domingo, dezembro 21, 2025
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Quando deve-se iniciar a reposição hormonal?

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Médica ginecologista Marcella Marinho detalha todos os passos para a mulher fazer a terapia e ter melhor qualidade de vida

A partir dos 35 anos toda mulher inicia um processo de declínio hormonal. Ao longo dos anos e progressivamente, essa menor produção natural dos hormônios começa a causar sinais e sintomas de maneira singular em cada organismo.

A médica ginecologista Marcella Marinho explica que a menopausa é culturalmente o grande marco, e é mais fácil de ser lembrada por se tratar de um evento único: trata-se da última menstruação. “Porém, muitas são as mulheres que entre os 48 e 55 anos sofrem com as consequências desse declínio hormonal. Esse período de transição da vida reprodutiva à senilidade, chamamos de climatério”, esclarece.

Segundo Dra. Marcella, os principais hormônios impactados nesta fase da vida da mulher são os estrogênios, embora também a testosterona seja afetada — sim, a mulher também tem esse hormônio.

Ela alerta para a importância da mulher realizar seus exames com uma periodicidade mais exigente e com um especialista, não apenas pelos desagradáveis sintomas como ondas de calor, sangramento irregular, fadiga, libido diminuída, distúrbios do sono, secura vaginal, incontinência urinária, dor na relação sexual, dificuldade de perder peso, perda da elasticidade da pele, irritabilidade, sintomas depressivos e falta de concentração e memória.

Segundo a médica, tratar esses sintomas e promover a qualidade de vida da mulher já é um benefício incontestável. Mas também é muito importante saber que o estradiol é um hormônio que atua em outros órgãos do corpo, como protetor cardiovascular, mantém a densidade mineral óssea, atua no estímulo de colágeno na pele, reduz o LDL (colesterol ruim), aumenta o HDL (colesterol bom), eleva a capacidade de concentração e memória, estimula o sono REM, mantém a elasticidade das artérias, melhora a resistência à insulina, entre outros benefícios.

Dra. Marcela ainda informa que a reposição hormonal bem indicada pode promover saúde e diminuir o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, doença de Alzheimer, obesidade, distúrbios da memória, diabetes, cardiopatias e também alguns tipos de câncer, como o colorretal.

Quando fazer o tratamento

A reposição hormonal é indicada para alívio sintomatológico, promover qualidade de vida e prevenir outras doenças e seus agravos. Segundo a Dra. Marcella Marinho, a clínica é soberana na decisão de quem deve ou não fazer a terapia. “Os exames complementares de sangue e imagem são ferramentas para acompanhar com segurança este tratamento”, recomenda.

A médica ginecologista ainda ressalta que algumas mulheres não apresentam queixas e passam por esse período com tranquilidade. Porém, isso não significa que elas não precisem manter hábitos saudáveis e seus exames em dia. “A ausência de sintomas nem sempre significa imunidade à doenças. E o climatério é uma fase que aumenta o risco de neoplasias, como câncer de mama, ovário ou útero.  Por isso, é importante manter o rastreamento, pois um diagnóstico precoce será o grande diferencial de sucesso nos tratamentos”, adverte.

Segundo o último consenso publicado pela Sociedade Brasileira de Climatério em 2018 são contraindicações ao uso de terapia de reposição hormonal o sangramento vaginal não explicado, doença hepática ativa grave, antecedentes de câncer de mama ou de endométrio, doença coronariana, acidente vascular cerebral, demência, porfiria cutânea tarda e hipertrigliceridemia. O lúpus eritematoso sistêmico e o risco elevado de doença tromboembólica venosa são consideradas contraindicações relativas. Portanto, nesses casos, cabe ao médico optar pela administração transdérmica após realizar uma avaliação e expor claramente ao paciente todos os riscos e os benefícios. “É uma decisão em conjunto”, finaliza Dra. Marcella Marinho.

Sobre Marcella Marinho

A médica Marcella Marinho é especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É pós graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo Hospital do Servidor Estadual (IAMSPE), em Sexualidade Humana pela USP, em Ciências da Longevidade Humana – Grupo Longevidade Saudável e pós graduanda em Nutrologia pela Instituto Israelita de ensino e pesquisa Albert Einstein. Realiza acompanhamento preventivo de mulheres, priorizando o atendimento integral em todas as fases da vida, da adolescência até a menopausa. Como obstetra, dedica-se em estar junto a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram @dramarcellamarinho,  por e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com ou pelo telefone (11) 93429-0805.

Modelo internacional, Raynara Negrine, foi destaque no desfile de moda da Chanel, realizado em Paris

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Em entrevista com a proprietária da Mistic, Renata Maria, responsável pelo descobrimento e profissionalização da modelo, declarou estar muito feliz com mais essa conquista de uma de suas alunas mais dedicadas, tendo conseguido chegar ao objetivo tão sonhado por ela e por nossa equipe de professores, saindo de Cachoeiro de Itapemirim para o mundo,
Raynara, como diversas pessoas, veio de uma família com muitas dificuldades financeiras, mas sempre se mostrou determinada a alcançar seus sonhos, tendo provado a Renata que queria muito ser modelo pela sua maneira de ser, foi agraciada com a consultoria e logo depois ganhou um dos maiores concursos de modelos do Brasil, The Look of the Year etapa ES, concurso que revelou a modelo, inicialmente, para o mercado nacional e internacional. Ela tem uma personalidade forte e sua simpatia cativa as pessoas. “Ser modelo não é fácil, não é só glamour, pois a concorrência é acirrada e só alguns chegam ao topo. Raynara já é uma dessas e é capixaba!”

