IMEPAC se une ao Projeto Rondon para beneficiar novas possibilidades e promover o desenvolvimento sustentável

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Alunos e professores voluntários vão a campo para promover atividades de assistência social e cultural na comunidade de Flores do Goiás.

Entre os dias 19 de janeiro e 5 de fevereiro, oito alunos e dois professores do Centro Universitário IMEPAC participaram da Operação Lobo-Guará, do Projeto Rondon, sob a administração do Ministério da Defesa, que tem como objetivo levar assistência social, educacional e médica às comunidades mais distantes do país. É nesse contexto que universitários brasileiros têm a oportunidade de participar do projeto de extensão, que é uma das ações do programa.

A participação do Centro Universitário IMEPAC no Projeto Rondon foi uma iniciativa do Reitor José Júlio Lafayette, que liderou o processo de inscrição e apresentação de proposta de trabalho, após a publicação do edital, ainda em 2019. Adiada devido à pandemia, somente agora a Operação Lobo Guará pode ser realizada, contemplando 24 IES e 12 municípios (duas em cada), com a participação dos alunos e professores da instituição, na cidade de Flores do Goiás, compondo o Conjunto A, que tem como foco: cultura, direitos humanos, educação e saúde. Depois de submetido o projeto e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi realizada uma viagem precursora pela professora-coordenadora Karla Walter, do curso de Enfermagem, a fim de pesquisar e vivenciar in loco as reais necessidades da população.

A coordenadora explica que, nessa oportunidade, conversou com os representantes comunitários, pois em Flores de Goiás existem 22 assentamentos, com autoridades, como prefeito e secretários, e com a comunidade. “A partir daí, optamos em trabalhar com crianças, mulheres, homens, adultos e idosos, e criamos oficinas, dentro de cada fase, com o intuito de atingirmos a todos”, diz Karla. Os temas das oficinas foram Saúde Bucal, Higienização das mãos, Brinquedos recicláveis e Pinturas, para o público infantil; Conheça seu corpo, Menopausa e Infecções Sexualmente Transmissíveis, para mulheres; pintura de pano de prato (resgatando a cultura quilombola), para idosos; e Primeiros Socorros, Massagem Cardíaca, Manobra de desengasgo e Diabetes, para adultos em geral.

“A experiência de participar do maior projeto de extensão do Brasil é única. Estamos aqui fazendo uma imersão na maior sala de aula, o nosso país, participando e experienciando, na prática, todas as oportunidades que podemos. Nós, rondonistas, estamos vivendo uma experiência singular e transformadora, que nos possibilita um intercâmbio cultural e troca de experiências, que nos trazem aprendizados tanto para a vida pessoal quanto para a profissional”, conclui Karla.

O Projeto Rondon permite que os universitários tenham uma experiência de solidariedade e comprometimento social, bem como a possibilidade de aplicar conhecimentos teóricos em situações reais. Além disso, a participação dos universitários é uma oportunidade de ampliar sua visão sobre a realidade do país, conhecer novas culturas e promover a integração entre estudantes de diferentes regiões do Brasil, como uma forma de fomentar o desenvolvimento econômico, social e cultural dessas comunidades, ajudando a melhorar suas condições de vida.

O aluno Bruno Henrique de Melo Oliveira, do oitavo período de Medicina, conta que sempre quis participar de algum projeto como voluntário, e, quando soube que a faculdade iria participar, logo se inscreveu. “Eu sou estudante fruto de um programa social, o PROUNI, com isso, se hoje eu tenho o privilégio de estudar o que amo é graças a essa iniciativa e oportunidade. Logo, isso fez e faz toda a diferença na minha vida”, diz Bruno. Para ele, um dos maiores desafios foi conviver tão próximo com outras tantas pessoas com pensamentos, cultura e opiniões diferentes, que antes nem mesmo conhecia. “Desse modo, você abre mão do seu conforto, intimidade e individualidade, para dar lugar ao trabalho coletivo e em prol de algo maior e mais importante para a comunidade. No mais, tudo isso vale a pena, pois quando percebemos um pequeno resultado aflorando em algumas das pessoas, significa que, naquele momento, conseguimos mudar a realidade daquele indivíduo”, diz o estudante.

Para o Reitor José Júlio Lafayette, essa experiência é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes, formando pessoas comprometidas com a sociedade e dispostas a fazer a diferença. “A participação dos nossos universitários no Projeto Rondon é fundamental para o sucesso da iniciativa. Eles possuem um conhecimento teórico e prático relevante, além de uma visão jovem e inovadora, que pode trazer soluções para problemas que parecem insolúveis. Além disso, também têm a oportunidade de aprender com as culturas e costumes dessas regiões, o que amplia ainda mais o seu conhecimento e enriquece a sua vida pessoal e profissional. É um exemplo de que a educação pode ser usada para transformar a realidade e promover o bem-estar social”, afirma.