Os desafios pós-pandemia, as mudanças na dinâmica familiar, pressões escolares e o mundo digital podem contribuir para o surgimento de sintomas das doenças
A psicologia deve fazer parte da rotina escolar? Recentemente, a presença dos psicólogos nas instituições tem sido bastante questionada e, por muitas vezes, deixada em segundo plano nas políticas públicas. Além de ser um apoio para os alunos, a psicologia tem o papel de auxiliar os educadores e os pais para reflexão, conhecimento e identificação de possíveis distúrbios no dia a dia da rotina escolar.
Pensando em discutir essa temática e a importância da presença do psicólogo nas escolas para garantir um futuro mais resiliente e saudável para crianças e adolescentes, a Casa Thomas Jefferson (CTJ) promove uma live pelo Instagram @casathomasjefferson, no próximo dia 19 de outubro, às 19 horas, com a psicóloga escolar, Patrícia Villa.
Em tempos em que a baixa autoestima, tristeza e desesperança são alguns dos sintomas que afetam crianças e adolescentes, esse questionamento tem sido cada vez mais frequente e requer mais atenção. Segundo a psicóloga da Casa Thomas Jefferson, Patrícia Villa, debater este assunto é essencial, tendo em vista que a maioria das escolas só conta com coordenadores e orientadores educacionais. “A união desses profissionais, educadores e psicólogos, proporciona não só a melhoria do aprendizado, mas a qualidade de vida fora do ambiente escolar”, pontua Patrícia.
A depressão nestas faixas etárias é como a depressão em adultos. A criança e o jovem se tornam mais quietos, às vezes desinteressados e mais volúveis. É quando as emoções oscilam, podendo tornar o comportamento deles confuso. Na sociedade contemporânea, a ansiedade e a depressão não são mais condições exclusivas dos adultos. Segundo a psicóloga, crianças e jovens estão, infelizmente, vulneráveis a esses transtornos. “Os desafios pós-pandemia, as mudanças na dinâmica familiar, pressões escolares e o mundo digital podem contribuir para o surgimento destes sintomas”, revela Patrícia Villa. “É importante ressaltar que, quando não identificados e tratados a tempo, podem prejudicar significativamente o desenvolvimento saudável dos jovens”, completa.
A escola, junto à psicologia escolar, aos amigos e familiares, desempenha um importante papel na identificação e prevenção desses transtornos emocionais, pois funcionam como uma fonte confiável de apoio emocional. Outro fator de destaque, aliado dos processos de prevenção, é o conhecimento. “A informação pode evitar que crianças e adolescentes desenvolvam a depressão. Exercício, sono suficiente e uma dieta saudável também são fatores importantes”, destaca Patrícia Villa. É fundamental reconhecer precocemente, diagnosticar e tratar a depressão, evitando que ela se torne uma condição permanente na vida da criança e ou adolescente.
Papel da psicologia escolar
Diante deste contexto que envolve alunos, pais e professores, a psicologia escolar tem como um de seus principais objetivos promover o desenvolvimento de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando um ambiente inclusivo, diverso e de qualidade. No atual cenário da educação, esses profissionais têm se tornado mais importantes do que nunca, pois são capacitados para aplicar programas de prevenção, além de desenvolver e observar as habilidades socioemocionais na escola.
Serviço:
O quê: Live destaca ansiedade e depressão infantil e juvenil
Quando: Quinta-feira, 19 de outubro, às 19 horas
Onde: Instagram da Casa Thomas Jefferson – @casathomasjefferson