Parkinson: cirurgia inovadora chega a Uberlândia

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Mantendo a trajetória de pioneirismo, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar é um dos primeiros hospitais da cidade a realizar cirurgia capaz de melhorar os sintomas da Doença de Parkinson

 Rigidez articular, tremores e lentidão nos movimentos podem ser sintomas de uma doença crônica que causa uma degeneração progressiva dos neurônios que são relacionados ao controle dos movimentos: a Doença de Parkinson.

Alinhando-se às mais importantes tecnologias mundiais da medicina, aconteceu no dia 14 de outubro, a primeira cirurgia para implantação de eletrodo para estimulação cerebral direcional de Uberlândia. O procedimento foi realizado na Sala Híbrida do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, em um paciente de 57 anos.

Segundo o neurocirurgião do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Rodrigo Bueno, esse tipo de cirurgia é uma possibilidade para tratamento da Doença de Parkinson. “Esse paciente já trata a doença há mais de cinco anos. O eletrodo direcional consegue fazer uma estimulação muito precisa do cérebro e, por ele, é possível fazer um ajuste extremamente refinado da região cerebral que vai ser estimulada”, afirma.

Estatística

Segundo a  Associação Brasil Parkinson  a causa da doença ainda é desconhecida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa doença acomete cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos. No Brasil, o  Ministério da Saúde, estima que 200 mil pessoas sofram com o Parkinson.

Estudos apontam que, na maioria dos pacientes, o Parkinson pode surgir a partir dos 55 aos 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70 anos.

O procedimento

A cirurgia para implante de eletrodo cerebral direcional é um procedimento minimamente invasivo, realizado com apenas dois furos no crânio. O eletrodo implantado é semelhante a um chip e é capaz de modular a área do cérebro que está doente pelo Parkinson.

O objetivo dessa cirurgia é melhorar os sintomas, além de proporcionar mais qualidade de vida e autonomia aos pacientes.

Esperança no tratamento 

“Esse tipo de cirurgia traz uma nova esperança para as pessoas que convivem com o Parkinson e já tratam há bastante tempo. Ela é indicada para casos em que a medicação não está mais conseguindo controlar bem os sintomas. Para isso, ela é excepcional. Mas é importante salientar que essa cirurgia não impede a progressão da doença”, explica.

O médico reforça que a cirurgia não é indicada para primeiros anos da Doença de Parkinson. “Essa é uma doença que se parece com outras doenças neurológicas que não respondem bem à estimulação profunda. Portanto, o ideal é esperar a manifestação completa para se ter a certeza de que o diagnóstico do Parkinson está correto. Além disso, se o paciente está conseguindo controlar bem os sintomas com a medicação, ele não precisa se submeter a uma cirurgia neurológica”, finaliza o neurocirurgião Rodrigo Bueno.

Sala Híbrida

O Santa Genoveva Complexo Hospitalar sempre se destacou como um hospital pioneiro, trazendo para Uberlândia o que há de mais moderno em medicina. Em 2015, implantou a primeira sala cirúrgica híbrida de Minas Gerais, capaz de realizar diagnósticos e tratamentos de alta complexidade, com técnicas minimamente invasivas.

É um avanço tecnológico voltado especialmente para radiologia intervencionista, neurocirurgia, cirurgia cardíaca, vascular, endovascular e de coluna. A Sala conta com o sistema de radiologia  AlluraClarity.