Pisada de Caboclo e dos Povos Indígenas acontece no
Parque das Mangabeiras dia 24/11
Um dia para enaltecer o encontro de saberes entre os povos tradicionais de terreiros de matriz afro-brasileira e os dos povos indígenas do Brasil: esse é o objetivo da Pisada de Caboclo e dos Povos Indígenas, que será realizada no dia 24 de novembro, domingo, a partir das 8h30, no Parque das Mangabeiras, em BH/MG.
Realizado pela Casa Pai Jacob do Oriente, em parceria com a Reunião Umbandista Mineira (RUM) e o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB), o festejo acontece desde 2017 com o objetivo de unir os ensinamentos que surgem do encontro de povos indígenas e os terreiros da região metropolitana de Belo Horizonte.
“Durante o evento, os povos cantam e dançam juntos, em círculos, descalços, com os pés na terra, aclamando e agradecendo aos encantados e aos caboclos, manifestando em formas de fenômenos na natureza como chuva, sol, vento, pássaros, tudo em harmonia em um só tempo. Essa celebração acontece em volta de uma grande mesa de alimentos tradicionais e naturais, que são partilhados por todos os presentes, em meio a muita música e danças tradicionais, com todo mundo celebrando junto a união dos povos, suas tradições e liturgias”, explica o Pai Ricardo de Moura, organizador da Pisada.
Para ele, “Esse encontro remonta e revigora a potente reunião que aconteceu no início da escravidão no Brasil. Tal confluência nos dias de hoje é essencial para que se diminuam as distâncias geográficas de povos ligados intimamente e constantemente pela subjetividade de sua fé e a presença marcante dos encantados, guias e Orixás”.
“Esses laços de união são a base da resistência da cultura popular brasileira e da tradição da Umbanda e Candomblé. Assim, nosso evento almeja levar a cada participante um ponto de reflexão e atenção para as demais raízes que correm em nossas veias, como costumes, linguagens e tradições e contra o crescente preconceito religioso que pesa sobre essas tradições”, finaliza.
A Pisada de Caboclo é realizada em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Municipal de Cultura e conta com o apoio da Fundação Municipal de Parques.