A transição do verão para o outono, no dia 20 de março, é mais do que uma simples mudança de estação. A queda abrupta de temperatura tende a se converter numa explosão de casos de doenças respiratórias, como gripe, resfriado e sinusite. Com os efeitos decorrentes do El Niño e da La Niña, essas oscilações climáticas são ainda mais evidentes, impactando a imunidade de um número ainda maior de indivíduos.
Para a nutróloga Dra. Consolação Oliveira, especializada em fisiologia hormonal e medicina ortomolecular, o momento exige mais atenção com a saúde. A médica orienta a população a manter a hidratação em dia. “Um dos principais problemas que levam ao aumento das doenças respiratórias é que há uma união entre o clima seco e as vias aéreas ressecadas. Isso propicia a inalação e circulação mais fácil dos vírus causadores de gripe e de impurezas presentes no ar, provocando as irritações”, explica.
Além de líquidos, ela também recomenda o consumo de alimentos ricos em vitamina C, como as frutas cítricas. Laranja, goiaba, acerola e mexerica são opções bem vindas à dieta. “A vitamina C tem como uma de suas propriedades o poder de aumentar a imunidade contra microrganismos que provocam doenças respiratórias”, explica a médica.
Consolação Oliveira lista ainda gengibre, açafrão, alho e própolis como fortes aliados no combate à gripe. “Esses alimentos têm poderes diversos. Eles conseguem reunir uma capacidade anti-inflamatória bastante benéfica para o organismo. Vale intensificar ainda o consumo de cenoura, espinafre, tomate e brócolis, para citar só mais alguns exemplos de alimentos altamente positivos para quem sofre com as crises alérgicas ou virais pelas vias aéreas”. A médica também recomenda a retirada de alimentos que contém leite de vaca e seus derivados do cardápio para aqueles que têm intolerância.
A nutróloga esclarece que durante o período de oscilações climáticas a medicina ortomolecular também é uma aliada importante. “Por meio dela é possível controlar os radicais livres, o processo inflamatório, o envelhecimento e o adoecimento precoce, já que o tratamento se molda a partir de um consumo rigorosamente equilibrado de nutrientes e suplementos como vitaminas e minerais”, explica Consolação.
Segundo a médica, o resultado consiste numa melhora global do organismo. “A partir desse cuidado, o corpo passa a funcionar melhor em diversas perspectivas, inclusive na imunidade. Com isso, o indivíduo fica melhor preparado para combater os agentes das doenças respiratórias. O tratamento funciona em um contexto mais preventivo, que trata o corpo como um todo evitando o aparecimento das doenças. A lógica é prevenir qualquer complicação no organismo, e não remediá-la”, finaliza a nutróloga.