“A Mistic Agency conta com uma história de 25 anos no mercado e tem o compromisso e a responsabilidade de formar os profissionais não só para o trabalho de modelagem, mas para qualquer área da vida, pois as tentações deste mercado são grandes e precisamos conscientizá-los para os desafios que a carreira apresenta. Saber lidar com assédio, tempo longe da família, inveja dos colegas de profissão, com os nãos e com a própria saúde e imagem, são alguns dos desafios da profissão. Principalmente em uma carreira internacional que passa por vários países e culturas diferentes, é preciso saber lidar com todas as situações advindas da profissão. Não somos especialistas em formar modelos apenas, mas de formar pessoas para a vida.” disse Renata.

A Mistic Agency não se atem somente as modelos de passarela, mas também a outras vertentes do mundo da moda e da arte, que em um país tão rico como o Brasil sempre revela novos grandes talentos. Descobrimos os modelos por meio de seletivas ou nas divulgações de nossos eventos, como a Campanha Moda Solidária, que ajuda centenas de famílias carentes no ES e a Noite da Beleza Brasileira, em comemoração ao dia da Consciência Negra, conscientizando e levando oportunidade as pessoas.

“É preciso compreender que a moda não é só o glamour, Muitas famílias que muitas vezes nem aparecem dependem desse mercado, ajudamos a “jogar luz” a essas pessoas tão importantes do mundo da moda que muitas vezes ficam só nos trabalhos de bastidores. Por isso a conscientização e valorização da solidariedade aliada a moda, já que isso nos motiva a estarmos buscando sempre projetos e parcerias que beneficiem diretamente essas famílias mais necessitadas e em gerar oportunidade a esses futuros talentos, pois a solidariedade é contagiante e transforma toda a sociedade.”

Renata disse ainda estar muito feliz com a parceria com a agência Joy de SP que levou a modelo para o estrelato internacional, pois no momento a Mistic Agency tem o foco na formação e na base do ser. “Atualmente temos outras modelos em São Paulo, também preparados pelo queridinho da Mistic o Royal School, realizando campanhas nacionais, aguardando e observando a oportunidade de expandir seus horizontes pelo mundo. Lembrando que todos podem ser modelos, pois o mercado da moda é vasto e cada vez mais abre espaço para perfis diferentes, mas para isso é necessário o preparo e direcionamento correto, para não cair em cilada ou pagar valores exorbitantes sem ter nenhum retorno de qualificação profissional. Nem todos serão como Raynara, mas sem dúvidas poderão ser excelentes profissionais se realizando na área.”

A Mistic Agency se encontra no município de Guarapari e está a disposição para quem quer estrelar na carreira de modelo.

Compra de imóvel online requer cuidados redobrados

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A pandemia tem sido um prato cheio para pessoas mal intencionadas aplicarem todos os tipos de golpe na população. Clonagem de chip de celular e de cartão de crédito, empréstimos falsos, dentre outros, são destaques. O que também tem ocorrido são golpes relacionados à aquisição de imóveis e terrenos. Por isso, é importante ficar muito atento ao negócio e não fechá-lo antes de uma boa pesquisa.

Com a crescente onda de negócios pela internet em razão do fechamento do comércio, empresas e até criminosos têm investido em sites para realização de venda de imóveis e até de financiamentos e consórcios. “Obviamente, que não havendo uma sede física, fica mais difícil de o consumidor ter a certeza de que aquela empresa é legítima. E o trabalho bem feito do site acaba levando muitas vezes o consumidor a cair em um golpe”, como observa o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa.

De acordo com o advogado, o primeiro passo a dar antes de começar a pesquisar um imóvel, financiamento ou consórcio em um site é tentar verificar se a empresa está devidamente cadastrada junto à Receita Federal e se possui algum tipo de reclamação em sites como Reclame Aqui e consumidor.gov.br. “Em caso de financeiras, é importante também buscar orientações no site do Banco Central do Brasil e da Associação de Consórcios para saber se são empresas regulares no mercado. No caso de imobiliárias, vale também pedir os registros no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) dos responsáveis pela venda.”

Estando tudo certo com as empresas, em caso de aquisição de imóveis, o segundo passo é verificar se o bem ofertado está regular. Segundo Vinícius Costa, para isso, é preciso pedir o registro atualizado e as certidões negativas processuais e fiscais dos vendedores. “Também é altamente recomendado uma visita ao imóvel para saber seu estado de conservação, se realmente é o bem que foi ofertado via internet e se está ocupado ou não.”

No caso de financiamento ou consórcio, o presidente da ABMH diz que, antes de assinar qualquer documento, é necessário pedir uma via do contrato para análise. “Em especial nos casos de consórcio, que também deverá ser acompanhada do estatuto do consórcio que se pretende adquirir”, completa.

