Aumento dos casos de sepse no Brasil: Rede Mater Dei implementa protocolo para tratamento e prevenção

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Melhorando a eficácia e a rapidez no atendimento aos pacientes, Rede Mater Dei atinge índices de excelência acima da média

O Brasil enfrenta uma crise de sepse, com aproximadamente 400 mil casos anuais e uma taxa de mortalidade de 60% entre adultos, colocando o país entre os líderes globais em mortes pela doença. A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é qualquer tipo de infecção que cause algum mau funcionamento de um órgão ou sistema do corpo humano. Reconhecendo a gravidade do problema, entidades de saúde em todo o mundo destacam sua importância, levando à criação do Dia Mundial da Sepse, celebrado em 13 de setembro. Este dia visa aumentar a conscientização sobre a doença, que é uma das principais causas de morte em unidades de terapia intensiva (UTIs), mesmo em pacientes com doenças não fatais. Como forma de prevenção, a Rede Mater Dei de Saúde implementou um protocolo de manejo da sepse, que tem mostrado resultados significativos na melhoria dos desfechos clínicos.

Dessa forma, todos os hospitais da Rede aplicam um protocolo específico, que permite uma identificação rápida dos casos e um início de tratamento mais ágil, garantindo que os pacientes recebam antibióticos em um prazo mais curto do que a média do setor de saúde. De acordo com dados do Instituto Latino-Americano (ILAS) a média de tempo para a aplicação de antibiótico é de 60 minutos, em comparação com a média de 50 minutos da Rede Mater Dei. “Nossos hospitais têm se comprometido com o cumprimento de protocolos específicos para a Sepse. Nele, é possível fazer a identificação precoce e o tratamento imediato dessa condição clínica. Sabemos que a rapidez na administração de antibióticos pode ser decisiva para a recuperação dos pacientes e redução das sequelas”, ressalta Felipe Salvador Ligório, Vice-Presidente Assistencial da Rede Mater Dei.

Em Uberlândia, os hospitais da rede adotam rigoroso protocolo de higienização das mãos, uso criterioso de antimicrobianos, vigilância contínua de infecções hospitalares e adesão a normas específicas para a manipulação de dispositivos invasivos, como cateteres e sondas. Além disso, investem intensamente em treinamentos constantes para os profissionais de saúde, garantindo que todos estejam atualizados sobre as melhores práticas de prevenção.

“A estrutura de excelência dos hospitais, aliada a uma equipe altamente qualificada, reforça o compromisso da Rede Mater Dei com a segurança dos seus pacientes, sempre buscando a inovação e a melhoria contínua na prevenção de infecções. É esse nível de dedicação que mantém os hospitais como referência em qualidade e segurança no atendimento em Uberlândia e em toda a região”, explica a infectologista dos hospitais Mater Dei Santa Clara e Mater Dei Santa Genoveva, Dra. Débora Letícia.

Combate à sepse
Nos hospitais, as principais causas de sepse estão associadas a infecções graves, como pneumonia, infecção urinária ou infecção no sangue, particularmente em pacientes que utilizam dispositivos invasivos, como cateteres e sondas. “A sepse pode surgir após cirurgias ou devido ao uso de dispositivos invasivos, especialmente em pacientes com o sistema imunológico comprometido, como idosos, portadores de doenças crônicas e pessoas internadas em UTIs. A identificação precoce e o início imediato do tratamento são essenciais para salvar vidas. Cada hora de atraso na administração de antimicrobianos aumenta a mortalidade em 7% a 8%,” afirma a especialista.

Débora ressalta que os profissionais de saúde devem estar atentos a sinais de alerta, como febre alta ou temperatura muito baixa, batimentos cardíacos acelerados, respiração rápida, pressão arterial baixa, confusão mental ou sonolência. A presença de infecções, como pneumonia, infecção urinária ou de feridas, também é um indicador importante. “A rapidez no reconhecimento desses sinais e a administração imediata de antimicrobianos são essenciais para conter a progressão da sepse e salvar vidas”, destaca a médica.

Além disso, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas e máscaras, a desinfecção adequada de superfícies hospitalares, o manejo cuidadoso de dispositivos invasivos, como cateteres e sondas, e a administração apropriada de antimicrobianos são fundamentais. “A lavagem das mãos é uma medida simples, mas eficaz, que pode reduzir significativamente a transmissão de microrganismos e prevenir infecções que possam evoluir para sepse,” reforça Dra. Débora.

O uso racional de antimicrobianos também é uma prioridade da Rede Mater Dei. A prescrição inadequada desses medicamentos pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, aumentando o risco de sepse. Para prevenir esse cenário, a Rede adota uma política criteriosa de prescrição de antibióticos e realiza a vigilância contínua de infecções hospitalares.