CDL Uberlândia realiza pesquisa sobre o “Impacto da Covid-19 nas Finanças” dos cidadãos

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Os salários que não foram proporcionais aos aumentos de diversos produtos e serviços (50%), seguido da redução de renda (33%) e do desemprego (17%); neste contexto, 35% das pessoas deixaram de pagar as contas.

A pandemia da covid-19 é um dos maiores desafios da história a nível mundial. Além da ameaça à saúde pública, as pessoas têm sentido na pele os impactos econômicos, as dificuldades em pagar as contas e garantir o sustento. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia com mais de 300 pessoas, entre os dias 8 e 17 de fevereiro mostrou como surto da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus impactou as finanças dos moradores de Uberlândia a começar pelos atrasos de pagamentos.

A maioria (35%) dos entrevistados disse que deixou de pagar despesas mensais, como contas de água, luz, telefone e internet. Outros 16% renunciaram a algum item de consumo pessoal, 11% de itens para o lar, 13% atrasaram o pagamento de cartão de crédito, outros 13% deixaram de pagar impostos, 8% de financiamento e 4% de empréstimos feitos.

Os motivos, segundo os entrevistados, foram os salários que não foram proporcionais aos aumentos de diversos produtos e serviços (50%), seguido da redução de renda (33%) e do desemprego (17%).

Para dar conta dessa avalanche de problemas, e se adequar à nova situação financeira, 51% das pessoas fizeram cortes no orçamento familiar, 38% priorizaram as contas básicas do dia a dia, e 11% se organizaram para quitar contas em atraso para recuperar o crédito.

E alguns conseguiram ir além. A pesquisa mostrou que 36% dos que foram ouvidos saíram do vermelho, 36% guardaram dinheiro, 10% fizeram viagem, 18% reformaram ou compraram imóveis.

Apesar de 65% das pessoas relatarem que a situação financeira em 2020 foi pior que em 2019, neste ano a vacina tem chegado para trazer esperança. Ainda há um longo caminho a percorrer e a economia vai continuar sendo impactada. Com essa percepção, a expectativa para vida financeira familiar em 2021 para 22% dos entrevistados vai permanecer igual, para 39% pode ser melhor que em 2020 e 39% pode piorar.

De acordo com o presidente da CDL Uberlândia, Cicero Heraldo Novaes, diversos setores da economia sofreram uma brusca redução no faturamento, ocasionando em desemprego, e consequentemente, diminuição do poder de compra. “Infelizmente muitos empresários estão em situações extremamente difíceis, muitos já fecharam as portas e outros estão amargando prejuízos, tendo que demitir. É efeito cascata, se não há sustentação das empresas, não há emprego, o poder de compra diminui e os preços dos produtos e serviços sobem”, explica Cicero.