Ele destaca, ainda, que é muito importante que o consumidor saiba fazer uma análise pré-contratual de toda a situação e se cercar o máximo possível de documentos que possam atestar a veracidade da oferta e tomar bastante cuidado com as publicidades enganosas e abusivas para não cair em golpes. “Antes de assinar qualquer contrato e de pagar qualquer valor, pesquise e converse com um advogado”, finaliza.

Sobre a ABMH – Idealizada 1999 e mantida por mutuários, a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) é uma entidade civil sem fins lucrativos, que presta consultoria jurídica gratuita e tem como objetivo difundir as formas de defesa de quem compra imóveis, em juízo ou fora dele, com o efetivo cumprimento dos dispositivos legais.

Psicólogo lança treinamento Xeque Mate: uma analogia do jogo de xadrez com a inteligência emocional

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Curso tem como foco potencializar a qualidade das relações e contribuir com uma melhor consciência das emoções de cada indivíduo

07Em um universo cada vez mais conectado, desenvolver a “inteligência emocional” para, assim, aprender a lidar melhor com as próprias emoções, não é uma tarefa simples. Pensando nisso, Wanderley Cintra Jr., psicólogo especializado em avaliação de desempenho, desenvolveu o treinamento Xeque Mate, a fim de auxiliar as pessoas a se tornarem mais conscientes de suas relações com as emoções, de suas personalidades e como isso as afeta no dia a dia.

“Desenvolvi o treinamento durante a pandemia para suprir uma necessidade de colegas que atuam na psicologia hospitalar. Em seguida, surgiu a necessidade de oferecer o mesmo conteúdo para uma empresa privada e notei que ele poderia ser expandido para outras pessoas”, explica o psicólogo.

Associando a proposta do curso com um jogo de xadrez, Wanderley transformou o treinamento em produto. “O xadrez é um jogo complexo, assim como as nossas emoções. Nele, existem elementos que se assemelham ao nosso jeito de lidar com a inteligência emocional e, por isso, fizemos essa analogia. No treinamento Xeque Mate, queremos ajudar as pessoas a terem consciência de suas emoções e potencializar a qualidade das relações”, afirma.

Inscrição e metodologia

Para se inscrever, o interessado deverá passar primeiro por um processo de avalição psicológica, no qual será analisado se a necessidade dele é mais profunda, como uma terapia, ou se o curso realmente será efetivo para aquele indivíduo.

“É muito comum as pessoas buscarem ajuda voltada para inteligência emocional, mas estarem passando por algum tipo de sofrimento agudo. Neste caso, é indicado que o interessado primeiro busque uma ajuda terapêutica e, depois, podemos complementar com o treinamento”, diz Wanderley.

Ao ser aprovado na avaliação psicológica, uma entrevista será feita e, em seguida, o inscrito estará apto a participar do treinamento, que consiste em uma carga horária total de 14 horas, com 5 encontros virtuais. O curso irá passar por cinco etapas:

  • Quem sou eu? – Para que os participantes conheçam seus principais motivadores;
  • As emoções básicas e os efeitos na sua personalidade e na sua vida – Que irá abordar a importância de saber lidar com as próprias emoções;
  • Os sentimentos. Emoções e expectativas mal elaboradas no contexto do contrato psicológico – Que irá ensinar, de maneira prática, como estabelecer expectativas mais claras nas relações pessoais e profissionais;
  • Arrancando máscaras e alinhando os papéis – Aula que irá atuar em como é possível restabelecer melhor as relações e como organizar os papéis que exercemos em cada esfera da vida;
  • A escuta qualificada e o feedback – Última etapa do treinamento, que tem como objetivo abordar sobre a qualidade da escuta e a manutenção dos processos aprendidos, além de receber um feedback sobre a evolução pessoal durante o curso.

Importante ressaltar que cada trilha é voltada especificamente para cada participante. Ao se inscrever e fazer um teste de personalidade, o treinamento irá se basear em elementos únicos e específicos necessários para aquela pessoa.

O próximo treinamento terá início dia 18 de fevereiro e contará com até 24 participantes. “Inicialmente, vamos trabalhar com uma turma por mês. Mas, a partir de junho, pretendemos atuar com duas turmas mensais. Desta forma, será possível contribuir e ajudar mais pessoas, já que a ideia é que o treinamento atenda somente de 20 a 24 inscritos por vez, o que irá garantir um melhor desenvolvimento para cada um, além de uma experiência mais enriquecedora também”, explica Wanderley.

Para mais informações sobre o curso e para realizar a inscrição, basta acessar o site www.treinamentoxequemate.com.

Serviço:
Treinamento Xeque Mate
Início: 18 de fevereiro
Carga Horária: 14 horas (5 aulas virtuais)
Requisito: 2º grau completo ou em vias de ser completado
Valor: R$ 1.997,00
Link para inscrição: www.treinamentoxequemate.com

Sobre Wanderley Cintra Jr.

