Treze crianças em situação de vulnerabilidade social tiveram um tempo de alegria. Participaram de oficinas de brinquedos, assistiram a shows, receberam lanche especial. “Foi um evento emocionante”, diz o ator Lúcio de Castro Neto, criador do Tio Girafa, que levou sua turma para apresentação na ONG Colmeia, casa de acolhimento de menores, no bairro Nova Gameleira, em Belo Horizonte, no último dia 18 de outubro
Todos os anos ele escolhe uma instituição do mês das crianças para realizar uma ação voluntária. “Faço questão de ter tudo o que ofereço nas apresentações que são pagas”, diz. Convocou 4 recreadores, pôs na instituição pula-pula e cama elástica, espalhou oficinas de desenho, tatuagem, massinha, tererê e trancinha de cabelo… Preparou pipoca, algodão doce, cachorro-quente, salgadinhos, suco, refrigerante. Fez apresentação do Show Além do Infinito, com o Macaco Jack, defensor da natureza, e abriu espaço para show de Fernando TRB.
“Foi uma tarde muito animada, positiva para as crianças”, relata Bárbara Boson, auxiliar administrativa da Colmeia. Ela lembra que a garotada gostou por ter parte recreativa, lanche e show. “São crianças que passaram por todo o tipo de vulnerabilidade.” Elas ficam lá 15, 30 dias ou mais dependendo da situação.
O ator Lúcio de Castro Neto afirma que a ação o fez perceber que está no caminho certo ao contribuir para a acessibilidade à cultura, inclusão e diversidade. Sua trajetória de quase 3 décadas é uma celebração da pluralidade, onde cada um dos personagens, criados por ele, traz uma mensagem de aceitação e compreensão.
Desde o gigante Jhonny Girafa, que dança hip-hop, funk e balé, até o Pintinho Gil, que se comunica por meio da música e libras, seus personagens carregam uma expressão de diversidade e inclusão. O Macaco Jack, amante da natureza, defende a preservação do meio ambiente, enquanto Rufão, o Javali, nos lembra que o bem sempre pode vencer o mal.
Para Lúcio, a inclusão vai além das palavras. Ele promove ações sociais, proporcionando acesso à cultura e ao lazer para comunidades carentes. A próxima será em dezembro. “A ideia é fazer a festa em uma comunidade carente da periferia.” Sua arte transcende o entretenimento, transformando o palco em um espaço de aprendizado e reflexão.
