Circuito Sul-Americano de Vôlei de Praia têm brasileiros campeões nas duas modalidades

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Tainá e Vic, atletas do Praia, conquistam o bronze, enquanto Carol/Bárbara e André/George ficam com o ouro

Crédito: Bruno Cunha / Praia Clube

No último dia de competições (21), as finais e as disputas pelo bronze do Circuito Sul-Americano de Vôlei de Praia agitaram as areias do Praia Clube. A torcida pôde comemorar as três medalhas dos brasileiros: Tainá e Vic, atletas do Praia, conquistaram o bronze, André e George e Carol e Bárbara pegaram o ouro. Além disso, o Chile foi o campeão geral masculino e o Brasil levou o geral feminino.

Com o encerramento do Circuito, foram definidas as vagas para os Jogos Pan-Americanos de Santiago e do Campeonato Mundial no México. Para o Pan, se classificaram Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai no feminino e no masculino, que se juntam ao já classificado Brasil e ao Chile, país-sede. Para o Mundial, Brasil, Argentina, Chile e Venezuela garantiram a vaga no masculino, enquanto Brasil, Argentina, Chile e Paraguai vão para a disputa feminina.

9h – Tainá/Vic (BRA) x Fran Rivas/Chris (CHI) (16-9); vitória brasileira por W.O.
Na disputa do bronze feminina, as Meninas Super-Poderosas do Praia enfrentaram a dupla chilena e, apesar do resultado positivo, o bronze não veio da melhor forma. Com quatro aces e ótimo volume de jogo, Tainá e Vic dominavam a partida, até que Chris sentiu o joelho esquerdo e não conseguiu continuar na partida, decretando a vitória das praianas por W.O.
Após a partida, a atleta do Chile, visivelmente emocionada, disse que foi muito difícil abandonar a partida e pediu compreensão da torcida por não conseguir continuar. A arquibancada correspondeu e aplaudiu a jogadora em um lindo gesto de fair play e espírito esportivo.

Em entrevista pós-jogo, Tainá e Vic exaltaram as chilenas, apontando que as adversárias não estavam em sua melhor condição física e as chamaram de guerreiras. Elas também aproveitaram para agradecer o pioneirismo do Praia no investimento em duplas do esporte.
“Isso se tornou uma iniciativa para os outros clubes também poderem fazer com que atletas o representem. E fazendo isso, cada vez mais [os clubes] vão investindo e acreditando nos atletas. Eles deixam de ser só a imagem e passam a ser um clube e começam a representar, a investir, a melhorar a performance, o desempenho.”, relatou Tainá, que teve sua opinião reforçada por Vic.

10h – Carol Solberg/Bárbara (BRA) 2×0 Erika/Michelle (PAR) (21-14 / 21-15)

Na penúltima partida do campeonato, a disputa do ouro feminino teve vitória brasileira por 2-0, com parciais de 21-14 e 21-15.
No primeiro set, Carol e Bárbara começaram em ritmo muito intenso e logo abriram 6-2, levando a parcial até a parada técnica em 13-8. Com as duas equipes consistentes na virada de bola, a defesa das brasileiras estava melhor e conseguia conter os ataques paraguaios, fechando o set em 21-14.

O segundo set já começou com um ace de Bárbara, seguido depois por outro ponto de saque de Carol, abrindo 3-1 para as brasileiras. Erika e Michelle começaram a ter mais dificuldade para pontuar, fazendo com que Carol e Bárbara abrissem cinco pontos de vantagem. No final, a dupla do Brasil conseguiu segurar o ímpeto paraguaio e venceu o set por 21-15, conquistando o título sem perder nenhum set.

11h – André/George (BRA) x Grimalt M./Grimalt E. (CHI) (18-21 / 21-18 / 21-19)

O último jogo do dia foi a repetição da decisão do Circuito Sul-Americano do ano passado, e o resultado se repetiu: 2-1 para os brasileiros, com um tie-break de tirar o fôlego, onde André/George salvaram quatro match points da dupla do Chile.
No primeiro set, as duas duplas mostraram muita garra e partiram para cima do oponente. Os chilenos abriram vantagem, mas os brasileiros seguiam na cola do placar, com a parada técnica do set indo em 12-9 a favor dos primos Grimalt. André e George até chegaram a encostar no placar em 13-14, mas viram a dupla do Chile abrir três pontos no final do set, fechando a parcial em 18-21.

A segunda parcial começou com André/George na frente, mas os Grimalt foram encostando gradualmente no placar, chegando à parada técnica na frente, com 10-11 e abrindo mais dois pontos, obrigando os brasileiros a pedirem tempo. Porém, após bela sequência de saques de André, o Brasil virou para 17-15. No fim, vitória brasileira por 21-18.

No tie-break, um verdadeiro show. A partida começou equilibrada, mas o Brasil abriu 6-3, forçando o Chile a pedir tempo. Depois, foi a vez do Brasil parar o jogo após 6-7. As equipes seguiam trocando pontos, mas André conseguiu dois blocks seguidos e conseguiu o match point em 14-11. Após isso, os Grimalt conseguiram pontuar quatro vezes seguidas e viraram para 14-15. No final, depois de quatro match points salvos, André e George fizeram 21-19 e conquistaram o título.

Mais cedo, às 8h, houve a disputa do bronze masculina entre os chilenos Aravena/Droguett e a dupla argentina dos irmãos Capogrosso. Com um bom volume de jogo e grande número de bloqueios, os atletas do Chile venceram o jogo por 2-0, com parciais de 21-17 e 21-12 e garantiram a medalha.