Wanderley Cintra Júnior é psicólogo graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina e especializado em avaliação de desempenho. Dedica-se há mais 15 anos a estudar o comportamento das pessoas no contexto do trabalho e possui mais de 20 anos de experiência em treinamento e desenvolvimento de pessoas, acumulando mais de 55 mil horas de treinamentos ministrados. Sendo esses últimos 9, dedicados exclusivamente a lidar com questões emocionais, seja individual ou em grupos. Criador do método SpiderWebEmotions, utilizado em mais de 36 empresas no Brasil e no mundo. Wanderley atua de maneira global com experiências em empresas de Portugal, Itália, Canadá e Austrália.

 

Treinamento Xeque Mate

Wanderley também é o desenvolvedor do treinamento Xeque Mate. Com o slogan “Aprendendo a lidar com o jogo de Xadrez da Inteligência Emocional”, o curso tem o objetivo de potencializar a qualidade das relações e contribuir com uma melhor consciência das emoções de cada indivíduo. Com uma carga horária de 14 horas, em 5 encontros virtuais, os interessados podem se inscrever pelo site www.treinamentoxequemate.com.

A dinâmica de sucesso do Big Brother Brasil

Uma análise psicanalítica do despertar de sensações, emoções e o interesse de um público cada vez mais fiel

O ano de 2021 mal começou e já vem trazendo com ele uma nova edição do Big Brother Brasil. Reality exibido pela Rede Globo de Televisão, que desde sua estreia em 2002, desperta sensações, emoções e o interesse de um público cada vez mais fiel. Público este que, desde o ano passado, vem consumindo uma nova equação do programa que integra famosos e anônimos na disputa pelo prêmio de 1,5 milhão de reais. Um grande sucesso que mistura participantes distintos instigados por barracos, romances, festas, competição e um desejo de brilhar ainda mais, no “casting” de celebridade ofertado pelo programa. Mas o que faz com que esse tipo de programa atraía tantos olhares e movimente números extraordinários de interação com os telespectadores?

Para responder essa pergunta, vamos analisar alguns fatores e dados inseridos no reality que completa neste ano sua 21ª edição. Em primeiro lugar, o BBB aposta na capacidade de atuação competitiva dos Brothers que, confinados e pressionados, inevitavelmente, demonstram uma afetação e abalo em seu estado emocional e psicológico, podendo até chegar a claras demonstrações de desequilíbrio mental e físico.

Psicologicamente falando, se levarmos em consideração que, o confinamento e o fato dos participantes estarem sob pressão psicológica constante, pode potencializar comportamentos ruins e fazer com que o ser humano, colocado sobre este patamar, demonstre o seu pior lado, a audiência estrondosa do programa pode estar relacionada a esta pressão. São pessoas que perderam sua privacidade, estão sendo monitoradas 24 horas por dia, estão confinadas e, naturalmente, vão produzir o que o público quer ver: agitação. Uma agitação manipulada pelo estresse, pela irritação, pelo medo, angústia, insegurança e pela intimidade devassada. Ingredientes importantes para alimentar e aguçar a curiosidade alheia e assim, prender o telespectador, com uma pitada de tensão e muita inquietude.

Uma questão importante é entender de que forma e, em que intensidade o psicológico dos participantes pode ser afetado ou prejudicado ao fazer parte do elenco de um reality como o BBB. Na verdade, o termo “prejudicar” não necessariamente seria o mais correto, pois tudo vai depender do controle emocional de cada um. O quanto ele suporta pressões. As afetações psicológicas são muitas e de uma certa forma, isso se bem encarado, pode até ser um bom exercício terapêutico, onde o participante poderá medir até onde vai seu controle, qual o seu limite e se está, de fato, equilibrado para passar por situações tão conflituosas. Quando citamos fazer um exercício de controle psicológico e terapêutico, entendemos não ser uma fácil tarefa. O participante para conseguir controlar seu emocional deve saber manejar muito bem suas atitudes e suas reações, nunca esquecendo que existem mais de 50 câmeras espalhadas pela casa.

O público, de uma forma geral, pode concluir que participar de um programa como o BBB não é para qualquer um. Confinamento, perda da privacidade, ficar preso com pessoas extremamente diferentes de você, regidos pela atmosfera da competição, controlados pela impaciência e intolerância, são alguns motivos para chocar quem assiste. Temperos suficientes também para instigar a criticidade do telespectador que, acaba por se identificar com alguns “personagens” da casa. Essa identificação pessoal provoca questionamentos e reflexões sobre si mesmo e sobre as situações vivenciadas. Uma busca por entender como agiria se estivesse na pele daquele participante.

Naturalmente, como seres humanos possuímos características pinceladas por julgamentos. Sentimos prazer em analisar e julgar os comportamentos alheios. Além disso, podemos citar a provocação exercida por cada edição, em suscitar o Voyeur que existe em cada um de nós, aguçando nossa curiosidade em saber, por exemplo, como se dará a relação cotidiana entre anônimos e famosos?  Como o famoso se comporta no dia a dia?  Quais as amizades serão feitas ou desfeitas? Quem fará par com quem? Quem será eliminado? Quais as grandes rivalidades? Questões que, sem sombra de dúvidas, mexem com o emocional dos integrantes do programa, mas também aguça e muito, as reações de arbitramento do público. Um público que hoje, cada vez mais, vive um momento de explosão surreal do advento tecnológico, com uma maior possibilidade de interagir com o programa e, podendo intervir diretamente no salvamento ou na eliminação de um participante. Sem esquecer a disseminação da cultura do cancelamento que, já produz possíveis eliminados antes mesmo do programa começar.

