Juliana Muniz, enfermeira pediátrica e especialista em prevenção de acidentes destaca a importância de atividades que garantam a diversão com segurança para os pequenos
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O riso é uma das formas mais puras de expressão da felicidade infantil, mas, para que essa alegria seja plena, é fundamental que as brincadeiras sejam seguras. Juliana Muniz, enfermeira pediátrica especializada em prevenção de acidentes com bebês e crianças, reforça que o ato de brincar é essencial para o desenvolvimento emocional e físico das crianças, mas deve sempre ser realizado com cautela.
“Estimular o riso desde cedo é importante para o desenvolvimento social e afetivo dos pequenos. Brincadeiras que provocam risadas contribuem para a criação de laços entre pais e filhos e ajudam no desenvolvimento da autoestima da criança”, explica Juliana. No entanto, a especialista alerta que é fundamental escolher atividades que, além de divertidas, sejam seguras, evitando situações que possam expor as crianças a riscos de acidentes.
Uma pesquisa recente da Universidade de Oxford destaca a importância do bem-estar e felicidade na primeira infância. O estudo enfatiza que o desenvolvimento emocional positivo em bebês e crianças pequenas impacta diretamente sua saúde mental e social a longo prazo. De acordo com o estudo, quando as crianças têm suas necessidades emocionais atendidas, incluindo a criação de um ambiente feliz e seguro, isso contribui para seu equilíbrio emocional e capacidade de lidar com desafios futuros.
Segundo a enfermeira pediátrica especialista em segurança infantil, garantir a segurança não significa limitar a diversão. Pelo contrário, com criatividade e atenção, é possível proporcionar momentos lúdicos e seguros, fortalecendo o vínculo familiar e promovendo o riso de forma saudável.
Um dica interessante de Juliana é ter cuidado com o tamanho dos brinquedos, principalmente para bebês e crianças, por isso, ela criou o teste do rolo de papel higiênico: “Se o brinquedo consegue passar facilmente pelo buraco do rolo de papel higiênico, ele pode também ir parar na garganta de bebês e crianças pequenas. Por isso, faça sempre esse teste antes de deixar seu filho brincar sem assistência”, orienta a enfermeira pediátrica.
A seguir, Juliana Muniz compartilha cinco dicas de brincadeiras seguras para fazer com os pequenos:
1. Brincadeiras de esconde-esconde simples
Adaptar o clássico esconde-esconde para um ambiente seguro, como um quarto ou sala, pode render boas risadas. Para os menores, o uso de cobertores ou almofadas pode ser uma forma divertida de “se esconder”, enquanto os pais fingem procurar.
2. Contação de histórias com objetos seguros
Usar fantoches de tecido, pelúcias ou dedoches para criar histórias engraçadas pode entreter e estimular o riso das crianças. “Esses objetos são seguros e ajudam a desenvolver a imaginação, sem riscos de engasgos ou machucados”, ressalta a enfermeira.
3. Brincadeiras com música e dança
Criar coreografias simples ou dançar livremente ao som de músicas infantis é uma excelente forma de promover a diversão em movimento. “Além de divertir, essa atividade ajuda no desenvolvimento motor, sempre com supervisão para evitar quedas”, explica Juliana.
4. Bolhas de sabão
Uma das brincadeiras favoritas das crianças de todas as idades é estourar bolhas de sabão. “As bolhas de sabão proporcionam momentos de muita risada e são totalmente seguras, desde que os produtos utilizados sejam próprios para crianças e não escorregadios”, orienta a especialista.
5. Pintura com os dedos
A pintura a dedo com tintas atóxicas é uma atividade divertida que as crianças adoram. “Essa atividade estimula a criatividade e é completamente segura quando se usa materiais adequados para a idade”, afirma a enfermeira.
Conforme Juliana Muniz ressalta, o riso é parte fundamental do desenvolvimento infantil, e cabe aos pais e responsáveis garantirem que esses momentos de alegria sejam acompanhados de segurança. “Brincadeiras seguras geram memórias felizes e protegem as crianças de acidentes, permitindo que elas aproveitem plenamente essa fase tão importante da vida”, finaliza.