Junho Vermelho: Gabarito realiza mais uma campanha de doação de sangue

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O Gabarito Educação promoveu nova edição do mutirão de doação de sangue, em colaboração com o Hemocentro de Uberlândia. Liderada pelo professor de biologia Fernando Borella, a ação contou com a participação ativa dos alunos da unidade Rondon II e a organização cuidadosa da escola. A iniciativa reforçou a importância da campanha de conscientização no Junho Vermelho, promovida pelo Ministério da Saúde, que tem o objetivo de aumentar os estoques de sangue nos hemocentros, especialmente durante os meses de inverno, quando as doações costumam cair devido a fatores como o frio e o aumento das doenças respiratórias.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, somente 14 pessoas em cada grupo de mil brasileiros são doadoras de sangue no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que 1,4% da população doa sangue regularmente, o que coloca o país dentro dos parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que o índice se mantenha entre 1% e 3%. Mas ainda se mostra distante do ideal.

Fernando Borella, que mantém esse projeto há 20 anos e, desde 2016, realiza a campanha no Gabarito, afirma sentir-se muito realizado e desejoso de que outras pessoas possam viver a mesma experiência e satisfação de ser um doador. O professor ressalta, ainda, que o Brasil precisa exercitar mais a solidariedade, a empatia e a preocupação com o próximo. Segundo ele, doar sangue é uma maneira de ajudar pessoas que, muitas vezes, não conhecemos, mas estão precisando de ajuda.

Motivação e impacto na vida dos alunos
Cecilia Pacheco Esteves, aluna do terceiro ano, compartilhou sua motivação pessoal para participar do mutirão. “O motivo maior foi pela causa em si, de ajudar outras pessoas. Recentemente, perdi uma amiga de infância em decorrência de uma leucemia, e ela sempre comentava sobre a importância das doações. Quando apareceu a oportunidade, nem pensei em não doar”, relatou Cecilia.

A reação da família e dos amigos de Cecilia foi extremamente positiva. “Todos ficaram felizes pela ação e até se interessaram mais em fazer doações recorrentes”, disse ela. Para Cecilia, a sensação de saber que sua doação pode salvar vidas é indescritível: “É uma sensação inexplicável saber que uma hora do meu dia, dedicada a todo o processo, pode salvar a vida de até quatro pessoas”.

Preparação e organização da escola
A coordenadora pedagógica Cristiane Alves Maciel explicou o rigoroso processo de preparação para a campanha. “Tem toda uma organização, uma documentação legal que passa até por visita da vigilância sanitária. Após a aprovação do Hemominas e da vigilância sanitária, preparamos o espaço para as coletas e lanche, garantindo todas as condições necessárias”, detalhou.

A comunicação com os pais e os responsáveis é fundamental, já que muitos alunos são menores de idade. “Enviamos uma carta informando os pais e, posteriormente, a documentação necessária com autorização e formulários do Hemominas”, acrescentou Cristiane.

Resultados e reações dos participantes
O feedback dos alunos após a participação foi altamente positivo. “Um aluno chorou de emoção ao relatar que estava se sentindo muito bem por beneficiar três pessoas com um pequeno gesto. Alguns ficam inseguros, nervosos, mas, em geral, é muito gratificante acompanhar tudo isso.”, comemorou a coordenadora.

O professor Fernando Borella destacou o impacto do projeto na formação cidadã dos alunos. “É um projeto fundamental, porque ensina os alunos sobre voluntariado e solidariedade. Muitos continuam doando sangue e levando outras pessoas para doar, mesmo após saírem da escola”, afirmou. Ele observou mudanças significativas na atitude dos estudantes em relação à doação de sangue: “Com a divulgação dos critérios de doação, muitos entendem a importância de comportamentos responsáveis no dia a dia”.

Promovendo solidariedade e consciência
Para Borella, a campanha de doação de sangue é uma oportunidade para os alunos aprenderem a olhar para o outro. Essa ação, ainda na adolescência, também ajuda a desmistificar vários estigmas associados ao ato, como o medo de precisar doar para sempre, a ideia de que é necessário ser muito forte e os receios de dor, mal-estar ou contaminação. “Tratando do assunto com informação correta e credibilidade, esses mitos são desfeitos, um a um, e eles percebem que doar é muito tranquilo e só traz satisfação para quem doa e quem recebe”, explicou o professor.

A campanha de doação de sangue na Unidade Rondon II do Gabarito Educação contribui para salvar vidas e promover valores essenciais de solidariedade e responsabilidade social entre os alunos. A iniciativa desmistifica estigmas relacionados à doação de sangue, incentiva comportamentos saudáveis e reforça o compromisso da escola com a formação integral de seus estudantes.

Com 49 bolsas de sangue coletadas este ano, a campanha de 2024 reforça a importância da solidariedade e do voluntariado, demonstrando o impacto positivo que ações como essa têm na comunidade. O Gabarito Educação continua a inspirar seus alunos a olhar para o próximo e fazer a diferença, um gesto de cada vez.