O espelhamento também é um fator crucial que pode justificar o sucesso do Big Brother Brasil. Temos características inerentes ao ser humano que nos permitem desenvolver a capacidade de se espelha no outro, com isso o público passa a fazer associações de identificação ou mesmo de rejeição com os participantes da edição. Criando afinidades e empatia, ficando inclusive, preso aos programas, aumentando ainda mais a audiência da atração.

Nos últimos anos, temas sensíveis têm sido explorados dentro da casa, muito em função da diversidade apresentada pelos participantes. O que facilita ainda mais a percepção do público para o formato contemporâneo e bastante antenado com a sociedade. Levantando questões latentes como racismo, sexo, gêneros, preconceitos, traições, homofobias, entre outros. E não tem jeito, essa é uma tremenda receita de sucesso, pois as polêmicas estimulam discussões e prendem o público na tela da TV.

Enfim, a formatação de programa desenhado para um reality show, mostra que ao perderem o equilíbrio os participantes usam o lado primitivo do cérebro e acabam levando seu espírito de luta para o combate. Essa identificação do telespectador gera muita audiência e faz do Big Brother Brasil, uma fórmula de sucesso que movimenta milhões de reais em suas edições. As pessoas querem ver a confusão, a tensão e a intolerância dos participantes. Isso dá muito ibope e gera muitos comentários pós programa. Com a voz e a liberdade de expressão promovidas pelas redes sociais, o ser humano tornou-se um grande julgador, exímio juiz, capaz de dar vereditos contundentes sobre assuntos diversos. E com o BBB não é diferente. Ao assistir experimentamos a falsa sensação de passar por aquelas situações mostradas nesta grande vitrine de exposição que é o reality. No entanto, o grande exercício que podemos fazer é provocar nosso equilíbrio emocional, tirando proveito da observação constante, nos indagando intimamente todas as noites: até onde iria o meu limite e como eu poderia lidaria com o limite do outro? Viver a pressão do confinamento e da falta de privacidade exige, além de muitas outras coisas, autoconhecimento. Ele é fundamental para o equilíbrio deste processo, já que, se conhecendo muito bem, o participante poderá assegurar-se de que forma ele poderia ter mais harmonia e controle emocional em um ambiente manipulado por um verdadeiro arsenal tecnológico, cercado por pessoas tão distintas, com bagagens divergentes de vida, diferentes valores e propósitos, em uma competição para alcançar o título de vencedor do programa.

Dra. Andrea Ladislau – Psicanalista

Doenças ou disfunções neurológicas inexistentes

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Enchem os consultórios de falsos autistas, falsos transtornos hipercinéticos da infância com distúrbio da atenção com a imponente rubrica de TDAH

Este artigo tem endereço certo. Vai para mamães, papais e profissionais que trabalham nas áreas da interpretação do comportamento e do desenvolvimento cognitivo das crianças, raciocínio, memória e fala.
Como neurologista também de crianças recebo diariamente na clínica crianças de todas idades já rotuladas (por leituras superficiais extraídas do Dr. Google, ou diagnosticadas por outros profissionais que se deixaram levar por informes inadequados de fortes grupos farmacêuticos) de doenças ou disfunções neurológicas inexistentes.
Assim é que recebo falsos autistas, falsos transtornos hipercinéticos da infância com distúrbio da atenção com a imponente rubrica de TDAH, que traduzindo fica assim” transtorno do déficit de atenção hipercinético “.
Nome esquisito, o que seria “transtorno do déficit”? Tem mais siglas como “Transtorno Desafiador “ e por aí vai.
O ruim disso tudo é que a criança já chega tomando remédios fortes um ou vários.
Se vcs observarem os animais na Natureza verão que todos filhotes são mais ativos que seus pais e também mais ativos que os adultos da espécie. Isto significa que animais jovens incluindo nós necessitamos de movimentos para desenvolver a musculatura e o equilíbrio assim como por exemplo os macacos.
Sem isso o processo de MIELINIZACÃO CEREBRAL atrasa. A mielina é uma capa de lipoproteína parecida com o envoltório de um fio elétrico que organiza o circuito neural e dá plasticidade ao cérebro para desenvolver suas funções motoras incluindo força e equilíbrio, sensibilidade e cognição como antes mencionado.
O 1° tratamento de uma criança assim é deixá-la brincar ao ar livre para desenvolvimento cerebral, mental e imunológico.
O 2° tratamento é criar regras disciplinares com rotinas aceitas e cumpridas por toda família incluindo aí vovó, vovô, titias, comadres e madrinhas. A criança tem que aprender a respeitar o sim e o não porque se assim não for, aparece o tal “ distúrbio desafiador “ citado lá atrás, que vejo em algumas famílias onde a criança agride a mãe e a avó e acaba tomando remédio que nada contribui para a cura do seu caráter.
Aproveito aqui para alertar o perigo que são os aparelhos eletrônicos, celular, computador e afins.
Criança e adolescente que não se movimentam e não praticam esportes têm muito maior chance de desenvolver problemas mentais como ansiedade, depressão e psicopatias anti sociais numa sociedade que troca o real pelo virtual.
Terminando, o processo de mielinizacão cerebral que se inicia por volta de meses de vida, pode se estender até a puberdade, e devido a neuroplasticidade cerebral, sabemos que acontece também na vida adulta, exemplo que vemos em idosos que após Acidente Vascular Cerebral – AVC conseguem se recuperar com tratamento adequado.
Portanto cuidado com diagnósticos precoces.A Natureza evolui diariamente e nós, como parte dela, fazemos o mesmo.
Nosso corpo é dinâmico, por isso, além de movimento necessitamos de água, oxigênio, sol e boa alimentação.
Dr. Charles Cury
Neurologista

