Grupontapé anuncia nova temporada de “As Centenárias” em março

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Cia. de teatro de Uberlândia-MG oferecerá oportunidade para mais pessoas assistirem ao espetáculo, após fechar todas as bilheterias das sessões de estreia com ingressos esgotados.

O espetáculo é patrocinado pela Cemig através da lei de incentivo à cultura.

Após fechar todas as bilheterias das sessões que marcaram a estreia de “As Centenárias”, com ingressos esgotados, em fevereiro deste ano, o Grupontapé, companhia de teatro de Uberlândia-MG, anuncia nova temporada do espetáculo para o mês de março. Com o patrocínio da Cemig, através da lei de incentivo à cultura, a peça estará em cartaz em dois finais de semana, sendo apresentada nos dias 7, 8, 9, 14, 15 e 16, na Escola Livre do Grupontapé, localizada na Rua Tupaciguara, 471, no bairro Aparecida em Uberlândia-MG, sendo as apresentações nas sextas-feiras e sábados, às 20 horas e no domingo, às 19 horas. Os ingressos são gratuitos, porém a reserva deve ser garantida por meio da plataforma Sympla. Caso os ingressos estejam esgotados na plataforma, a sugestão é que as pessoas interessadas compareçam à Escola Livre, no dia do espetáculo, com 15 minutos de antecedência e façam parte da fila de espera, pois pode surgir alguma desistência.

Escrita por Newton Moreno e dirigida por Cris Lozano, a peça narra a história de Socorro e Zaninha, duas carpideiras centenárias do sertão brasileiro que, entre cânticos, orações e lágrimas, choram os mortos alheios para driblar a própria morte. Uma por vocação, outra por escolha, elas enfrentam o passar do tempo com humor e sabedoria, trazendo à tona uma releitura mineira cheia de sutilezas e tradições culturais.

A montagem mistura a emoção, reflexão, humor e elementos locais da cultura mineira, além de se desenvolver com uma trilha sonora original que reflete esse jeito mineiro de ser. O espetáculo também faz uso de jogos de luzes distribuídos estrategicamente, em conjunto com uma organização de plateia fora do tradicional, de forma a proporcionar uma verdadeira imersão do espectador que acompanhará esta história como se fizesse parte dela.

Por detrás do espetáculo
Segundo a diretora da peça, Criz Lozano, o espetáculo mergulha em um ofício quase extinto, o das carpideiras, que choravam os mortos em rituais carregados de simbolismo – revivendo ao conhecimento público antigas tradições e costumes.  “Esse ofício, hoje quase perdido no tempo, serve como ponto de partida, por meio das personagens, para explorar temas profundos como a amizade, a maternidade, o laço familiar e o inevitável encontro com a morte”, diz.

Com leveza e humor, “As Centenárias” provoca o público a refletir sobre o sentido da vida, o valor das relações com os amigos e a forma como as pessoas lidam com a partida de quem se ama, e traz à tona questões universais que atravessam gerações. “Socorro e Zaninha, ao buscarem enganar a morte com seu trabalho, nos convidam a pensar sobre o que significa enfrentar o fim com coragem, lidar com a velhice e encontrar nas amizades um porto seguro”, conta a atriz e cofundadora do Grupontapé, Kátia Bizinotto.

O produtor cultural do Grupontapé, Rubem dos Reis, explica que a montagem retrata a memória cultural do sertão e, ao mesmo tempo, dialoga com o presente, levando às pessoas a se questionarem como elas encaram a própria existência em um mundo que não para de mudar. “E nós adaptamos essa cultura do sertão nordestino aos aspectos da mineiridade, o que proporciona uma conexão maior com o público”, diz.

Elenco
O elenco é composto pelas atrizes Kátia Bizinotto, Katia Lou e Rafael Patente.

Kátia Bizinotto é atriz, gestora e produtora cultural, formada em Direito com especialização em Direito do Trabalho, Tributário e Neurociência pela PUCRS. Co-fundadora do Grupontapé, tem mais de 30 anos de atuação no grupo, presente em praticamente todas as produções. Liderou eventos como a Mostra Nacional de Teatro de Uberlândia e fundou a Comissão de Direitos Culturais da OAB Uberlândia. Advogada e pesquisadora, destaca-se por sua participação em seminários e palestras na área cultural.

Já Katia Lou é atriz, cofundadora e diretora artística do Grupontapé, licenciada em Teatro pela UFU e pós-graduada em Psicologia Positiva. Professora e coordenadora pedagógica da Escola Livre do Grupontapé, também é focalizadora de Danças Circulares Sagradas. Sua trajetória inclui clássicos do teatro brasileiro e projetos autorais, além de formar novos talentos no cenário teatral.

