O Dia Internacional do Café, comemorado neste 14 de abril, marca um momento especial para a Região do Cerrado Mineiro, que alcançou um marco inédito em 2024: a emissão de cinco milhões de selos de Denominação de Origem (DO) para cafés industrializados. Este número reflete não apenas a qualidade e a consistência dos grãos produzidos na região, mas também a expansão de sua presença no mercado global, alcançando mais de 50 países.
Os avanços não param por aí. Em relação ao café verde certificado com o selo DO, a região registrou um crescimento de 160% em 2024, passando de 115 mil para 300 mil sacas certificadas. Essa evolução demonstra a crescente valorização do café da Região do Cerrado Mineiro entre torrefadores e consumidores internacionais.
“Nossa parceria com a illycaffè, uma das maiores empresas de café na Itália, foi um divisor de águas nesse processo. Ela impulsionou a projeção internacional do café da região, ampliando o volume de selos emitidos e assegurando a chegada do produto a dezenas de países. Antes da colaboração com a renomada marca italiana, a região emitia em média 250 mil selos por ano para cafés industrializados. Em 2024, esse número atingiu impressionantes cinco milhões”, afirma Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Para promover ainda mais o selo de Denominação de Origem (DO), a Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizou, em outubro passado, um road show em três importantes cidades italianas: Milão, Florença e Roma. A escolha da Itália para o evento não foi por acaso. O país é um dos maiores importadores de café brasileiro, especialmente do Cerrado Mineiro, e também um dos principais consumidores de produtos com Denominação de Origem, fator que agrega valor ao café da região.
Denominação de Origem: uma certificação de excelência
A Denominação de Origem é um reconhecimento que atesta a singularidade do café produzido em 55 municípios que compõem a Região do Cerrado Mineiro. Com uma área cultivada de aproximadamente 250 mil hectares, a região produz, em média, seis milhões de sacas de 60 kg por ano, o que representa 25,4% da produção de Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.
O selo DO garante que o café atende a padrões rigorosos de qualidade e que é produzido em condições únicas de terroir, envolvendo altitude, clima e solo característicos da região. Essa distinção tem sido fundamental para conquistar mercados exigentes e fortalecer a marca Cerrado Mineiro no cenário global.
Segundo o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Gláucio de Castro, o sucesso da Região do Cerrado Mineiro é resultado de uma combinação de fatores: investimento em inovação tecnológica, gestão profissionalizada e compromisso com a sustentabilidade. “Os produtores têm adotado práticas de manejo responsável, garantindo não apenas a qualidade do produto final, mas também a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico da região”, ressalta.
Fazem parte da Federação seis cooperativas: Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer.
Impacto internacional e perspectivas futuras
A projeção do café do Cerrado Mineiro em mais de 50 países reflete a consolidação de sua reputação de excelência. O aumento exponencial no volume de cafés certificados com o selo DO demonstra que o mercado reconhece a região como uma das principais fornecedoras de cafés de alta qualidade no mundo.
“O crescimento que tivemos nos volumes certificados reafirma a importância do trabalho conjunto entre produtores, cooperativas e parceiros internacionais. Estamos no caminho certo para elevar ainda mais o patamar do café da Região do Cerrado Mineiro no cenário global. Com a conquista de cinco milhões de selos emitidos e um crescimento expressivo na certificação de café verde, a região reafirma seu papel como protagonista na produção de cafés de qualidade”, conclui Juliano Tarabal.