Aprenda a estruturar o seu dia para realizar mais

É fato: se você não controlar as suas tarefas, as suas tarefas controlarão você; especialista em psicologia positiva ensina dicas para se planejar melhor

Mesmo que haja uma luz no fim do túnel da pandemia, com o início da vacinação em todo o Brasil, o estresse ainda domina o nosso dia a dia.

A incerteza generalizada torna difícil nos concentrar. A falta de foco faz com que tudo demore. Então, muitas vezes, trabalhamos mais, mas realizamos menos. Felizmente, existem estratégias eficazes para lidar com a ansiedade e a exaustão.

Uma delas é o planejamento. “Embora nossos planos possam se tornar inviáveis no futuro, isso não quer dizer que não devemos realizá-los. O processo de planejamento é indispensável porque ele cria contexto e fornece uma estrutura para nossas atividades diárias”, explica Flora Victoria.

Mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia e Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, a especialista compartilha quatro dicas para quem deseja se planejar melhor:

1) Deixe suas prioridades claras

Quando o futuro é incerto, precisamos que as nossas prioridades sejam extremamente óbvias para nós o tempo todo. Do contrário, viveríamos em torno de tarefas que podem ser prioridades para outras pessoas, mas não para nós. Ou, então, que podem ser fáceis de fazer, mas não tão importantes.

Sem prioridades claras, muitas vezes ficamos sobrecarregados. Para evitar isso, precisamos decidir sobre nossas principais prioridades e, em seguida, gastar 95% do nosso tempo fazendo apenas essas atividades, dizendo “não” a tudo o mais. Quer ver como isso funciona na prática? Elenque suas cinco prioridades para hoje, em ordem de importância.

2) Defina uma estrutura de trabalho confortável para você

Uma chave importante para a produtividade é criar uma estrutura para você mesmo. Se você está trabalhando em casa, mas sente falta do escritório (ou mesmo do trajeto), pode estar perdendo a estrutura que o local de trabalho costumava oferecer: começo e fim para o dia de trabalho, intervalos para descanso, tempo para socializar.

Sua rotina diária durante a pandemia não está ajudando? Crie uma que funcione! Projete o seu “dia ideal”. Coloque todos os hábitos que você deseja cumprir em sua programação: ler, fazer exercícios, meditar, estudar etc. Algumas dessas tarefas podem ocorrer apenas uma vez por semana, mas também se repetem automaticamente na programação. Por exemplo, todas as segundas-feiras, pesquisar assuntos específicos da sua área de atuação.

Mesmo que o seu trabalho seja menos flexível e uma grande parte do seu dia já esteja comprometida, isso ainda pode ajudar a criar rotinas claras para manhã, tarde e noite. Decidir antecipadamente quando faremos as tarefas de rotina também nos ajuda a estabelecer novos hábitos e encurta nossa lista de atividades a cumprir.

3) Divida bem o seu tempo

Existem aplicativos e sites para organizar listas de tarefas, mas uma boa dica é planejar cada dia no papel todas as manhãs. Isso faz você ver quais são as prioridades para aquele dia específico, além do que já é de praxe.

Quando estiver planejando um determinado dia, comece adicionando reuniões e compromissos à sua programação. Daí, você saberá quanto tempo resta para outros projetos. Em seguida, reserve a agenda para suas tarefas de maior prioridade. Por fim, separe um horário em seu calendário para tipos menores de tarefas. Ou seja, aquelas que levam cerca de 20 minutos cada.

4) Fuja das distrações

Você já acordou preocupado com um projeto inacabado, um e-mail que esqueceu de enviar ou uma reunião que não conseguiu marcar? Itens pendentes drenam nossa energia e, às vezes, interrompem nosso sono. Para que o nosso cérebro fique mais tranquilo, só precisamos dizer a ele quando faremos o que ele está nos lembrando.

Simplesmente construir um plano para lidar com uma tarefa inacabada faz uma enorme diferença em nossa capacidade de foco. Não se trata tanto de saber o que precisa ser feito, mas de decidir quando fazer.

Se não sabemos quando ou como terminaremos as coisas da lista, nossos pensamentos irão vagar de nossa tarefa atual para nossas tarefas não concluídas. Isto é, sem uma estrutura, prioridades definidas e um planejamento, as distrações inevitavelmente assumirão o controle.

Terminei meu casamento. Como pagar as despesas da casa sozinha?

