Terceira idade se mostrou mais vulnerável a problemas psicológicos durante a pandemia
A depressão é uma das doenças mentais que mais afeta os idosos. Principalmente, aqueles que moram sozinhos. Envelhecer não é fácil, mas aquelas pessoas que continuam inseridas no convívio social com atividades de lazer, entretenimento ou trabalho se sentem mais produtivas e importantes. No entanto, com a pandemia e o isolamento social, os idosos foram ficando cada vez mais sozinhos em casa. Conversamos sobre esse assunto com o geriatra, Dr. Diogo Kallas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que 5,8% dos brasileiros têm depressão. A prevalência quase dobra entre os que estão na faixa etária de 60 a 64 anos: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11,1% dos idosos estão depressivos.
Infelizmente, a depressão não tem causa específica. Ela se dá a partir de uma série de problemas relacionados. “É importante se manter ativo, não se afastar da família e amigos, se alimentar bem e praticar atividades físicas para cuidar da saúde como um todo”, explica o doutor.
É hora de ficar atento aos sinais.
“Os familiares devem dar mais atenção aos idosos, por chamadas de vídeo, ligações e mensagens ao longo do dia. Os principais indícios de que algo não vai bem são:
– Perda de apetite;
– Alteração no sono;
– Desinteresse por assuntos que antes gostava;
– Falta de energia;
– Dores no corpo;
– Descuido com a aparência, perda de autoestima”, afirma.
Como prevenir a depressão na terceira idade
De acordo com o geriatra, as dicas para evitar a depressão são:
– Manter os relacionamentos. Distanciamento não é cortar laços;
– Continuar com a rotina saudável. Dormir bem, se alimentar bem, procurar atividades físicas que possam ser feitas em casa;
– Ocupar o tempo livre com coisas que gosta como cantar, ler, assistir filmes, desenhar, cozinhar e aprender coisas novas;
– Relaxar. Descanse, durma, faça orações, medite. Enfim, é fundamental fazer algo para aliviar o corpo e a mente.
Os familiares e cuidadores devem orientar e incentivar os idosos a se cuidarem. Ao perceber os sinais, procure um médico. Às vezes, é difícil aceitar ajuda, mas é preciso.