Hábitos do próprio paciente podem determinar ‘validade’ de cirurgia plástica

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Crédito : divulgação FVG Cirurgia Plástica

Quanto tempo dura uma mamoplastia de redução? E uma rinoplastia? Qual seria o prazo de validade de uma bariátrica ou de uma abdominoplastia? Essas perguntas costumam preencher as dúvidas de muitas pessoas que têm o desejo de fazer alguma cirurgia estética. E, por mais que os procedimentos não possuam prazo de vencimento, há cuidados que o paciente deve tomar para garantir que a transformação seja de fato permanente.

O primeiro passo, afirma o cirurgião-plástico Felipe Villaça, é obedecer às orientações do profissional para o pós-operatório. “Muitos detalhes que nós passamos depois da cirurgia podem parecer sem sentido, uma formalidade para justificar mais restrições. Mas elas possuem, sim, suas razões. E a própria autoestima do paciente também depende da obediência a essas orientações”, explica.

Ele cita como exemplo um paciente que tenha se submetido a uma cirurgia bariátrica. “É um procedimento complexo, que muda radicalmente o aspecto físico do indivíduo. Mas se depois de algum tempo ele voltar a se alimentar da mesma forma que antes, seguramente vai voltar a ganhar peso. A cirurgia terá sido apenas perda de tempo e de dinheiro. E isso serve para muitas outras cirurgias. Então ter disciplina faz parte do pacote do pós-operatório”, orienta o médico, cuja clínica está localizada em Belo Horizonte.

De maneira geral, segundo ele, os pacientes que passam por algum procedimento devem manter hábitos de vida saudáveis, como hidratar-se bem, manter uma dieta bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente. “Mas isso não é no dia seguinte à cirurgia. Tudo começa pelo repouso, preservando o corpo num momento em que ele está em recuperação. E cada atividade do dia a dia deve ser acompanhada pelo médico que fez a cirurgia”, orienta Felipe Villaça.

Se assumir hábitos positivos já demanda cautela após a operação, o que dizer então do consumo de produtos nocivos à saúde? O cirurgião plástico faz uma advertência mais rígida. “O paciente que fuma, que ingere bebida alcoólica ou que até usa drogas faz uma cirurgia estética visando fazer uma correção. Em casos pós-cirúrgicos, é muito importante ele abdicar de certos alimentos e do uso de substâncias maléficas ao corpo. Além de que todas elas contribuem para o enfraquecimento do organismo, o que vai impactar diretamente também na região onde houve o procedimento. Então a interrupção é primordial”, alerta.

Felipe Villaça orienta ainda que o paciente evite a exposição excessiva ao sol imediatamente após a cirurgia, devido aos riscos de dificultar a cicatrização e de marcar o local da incisão. “São desobediências que comprometem a longevidade dos resultados. Com cuidados permanentes, as mudanças estéticas tendem a ser bastante duradouras. Claro que elas não vão se furtar da ação do tempo, do envelhecimento natural. Mas todos os agentes que aceleram esse envelhecimento devem ser combatidos. Por isso, é o paciente quem irá determinar o tempo que quer viver com a transformação”, finaliza.