Você se divorciou e está com muita dúvida se vai conseguir pagar as contas do mês, principalmente no ítem relativo à “moradia”? Você continua na sua casa e o parceiro se mudou ou foi você que trocou de endereço? Não importa. Se o relacionamento acabou, se o parceiro foi ou ficou, o que interessa é apenas uma coisa: agora é você e sua casa. E o melhor nessa hora é fazer uma faxina para se desapegar do que não é mais necessário ou daquilo que traz lembranças da união. Jogar fora objetos e fotos – ou guardá-los em uma caixa bem longe do seu campo de visão – pode fazer bem. Mas um dos fatores que mais preocupa nessa fase da separação é como assumir os gastos com a casa sozinha. Não é simples.

Faça uma lista de todas as despesas com a moradia. Aluguel, condomínio, energia elétrica, água, IPTU. Se perceber que não conseguirá arcar com isso tudo – até porque o seu marido contribuia com o pagamento – e não tem reserva financeira para se refazer e começar a ter a sua independência financeira, vá morar com seus pais, com amigos ou até com familiares. Não tenha vergonha de pedir ajuda.

Calma, será por tempo limitado, se você fizer bem a lição de casa. Difícil pensar nisso? Sim, mas é melhor seguir esta instrução, aproveitar o momento e guardar dinheiro para o retorno de sua vida solo mais adiante, pois se assim não fizer poderá assumir mais e mais despesas e até dívidas e deixar a sua vida financeira virar uma bola de neve.

Pense assim: não estou regredindo, estou apenas agindo pela razão. Dentro em breve terei o meu cantinho para viver, sem ter que compartilhar o espaço com outras pessoas. Aproveite para fazer o seu planejamento financeiro baseado na sua vida atual, esqueça suas finanças de antes, pense de agora em diante como fará para gerir sozinha o seu dinheiro.

Pode ser que você fique um pouco triste. Afinal, é muito bom ter liberdade para decorar sua casa, poder ter espaço para receber os amigos, mas se não dá, o jeito é adaptar-se às novas circunstâncias. O importante é ter foco na administração das finanças. Depois que tudo isso passar e você estiver com dinheiro e independência financeira, vai ficar muito feliz!

Se você precisa de ajuda e orientação sobre esta e outras questões, lembre-se do Idivorciei, que conta com vários serviços e orientações de especialistas em dez áreas prioritárias: saúde emocional, assessoria financeira, assessoria jurídica, carreira profissional, cursos, moradia, bem-estar, viagens, compras e relacionamentos. Assim, pode ser mais fácil, ou menos doloroso, virar a página e recomeçar.

Força, coragem! Você pode mais do que imagina!

* Pedro Braggio é educador e terapeuta financeiro, colaborador do site Idivorciei (www.idivorciei.com.br).

História emocionante e milagrosa de Roger Chedid é contada no livro “Meus Últimos 45 Dias”

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O ex- multiatleta sofreu um acidente e ficou 17 anos com o pescoço quebrado

O livro “Meus Últimos 45 Dias- O Que Você Faria Se Estivesse em Meu Lugar?”, de Roger Chedid, surpreende o leitor do início ao fim. Nele, o ex-multiatleta conta sua emocionante e milagrosa história.

Roger também relata as reflexões que fez nos 45 dias que antecederam uma cirurgia de altíssimo risco a que teve de ser submetido e que poderiam ter sido os últimos da sua vida.

Em 1995, Roger estava empenhado em introduzir no Brasil o kempô havaiano, uma arte marcial com a qual tinha entrado em contato quando viveu nos Estados Unidos. Durante uma demonstração dessa luta no Centro de Treinamento do São Paulo Futebol Clube, um dos lutadores escorregou no gramado molhado e caiu sobre a cabeça de Roger. Com dores no pescoço, ele foi levado para o departamento médico do clube, mas como as dores cederam, fez pouco caso do acidente e não foi para o hospital.

Mal sabia que, a partir daquele momento, ele conviveria por 17 anos com um problema de uma dimensão inimaginável: seu pescoço estava quebrado.

Somente em 2012, um médico, recomendado por um de seus amigos, ao analisar seus exames, revelou-lhe surpreso com sua verdadeira situação e a urgência de se realizar uma cirurgia longa e delicada na qual poderia ficar parcialmente curado, tetraplégico ou morrer.

“Em retrospectiva, posso dizer que todos os problemas que enfrentei na vida somente me fortaleceram. Cresci muito vivendo as agruras desse processo de cura e, por isso, resolvi escrever esse livro na esperança de que, se alguma de minhas vivências escapasse de suas páginas e tocasse o leitor, sua missão teria sido cumprida”, reflete Chedid.

Mais que uma biografia,  “Meus Últimos 45 Dias”   é um diário de descobertas. Ao folheá-lo, o leitor se depara com esses instantâneos de diversas fases de sua trajetória. São ideias, emoções, vontades e atitudes que ilustram o percurso de sua vida.

No final, Chedid deixa claro que a condição humana é a característica que nos une a todos.

“A natureza humana nos proporciona um tesouro de experiências que pode e deve ser compartilhado, visto que nossos caminhos, de um jeito ou de outro, tangenciam aqui e acolá”, ensina Chedid.

