Bioestimuladores de colágeno são aposta para quem deseja efeito rejuvenescedor com aspecto natural

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A médica Anna Laura Peppe

Resultado é pele do rosto ou do corpo mais firmes

O colágeno é fundamental para a manutenção e firmeza da pele. Produzida naturalmente pelo corpo humano, a proteína vai diminuindo com o decorrer dos anos e idade. Além de ser responsável pela força e firmeza da pele, o colágeno também desempenha um papel na sustentação das outras estruturas do rosto e corpo.

De acordo com a dermatologista Anna Laura Peppe, da Clínica Audatti, como a produção dessa substância diminui a partir dos 25 anos, os tecidos vão se tornando mais flácidos, com a sensação de “derretimento do rosto, por exemplo. “Desde o início da vida adulta (25 anos), os fibroblastos (células produtoras de colágeno) ficam menos ativos e a produção do colágeno tem uma perda aproximada de 1 a 1,5% ao ano. A proteína vai sendo substituída por outro tecido, menos elástico e mais fibroso, dando lugar para a flacidez, as rugas e uma sensação de desabamento. O estilo de vida também pode influenciar e piorar esse processo, como tabagismo, exposição solar e à poluição”, explica.

A médica afirma que para ter uma pele bonita e com efeito rejuvenescedor, muitas pessoas têm apostado nos bioestimuladores de colágeno. Com a estimulação da produção da proteína, segundo Anna Laura, a pele ganha um aspecto mais firme e com textura e brilho saudáveis, de forma prolongada, já que o organismo pode manter colágeno produzido por até 36 meses após o tratamento. “Temos percebido o aumento de vários estudos científicos com o objetivo de rejuvenescer a pele envelhecida ou danificada através do estímulo de colágeno tanto com injetáveis, como com tecnologias. Pesquisas mostram também que o uso prolongado de peptídeos de colágeno hidrolisados por via oral pode estimular essas células e aumentar o colágeno, elastina e ácido hialurônico. Quanto mais houver a associação de estímulos, melhores os resultados. Para se ter uma ideia, existem aproximadamente 28 tipos de colágeno diferentes no nosso corpo. Os da pele são os formadores de fibrilas, para dar sustentação, predominantemente os tipos I e III”, esclarece.

Bioestimuladores de colágeno
Os bioestimuladores são substâncias injetadas em determinadas camadas da pele, que provocam uma leve reação inflamatória na derme. Eles ativam os fibroblastos, células que produzem o colágeno, dando maior sustentação e firmeza à pele, tanto em tratamentos faciais quanto corporais. Os estimuladores de colágenos podem ser usados para diminuição das rugas, reposição de áreas fundas do corpo e rosto, suavizar linhas de expressão, amenização de cicatrizes, redução da celulite e flacidez, além de uma pele mais firme e viçosa. Também podem ser utilizados na região dos glúteos, seja para empinar o bumbum ou suavizar uma celulite profunda e incômoda.

“Os estimuladores de colágeno tratam queixas como sensação de derretimento e desabamento do rosto, flacidez com acentuação de rugas, cicatrizes de acne, flacidez de abdômen pós parto, flacidez de braços e coxas, dentre outros. São substâncias distintas de acordo com cada produto: ácido poli L lático, hidroxiapatita de cálcio, dentre outros, que estimulam a produção do próprio colágeno do paciente. Por isso, os resultados são vistos a partir de três meses do procedimento e duram até dois anos. Como o processo de envelhecimento é constante, o ideal é que sejam feitas manutenções a cada 1-2 anos. Gestantes, pacientes com doenças autoimunes ou doenças ativas são contraindicados e seus casos devem ser avaliados individualmente pelo dermatologista”, explica Anna Laura Peppe.

Tomar colágeno funciona?
Estudos apontam que principalmente com o início da menopausa as mulheres passam a perder água, ou seja, desidratar a pele, além de perder fibras elásticas e colágenas. Estudo realizado recentemente avaliou, durante 90 dias, pessoas que tomaram colágeno associado ao silício orgânico, e apontou que o processo de envelhecimento da degeneração da matriz extracelular, ou seja, onde realmente ficam o colágeno e as fibras elásticas foi reduzido.

“O estudo revelou que as pessoas envelheceram mais devagar e também produziram mais fibras elásticas e fibras colágenas. O interessante do estudo é que ele mostra também a melhora de hidratação de pele. O colágeno oral jamais vai substituir um procedimento, mas pode potencializar os resultados dos bioestimuladores e tecnologias. O ideal é que o oral seja associado. Por isso, é importante sempre conversar com o médico especialista para avaliar o momento certo de tomar a dose e o tempo do tratamento”, pontua Anna Laura.