Check-up: início do ano destaca importância da revisão no carro

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Mechanic hands checking up of serviceability of the car in open hood, close up

Segundo o Instituto Scaringella Trânsito, a má conservação dos veículos é responsável por 30% dos acidentes nas estradas

Freios, pneus, bateria, escape e outras peças e estruturas são essenciais para o bom funcionamento de um carro. Para evitar prejuízos e acidentes, é de extrema importância que o automóvel seja seguro para motorista e passageiros e para quem trafega nas mesmas vias. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a agosto de 2022, mais de 150 mil motoristas foram multados por conduzir veículos em mau estado de conservação ou reprovados na avaliação de inspeção de segurança veicular. O problema pode ser ainda maior. Em outra pesquisa do Instituto Scaringella Trânsito, falhas relacionadas à manutenção dos pneus, freios, amortecedores, níveis de óleo e de água, funcionamento de luzes e até mesmo o cinto de segurança causam 30% dos acidentes nas estradas. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os carros em movimento  devem estar em conformidade com todas as exigências da lei, ou seja, precisam estar em um estado que não coloque a vida de pessoas em risco.

Para isso, o serviço de revisão e check-up, quando feito no prazo correto, evita danos ao automóvel e possíveis acidentes. A manutenção preventiva ajuda também no momento da revenda, já que veículos bem cuidados, estética e mecanicamente, atraem compradores com mais facilidade. A revisão é uma bateria de testes que diagnosticam a saúde do carro. “Nesse momento, é observado o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas, sejam mecânicos ou elétricos. Existindo falhas ou problemas que possam se agravar  no futuro, a oficina responsável fará a substituição preventiva de algumas peças”, explica o chefe da oficina da Ford Slaviero, Marcio Anhaia. Ele aconselha que é melhor investir em revisões programadas do que se deparar com gastos maiores em uma manutenção corretiva.

O ideal é levar para a revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros. Todavia, esse prazo cai para a metade nos casos de veículos com uso mais severo, isto é, os que rodam constantemente em trânsito lento. “É importante destacar que os planos de manutenção  definem prazos específicos também para a troca de determinados componentes, como as velas de ignição”, comenta Marcio.

Saiba quais itens não podem ficar de fora do check-up:

Escape
Um sistema de escapamento defeituoso pode significar baixa eficiência de combustível, potência reduzida e, às vezes, ventilação inadequada dos gases tóxicos que o motor produz.

Direção e suspensão
Peças de direção soltas, amortecedores ou molas danificadas, montagens ou buchas quebradas ou gastas, causam desconfortos e  insegurança ao dirigir.

Pneus
Para garantir maior segurança, é necessário um técnico treinado para inspecionar o alinhamento e os pneus. A inspeção também pode revelar desalinhamento, que diminui a vida útil dos pneus, causando a instabilidade  do veículo e aumentando o consumo do combustível.

Freios
O sistema de freios é um dos recursos de segurança mais importantes. Mas, como muitas outras peças, quando não aplicada a pastilha de freio original ela diminui a eficiência da frenagem parando alguns metros a mais  o veículo, isso causa sérios problemas, além do desgaste precoce das peças. É imprescindível certificar que o sistema esteja em ótimo estado.

Itens menores
Apesar de não configurarem problemas estruturais, é preciso atentar para alguns outros mecanismos do carro que podem causar falhas no futuro. Na hora da revisão, o técnico pode verificar os níveis dos fluidos; líquido de arrefecimento; fluido de freio; nível do reservatório do lavador de parabrisa e óleo do motor; velas de ignição e filtros de óleo; combustível e ar; carga da bateria; sistema do ar condicionado; faróis e limpador de parabrisa.