Rafael Patente é bacharel em Teatro pela UFU, tem experiência em cursos livres e produção artística, com atuações em Uberlândia e Belo Horizonte. Atualmente no Grupontapé, já integrou projetos culturais como “Tableaux Vivants” e “Investigate, Create, Share”. Com habilidades em gestão cultural, atuou como coordenador de produção, contribuindo, além de artisticamente, também administrativamente para o sucesso da montagem.

O autor
Newton Moreno, autor de As Centenárias, é um dos dramaturgos mais reconhecidos do teatro brasileiro contemporâneo por sua habilidade em criar narrativas profundamente poéticas e culturalmente ricas. Com uma carreira marcada por prêmios importantes, como o Shell e o APCA, suas obras abordam temas universais com um olhar único, trazendo reflexões que ressoam com públicos diversos. Essa trajetória consolidada reflete a importância de sua contribuição para as artes cênicas no Brasil.

A direção
A diretora, Cris Lozano, é atriz, diretora e professora de teatro, formada em Artes Cênicas e atualmente cursando Artes Visuais pela UNB. Ela foi coordenadora pedagógica da Escola Livre de Santo André e lecionou na SP Escola de Teatro. Atriz fundadora do Teatro da Vertigem (SP), trabalhou com renomados diretores como Maria Thais, Cibele Forjaz e Vladmir Capella. Fundadora da Cia La Leche dirigiu vários espetáculos e recebeu importantes reconhecimentos como as premiações da APCA e São Paulo de Sustentabilidade entre outros.

A equipe
A  montagem conta com uma multiprofissional. A cenografia e o desenho de luz são assinados por Marisa Bentivegna com grafite cenográfico de Dequete e Preta em Flor; Flávio Arciole cuidou dos figurinos e adereços; a trilha sonora foi produzida por Makely Ka (canções originais) e Morris Picciotto (ambiente e efeitos sonoros); a preparação vocal foi conduzida por Babaya Morais e a preparação corporal por Vanilton Lakka; já a técnica de circo-teatro ficou a cargo de Fernando Neves.

Histórico do Grupontapé
Com 30 anos de trajetória, o Grupontapé é uma referência no teatro brasileiro. Fundado em Uberlândia, o grupo sempre se empenhou em inovar artisticamente, ao mesmo tempo em que valorizou a cultura local e a democratização do acesso à arte. As produções e projetos sociais da Cia. mineira reforçam o papel transformador do teatro, tornando-o um poderoso instrumento de reflexão e mudança.

Cemig: energia da cultura
Esta temporada faz parte do Projeto “Grupontapé 30 Anos” viabilizado pela Companhia Energética de Minas Gerais, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais, juntamente com o Projeto: Melhoria no Teatro da Escola Livre do Grupontapé, viabilizado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) do Governo Federal no âmbito do Município de Uberlândia, como atividade de contrapartida pelo subsídio recebido, além do apoio das empresas Start Química, que patrocinou a montagem do espetáculo, que teve início em janeiro do ano passado, e a Kings Barbearia.

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.

Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.

Com esse apoio, a estatal reforça o papel de ser grande incentivadora da cultura mineira, fortalecendo as produções artísticas em diversas regiões de Minas Gerais.

Para a empresa, apoiar espetáculos como “As Centenárias” é um reflexo do compromisso de preservar e valorizar a memória cultural de Minas, ao mesmo tempo em que promove a inovação e a acessibilidade à arte.

Serviço

  • Espetáculo: “As Centenárias”
  • Datas: 7, 8 e 9 de março e 14, 15 e 16 de março de 2025
  • Horários: Sextas e sábados às 20h; domingos às 19h
  • Local: Sede do Grupontapé – Rua Tupaciguara, 471, Aparecida Classificação indicativa: 14 anos
  • Medidas de Acessibilidade: Espaço adaptado e interpretação em Libras.
  •  Ingressos: Gratuitos, com reserva no Sympla ou na sede do grupo
  •  Site: www.grupontape.com.br | Instagram: @grupontape

Ficha Técnica

  • Texto: Newton Moreno
  • Direção: Cris Lozano
  • Elenco: Kátia Bizinotto, Katia Lou e Rafael Patente
  • Cenografia e desenho de luz: Marisa Bentivegna
  • Grafite em cenografia: Dequete e Preta em Flor
  • Figurinos e adereços: Flávio Arciole
  • Trilha sonora: Makely Ka e Morris Picciotto
  • Preparação de elenco: Babaya Morais (voz), Vanilton Lakka (corpo), Fernando Neves (circo-teatro)