 

Sobre o autor: Roger Chedid é um multiatleta. Ganhou reconhecimento internacional quando foi sagrado campeão sul-americano de defesa pessoal e campeão sul-americano de saltos ornamentais. Nos Estados Unidos, foi contratado pela maior empresa de shows aquáticos do mundo para saltar do temido trampolim de 27 metros de altura. Não apenas recebeu os louros da vitória em várias modalidades esportivas, mas também ficou conhecido por ter introduzido o kempô havaiano no Brasil. Atualmente, é palestrante motivacional e apresentador do Programa Sport Emotion no canal maketv.

“Meus Últimos 45 Dias – O que você faria se estivesse em meu lugar? ” pode ser adquirido nas principais plataformas on-line e nas livrarias Martins Fontes, Loyola, Disal, entre outras.

Professores e alunos: como eles se sentem?

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A importância da educação dos sentidos na vida de professores e alunos

Neste fevereiro de 2021 a volta às aulas em meio a uma pandemia é tema de discursos inflamados e polarizados. Há quem defenda o retorno apenas após a imunização da maioria da população e quem defenda o retorno responsável. O fato é que grande parte das escolas públicas e privadas adotarão o sistema híbrido para o ensino-aprendizado neste ano.

Muito se fala sobre a preparação das salas, a estrutura da escola, o álcool em gel, o uso de máscaras obrigatório, a interdição de bebedouros, o distanciamento social e o lanche na carteira. Já para quem ficará em casa as preocupações são em torno do acesso ao computador, ao celular, se o estudo se dará em cadeira apropriada, no sofá ou na mesa da cozinha, no chão ou “onde der e como der”.

Todos esses tópicos são importantes, mas, parece que falta algo aqui. Pouco se fala sobre como se sentem as pessoas envolvidas: alunos e professores serão os mesmos ao voltarem? Após um ano de pandemia ocorreram grandes transformações na corporeidade de alunos e professores que passaram a usar mais tecnologias e mídias sociais, enfrentaram sentimentos de estranhamento e medo, alteração do sono, da dieta e muitas mudanças de rotina.

A pesquisadora Luciana Arslan usa a sua experiência enquanto professora e aluna como pano de fundo para um livro que traz a discussão acerca da corporeidade de alunos e professores. Seu recente livro “CORPO (sentido): corporeidade e estesia nos processos de ensino-aprendizagem” (Regência e Arte Editora), tem distribuição gratuita graças ao incentivo do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Pmic) da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

O trabalho é útil para todas as áreas do conhecimento. Luciana faz uma reflexão sobre como a corporeidade deve ser priorizada nas práticas educativas e aponta algumas ações que ajudam as instituições de ensino a pensarem sobre uma educação para tornar as pessoas mais sensíveis a estesia (educação dos sentidos). Este livro, fruto de uma pesquisa iniciada em 2014 no Body, Mind and Cultural Center (Florida Atlantic University), criado pelo filosofo Richard Shusterman, ajuda a comunidade escolar a refletir sobre como a escola pode ensinar os alunos a sentirem melhor suas vidas. Nos espaços de ensino – sejam eles virtuais, remotos, híbridos ou presenciais, é essencial valorizar a capacidade de sentir.

“O ambiente escolar é muitas vezes permeado por regras, competições, comparações. A tecnologia nos convida às mudanças e precisamos nos adaptar. Muitos de nós temos nossa atenção cooptada por informações inúteis na rede e perdemos a capacidade de manter a atenção no que fazemos. A meditação, por exemplo, pode ajudar a identificar pensamentos não refletidos e a manter o foco em uma tarefa que realmente desejamos concluir”, comenta a pesquisadora.

Luciana Arslan chama a atenção também para um ambiente escolar que por vezes está mais interessado em registrar notas e não sentimentos. E como o professor pode transformar esse espaço se não tem a sua corporeidade reconhecida? É só nos conhecendo melhor que podemos reconhecer ao outro. A pesquisadora acredita que é possível, através de uma educação dos sentidos corporais e da consciência corporal, reinventar as instituições escolares. Para haver uma transformação profunda é preciso que a escola se transforme num espaço de sentir: os sabores, o movimento, as pessoas, a vida. Voltar as aulas após um ano de pandemia deve ser mais complexo do que apenas garantir os protocolos sanitários necessários.

A AUTORA

Nascida em São Paulo, Luciana Arslan é professora do Programa de Pós-Graduação e da Graduação em Artes do Instituto de Arte da Universidade Federal de Uberlândia. Tem concentrado seus estudos na área da Somaestética. É membro do grupo de pesquisa NEID e coordena o grupo de pesquisa SOMA – Ações transdisciplinares. É pesquisadora, autora de livros publicados pela Editora Moderna e Thomson Learning. Graduada em Artes Visuais, tem mestrado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Foi contemplada com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para realizar pesquisa pós-doutoral no Center for Body, Mind and Culture na Florida Atlantic University, e com bolsa Santander para sua pesquisa doutoral na Universitat de Barcelona.

Link do livro:

https://drive.google.com/file/d/1lk8cxZbSVVCRGhSuDgWJmWxHe3uUAdjI/view

CRÉDITO DAS FOTOS: Paulo Soares Augusto