Em um cenário global cada vez mais interconectado, o domínio do inglês deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade básica. David Braga, Presidente da ABRH-MG (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e Presidente do Conselho de Administração do ChildFund Brasil, destaca que “o inglês é a língua franca dos negócios e da inovação, e sua fluência abre portas não apenas para oportunidades profissionais, mas também para trocas culturais e intelectuais que enriquecem a carreira e a vida pessoal”. Essa visão é compartilhada por Bárbara Nogueira, Diretora e Headhunter da Prime Talent Executive Search, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países e 50 escritórios pela Agilium Group, que afirma: “Profissionais que dominam o inglês têm acesso a um mercado de trabalho ampliado, com possibilidades reais de atuação internacional e conexões que transcendem fronteiras”.
O Inglês como língua global
Apesar do crescimento de idiomas como o mandarim, o inglês mantém sua posição dominante. Como explica Alison Oliveira, Executive Business English Trainer, “o inglês predomina na educação, na ciência e na tecnologia. Entre 80% e 90% do conhecimento científico é produzido em inglês, e cerca de 30% da população mundial estuda o idioma de alguma forma”. Essa predominância não é apenas numérica, mas também cultural e histórica. “O inglês se tornou a língua de intermediação, da diplomacia e dos negócios. Tradições são difíceis de serem quebradas, e o inglês já cumpre esse papel de forma consolidada”, complementa Alison.
Além disso, a tecnologia reforça essa hegemonia. “A internet e as inovações tecnológicas são construídas com o inglês como base. Termos técnicos em inglês são adotados globalmente, mesmo em países onde não é a língua nativa”, observa Alison. Isso faz com que o domínio do idioma seja essencial para quem deseja acompanhar as transformações digitais e participar ativamente do mercado global.
Impacto na carreira e no mercado de trabalho
No ambiente corporativo, a fluência em inglês é frequentemente um requisito mínimo, mesmo em vagas que não exigem uso diário do idioma. Alison Oliveira explica que isso reflete uma visão estratégica das empresas: “Em um mundo que muda rapidamente, ter profissionais prontos para interações internacionais é mais eficiente do que correr para capacitá-los quando a necessidade surgir”. Ela acrescenta que “o domínio do inglês demonstra foco no desenvolvimento contínuo e visão de futuro, marcas de um profissional de excelência”.
Bárbara Nogueira reforça essa perspectiva: “Empresas valorizam candidatos que investiram tempo e esforço no aprendizado do inglês, pois isso reflete disciplina e capacidade de adaptação”. Em um mercado competitivo, onde habilidades técnicas podem ser similares, o idioma muitas vezes é o fator decisivo para promoções ou contratações em multinacionais.
Desafios e estratégias para aprender inglês
Apesar da importância reconhecida, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para alcançar a fluência. Alison Oliveira identifica dois principais obstáculos: “A qualidade do ensino nas escolas regulares e a mentalidade dos alunos, que muitas vezes subestimam sua capacidade de aprender”. Ele enfatiza que “crenças limitantes, como ‘nunca fui bom em inglês’ ou ‘só se aprende quando jovem’, são grandes vilões do aprendizado”.
Para superar esses desafios, Alison recomenda uma abordagem prática e consistente: “Cinco minutos de estudo já são melhores do que zero. Incorporar o inglês no dia a dia, seja trocando o idioma do celular, ouvindo podcasts ou lendo artigos, faz toda a diferença”. Ele também destaca a importância da leitura: “Ler livros em inglês é o que mais diferencia alunos fluentes daqueles que estagnam. Comece com textos simples e avance gradualmente”.
O Momento de começar é agora
Para quem ainda adia o aprendizado, Alison Oliveira tem um conselho direto: “O melhor momento para começar foi ontem; o segundo melhor é agora. Não espere uma oportunidade surgir para correr atrás do prejuízo”. Ele lembra que, em um mercado globalizado, a exigência do inglês é inevitável: “Não é mais uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’ você precisará do idioma para avançar na carreira”.
David Braga complementa: “O inglês não é apenas um requisito para vagas; é uma ferramenta que amplia horizontes e conecta pessoas a ideias e culturas diversas”. Bárbara Nogueira finaliza com um alerta motivador: “Profissionais que dominam o inglês não apenas se destacam, mas também ganham autonomia para buscar oportunidades onde quer que elas estejam”.
Em um mundo onde a comunicação é a chave para o sucesso, investir no aprendizado do inglês é, acima de tudo, um investimento em si mesmo. Como resume Alison Oliveira: “O idioma não é apenas uma habilidade; é um passaporte para um futuro sem limites”.