Game Over prepara competição de breaking em Belo Horizonte

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Foto: Coniin

Belo Horizonte vai ser Nova Iorque por um dia. Isso porque a Game Over, evento de breaking que idealiza enriquecer o afropatrimônio da capital mineira, está preparando uma edição especial para domingo, 9 de junho, em celebração a inclusão deste estilo de dança como modalidade olímpica nos Jogos de Paris, em julho.

O evento recebe patrocínio da Secretaria Municipal do Esporte e acontecerá no Spot Culture, (R. São Paulo, 978 – Lourdes, Belo Horizonte), a partir de 13 horas. Com entrada franca, e visando comemorar a primeira participação do breaking em uma olimpíada, Afrokong, idealizador da competição, ao lado da Encruza Produções, empresa realizadora do evento, preparam uma competição de deverá reunir grandes nomes do esporte. A Spot Culture apoia o encontro.

Em Belo Horizonte a Game Over se destaca como uma das competições mais tradicionais da modalidade trazendo competidores de diversos estados e até internacionais. Logo, os vencedores desta edição serão contemplados com uma premiação de R$ 1 mil, destinados ao para o primeiro colocado, e R$ 500, destinados para a dupla que ficar na segunda colocação. Os jurados são nomes importantes do cenário belo-horizontino: Dressa, Bibi e Doug.

Acompanhando a competição, o evento também preparou uma lista de artistas de peso. Estão confirmados os DJs Def Brks e Sidão, além de MC Kong e de MC Indio. Completando a lista, ainda está confirmado um pocket show da La Plaza Rap.

Essa curadoria cultural é mérito da organização do evento. Questionado sobre a importância de incentivar a cultura breaking em Belo Horizonte, Vitor Gonzaga, diretor da Encruza Produções, esclarecer que a pluralidade cultural da capital mineira permite intervenções culturais diversas e trabalhar essa gama de atividades é de extrema importância.

“BH é uma cidade muito rica culturalmente e tem espaço para muita arte. Com uma base musical que varia do hip-hop ao funk, soul e breakbeat, o breaking hoje transcende sua origem como dança para se tornar um esporte global, com competições profissionais que atraem dançarinos de todo o mundo, mantendo-se também como uma prática popular entre amadores. É muito importante trazer isso à tona”, discursa.

Originado nos anos 70 no Bronx, Nova York, o breaking emergiu das comunidades negra e latina como forma de resolver disputas territoriais pacificamente. “A modalidade nasceu para transformar conflitos em competições de dança e afastou a juventude da violência das gangues, transformando uma nova era de expressão cultural que se entrelaça com a música, a dança, a arte e a moda da cultura hip-hop. Este movimento rapidamente ganhou adeptos em todo o mundo, chegando ao Brasil nos anos 80, onde grupos se formaram para praticar e competir, especialmente em locais como a estação São Bento em São Paulo”, finaliza Vitor.