Musical “Um achado na Lapa” faz homenagem ao mais genuíno gênero brasileiro e fala da boemia carioca.
O samba vai encontrar o teatro no musical “Um Achado na Lapa”, que o grupo brasiliense Hablado Cia. Teatral apresenta nesta sexta-feira (24), em mais uma edição do projeto Sextas Musicais. A apresentação acontece na unidade da Casa Thomas Jefferson, que fica na 706/906 Sul, em Brasília, e terá transmissão pelo canal da Thomas no Youtube. O espetáculo é a partir das 20h. No repertório, músicas de Noel Rosa, Herivelto Martins, Wilson Batista, Adoniran Barbosa e Jorge Aragão, que cantam e contam a vida de cinco personagens boêmias da noite carioca da Lapa, um dos mais charmosos bairros do Rio de Janeiro.
Um Achado na Lapa é o segundo espetáculo da companhia, dedicado ao universo do samba. Antes dele veio “Noel Rosa”. Quase um carioca por vocação, o ator e dramaturgo Gilson Montblanc diz que o musical nasceu da paixão dele pelo Rio e pela música em geral, especificamente pelo samba. O musical conta a história de cinco personagens, quatro fictícios e um inspirado em Zé Pelintra, uma entidade dos cultos de matriz africana, mas nome também atribuído a um morador do Rio dos anos 1930, segundo Montblanc. Ele diz que o espetáculo que será mostrado ao público é resultado de cinco anos de estudo e muita pesquisa, até chegar ao texto e à montagem originais.
O drama fictício narra a vida dos cinco amigos. Zé Pelintra é o mais boêmio de todos, invejado por Gil Portela, um servidor público que quer ser como ele, mas que também gostaria de ter o talento de outra personagem, o músico João da Viola. Ao lado deles, Madame Cabrocha, uma batalhadora que sonha em ser passista ou rainha de bateria de escola de samba, enquanto faz de tudo para sobreviver e ainda faz curso de teatro. Espécie de fio condutor, com canto e falas, Toninho BH é o músico que completa o quinteto.
Enquanto a cidade do Rio de Janeiro dorme, a Lapa fica acordada, como já dizia a música “A Lapa” de Herivelto Martins, cantada na peça. Cada uma das personagens tem sua malandragem particular intrínseca, ou seja, eles são amantes da vida noturna, são espertos e levam uma vida boêmia mesmo não tendo um trabalho fixo, segundo Montblanc. O resultado é a incorporação da figura do malandro, da malemolência, do gingado. É espetáculo para ver e ouvir.
Repertório
De Noel Rosa, o grupo escolheu “Filosofia” e “Fita Amarela”. De Herivelto Martins, eles vão interpretar “A Lapa”, seguida de “Preconceito”, de Wilson Batista, “Bom Dia Tristeza” de Adoniran Barbosa, e “Vou festejar”, de Jorge Aragão, no espetáculo que tem duas horas de duração. Em “Um Achado na Lapa” os atores também interagem com o público, segundo Montblanc, que tem uma expectativa especial em relação ao público do CTJ Hall. Ele diz se tratar de um espaço nobre, frequentado por um público seleto e de gosto refinado, como o melhor do samba, o mais genuíno dos gêneros brasileiros.
O projeto Sextas Musicais oferece semanalmente ao público, de forma presencial, shows do melhor da música brasileira e internacional. A Casa Thomas Jefferson conta com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos na realização dos eventos culturais.
Prestigie!
Sextas Musicais – “Um Achado na Lapa”
*Quando: 24 de novembro
*Horário: 20h
*Local: CTJ HALL Casa Thomas Jefferson (Em Brasília, na SEP Sul 706/906) e transmissão ao vivo no canal da Casa Thomas Jefferson no YouTube https://www.youtube.com/user/