Novembro azul: homens fisicamente ativos têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata

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Além da prevenção, especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce.

O câncer de próstata é uma preocupação em saúde para muitos homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. No entanto, ao longo de toda a vida, manter uma alimentação equilibrada e apostar na prática regular de atividades físicas são fatores preventivos fundamentais. Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), duas publicações recentes, veiculadas entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, mostram a importância de uma vida ativa.

Um dos estudos, feito na Suécia e liderado por Kate Bolam, foi publicado no British Journal of Sports Medicine. Ele descobriu que homens com melhor condicionamento físico têm 35% menos chances de desenvolver câncer de próstata em comparação com aqueles que têm um condicionamento pior. A pesquisa analisou cerca de 58 mil homens.

Diagnóstico precoce: aliado fundamental
Em paralelo, o urologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Charles Kelson Aquino, reforça a importância da campanha denominada Novembro Azul, incentivando diagnósticos e intervenções precoces.

Nos estágios iniciais da enfermidade, é raro que os pacientes apresentem sintomas. Alguns sinais tendem a aparecer quando a doença já está mais avançada. “Os indícios urinários mais comuns incluem diminuição da força do jato, dificuldade para começar ou terminar de urinar, idas frequentes ao banheiro, sobretudo durante a noite, além de dor e sangue na urina”, orienta.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens comecem a fazer exames preventivos a partir dos 50 anos. “Pessoas negras ou com histórico familiar de câncer de próstata devem começar o rastreio aos 45 anos. O objetivo dos exames é detectar a doença em suas fases iniciais, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido”, defende.

Para diagnosticar o câncer de próstata, os pacientes devem passar por consultas médicas e exames específicos. “Os principais incluem exame de toque, análise sanguínea para verificar o nível do PSA (antígeno prostático específico), ultrassonografia prostática e ressonância magnética da próstata”, elenca Kelson. “Se necessário, uma biópsia prostática pode ser realizada para confirmar o diagnóstico”, complementa.

Já o  tratamento varia de acordo com o estágio da doença e a saúde geral do paciente. “As opções incluem cirurgia prostática, radioterapia e terapias medicamentosas”, cita. “A escolha do tratamento deve ser discutida com um médico especialista, que levará em consideração as melhores práticas e as preferências do paciente”, reforça.

O câncer de próstata é uma condição séria, mas, com a detecção precoce e o tratamento adequado, as chances de cura são significativas. “É essencial que homens, especialmente aqueles em grupos de risco, realizem exames regulares e consultem um urologista para garantir a saúde da próstata”, conclui.