupo de tratamento oncológico da América Latina participará do evento, onde serão apresentados 17 trabalhos desenvolvidos pelo corpo clínico, cuja participação na Asco cresce ano a ano. Somados a eles, a companhia divulgará ainda dados inéditos de outros cinco estudos realizados por meio da aliança estratégica com a espanhola MedSir, empresa de desenvolvimento e coordenação de pesquisas clínicas com foco em oncologia da qual a Oncoclínicas é sócia. O objetivo é promover a pesquisa oncológica independente em todo o mundo.

“O câncer se tornará a doença mais incidente e de maior causa de morte no mundo até 2040, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Por isso, investir em pesquisa é primordial. A equidade no acesso aos tratamentos de ponta em toda a jornada do paciente oncológico depende fortemente de um empenho global das instituições médicas e de políticas públicas”, comenta o oncologista Bruno Ferrari, fundador e CEO do Grupo Oncoclínicas.

Presença nos palcos da Asco 2023 
Neste ano, além da publicação de artigos e pôsteres sobre estudos da Oncoclínicas, o corpo clínico também marca presença entre os palestrantes e debatedores em aulas dentro da programação principal do evento.

“A pesquisa clínica e a educação são instrumentos de inclusão. A exemplo disso, o Grupo Oncoclínicas vem avançando a passos largos para, de fato, contribuir nessa equação. Levaremos para a Asco a apresentação de estudos em diferentes frentes desenvolvidas pelos nossos médicos, além da nossa participação na programação de apresentações orais em diferentes salas, compartilhando conhecimento com toda a comunidade oncológica mundial em busca das melhores alternativas de cuidados aos nossos pacientes”, destaca Carlos Gil Ferreira, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas.

Entre as aulas lideradas por médicos da Oncoclínicas, destaque para as oncologistas Maria Cecília Mathias, que conduzirá uma sessão totalmente voltada a jovens oncologistas, e Luciana Landeiro, que apresentará os principais estudos da programação do evento voltados ao tema Survivorship, referente aos cuidados com mulheres jovens diagnosticadas com câncer.

Na especialidade de tumores torácicos, duas das principais lideranças médicas da Oncoclínicas coordenam as salas de discussão na Asco: Carlos Gil fará uma aula de revisão sobre os principais modelos de tratamento para o câncer de pulmão EGFRm e sobre novas modalidades para pacientes que desenvolvem resistência às terapias, a partir da análise de combinações da quimioterapia e novas moléculas de tratamento. Já Clarissa Mathias, que integra o comitê científico do congresso, será chair de um debate sobre câncer de pulmão de células não pequenas metastáticas.

Foco no paciente
O tema do congresso este ano é: “Parceria com os pacientes: o pilar do tratamento e pesquisa do câncer”. Segundo Carlos Gil, essa é uma tendência no que diz respeito aos protocolos dentro do atendimento multidisciplinar. “É uma evolução na forma como lidamos com quem sofre com a doença. Cada vez mais os pacientes querem estar envolvidos ou querem ser centrais na decisão terapêutica”, comenta.

Segundo Gil, o movimento surgiu das associações de pacientes das ONGs nos Estados Unidos e Europa e que vem se espalhando ao redor do mundo. Hoje em dia, os especialistas reconhecem a importância dessa troca, fundamental inclusive para estudos clínicos. “Os oncologistas também precisam cada vez mais dessas informações fornecidas pelos seus pacientes, bem como outros stakeholders, como a indústria farmacêutica, e sobretudo as agências regulatórias. Atualmente, há inclusive critérios dos estudos clínicos, os chamados patient reported outcomes, que são as informações que os pacientes trazem e que influenciam na leitura, por parte da comunidade científica, do resultado de um tratamento e por parte das autoridades regulatórias, às vezes no registro ou não, de um determinado medicamento”, explica.

A ASCO coloca essa nova visão como tema principal do congresso, justamente por ser fundamental e impactar no tratamento. “Temos desenvolvido ferramentas para que possamos mensurar isso de alguma maneira. E, quando essa interação não é ideal, podemos intervir melhorando os procedimentos”, enfatiza Gil, diretor médico do Grupo Oncoclínicas.

Engenharia genética, CAR-T e outras inovações
“As terapias envolvendo as células CAR-T continuam promissoras pelos resultados positivos e novos estudos devem ser divulgados durante a ASCO. Outros destaques em termos de avanços médicos estão ligados à imunoterapia, terapia-alvo e aos diagnósticos por medicina de precisão”, comenta o especialista.

“Acredito que os cinco temas principais desse ano são, justamente, a imunoterapia em diversos tipos de tumor, formas de diagnóstico de medicina de precisão e de terapia-alvo, disparidade e equidade. Além disso, algumas novidades terapêuticas em áreas como Car-T, novas formas de terapias gênicas e novas estratégias baseadas em rádio ligantes e anticorpos biespecíficos são ferramentas que, no futuro, iremos usar cada vez mais no tratamento oncológico”, finaliza Carlos Gil.

Sobre o Grupo Oncoclínicas
O Grupo Oncoclínicas – maior grupo exclusivamente dedicado ao tratamento do câncer no Brasil – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, alinhando eficiência operacional, atendimento humanizado e experiência de 12 anos de mercado. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a câncer centers de alta complexidade. São 133 unidades em 35 cidades brasileiras, que permitem acesso a atendimento com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia de última geração, medicina de precisão, inteligência artificial, genoma e DNA, o grupo traz resultados efetivos na democratização do acesso ao tratamento oncológico e realiza 450 mil tratamentos por ano. É parceiro exclusivo na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard. Conta com a parceria da MedSir (Medica Scientia Innovation Research) no desenvolvimento de projetos para o câncer de mama, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, na validação de ampliação de painel NGS (Next Generation Sequencing), que investiga predisposição genética e fatores de risco hereditários, e do Weizmann Institute of Science.