Mais que questão estética, procedimentos tratam desconfortos femininos
Incontinência urinária, dor na relação sexual ou ressecamento vaginal… Com o passar do tempo e a chegada da idade, da menopausa ou mesmo do período pós-parto, é normal algumas mulheres apresentarem queixas e desconfortos relacionados à fraqueza da musculatura do assoalho pélvico e ressecamento vaginal.
De acordo com a médica dermatologista Anna Laura Peppe, da clínica Audatti, quando se fala de tratamento íntimo é importante ressaltar que não se relaciona apenas à questão estética, mas principalmente funcional e emocional, neste caso afetando a saúde mental e a autoestima da paciente. “A partir dos 25-30 anos, inicia-se o processo de envelhecimento. Fala-se muito de perda de colágeno, flacidez, perda de gordura, reabsorção óssea e esse processo ocorre no corpo todo, inclusive na região íntima, que é afetada por questões hormonais, gestação, menopausa, fatores físicos como depilações mais abrasivas e até com distúrbios sistêmicos como a Diabetes Mellitus (DM). A região fica mais escura, flácida, os grandes lábios perdem volume, com o aparecimento expressivo dos pequenos lábios e clitóris, algumas cicatrizes locais podem incomodar, como de cesáreas ou episiorrafia, há perda de lubrificação vaginal, bem como maior frouxidão da musculatura pélvica. Isso tudo pode culminar em incontinência urinária de esforço com escapes de urina, além de muito desconforto durante a relação sexual”, destaca.
Tratamentos
Atualmente, já existem diversas tecnologias para corrigir desconfortos relacionados à saúde e bem-estar feminino. Sempre em busca de inovações, a mais recente novidade da Clínica Audatti é um aparelho de ondas eletromagnéticas conectado à uma cadeira usada para melhora de tonificação dessa musculatura, maior elasticidade, para quem tem incontinência urinária, entre outros. “O equipamento possui diversas configurações. O treinamento íntimo permite que ajustar a força e quantidade de contrações de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. A paciente senta na cadeira durante 30 minutos sem qualquer desconforto. São feitas de três a seis sessões, que podem ser semanais. É indolor e a paciente sente apenas uma contração na região pélvica. À medida que tonifica a musculatura do assoalho pélvico, a paciente sente maior firmeza durante a relação sexual, com maior tônus dessa região. Isso também melhora o prazer sexual e, principalmente, ajuda a diminuir o escape urinário quando há incontinência durante o esforço. Há também o laser íntimo, feito geralmente em três sessões, que ajuda a aumentar a lubrificação vaginal em pacientes peri e pós menopausa, menopausa precoce, pós-parto ou mesmo em mulheres que têm predisposição a ressecamento vaginal”, explica a médica.
Também existem outros procedimentos que amenizam sintomas, tratam desconfortos e, quando desejado, melhoram a estética como tratamentos externos como peelings, depilação a laser, laser de Thulium e tratamento de cicatrizes que incomodam e os tratamentos internos como o laser vaginal, ultrassom microfocado íntimo, bioestimuladores de colágeno e toxina botulínica para uso exclusivo nessa área.
Segundo a médica dermatologista Cintia Cunha, os tratamentos íntimos não são necessariamente indicados somente para pacientes pós menopausa, uma vez que mulheres jovens também podem ter queixas de ressecamento vaginal, incontinência urinária e inseguranças íntimas específicas que devem ser avaliadas. “A medicina apresenta recursos e possibilidades de tratamentos para as pessoas que buscam ter uma saúde integral. Não só cuidar do corpo, mas também da mente e da saúde íntima. Estamos sempre em busca de inovações para oferecer o melhor para as pacientes, com responsabilidade e embasamento científico”, conclui a dermatologista.