Especialista em odontopediatria da Pitágoras recomenda cuidado com a saúde bucal dos pequenos, mesmo antes do nascimento dos primeiros dentinhos
Uma dúvida muito comum entre os pais, quanto à saúde bucal das crianças é: qual a idade certa para levar meu filho ao dentista? Segundo a especialista e mestre em odontopediatria e professora do curso de Odontologia da Pitágoras, Carolina Hoeveler, desde os primeiros anos, a visita regular ao dentista deve fazer parte da rotina de cuidados com a saúde, pois é nessa fase que os dentes, gengivas e todo o interior da boca merecem atenção especial.
A docente comenta que a primeira consulta pode acontecer ainda durante a gestação, no Pré-Natal Odontológico, para que assim a mamãe e/ou o papai já iniciem os devidos cuidados após o nascimento do bebê. Além disso, quando for o caso, poderão também receber auxílio especializado para uma correta amamentação no peito, entre muitas outras orientações e cuidados específicos. Entretanto, se não for possível esse acompanhamento, não é necessário aguardar a chegada do primeiro dente pois seu bebê mesmo sem dentes pode ir ao odontopediatra.
Por isso, Carolina recomenda levar o bebê ao dentista ainda no primeiro ano de vida, para que os pais e/ou cuidadores do bebê recebam orientações sobre a erupção (nascimento) dos primeiros dentes e suas repercussões, como fazer a limpeza adequada, evitar a doença cárie e o uso de chupetas e mamadeiras, além de se examinar clinicamente toda a face e a boca, bochechas, lábios, língua do bebê.
Após esta primeira consulta, os responsáveis devem dar continuidade ao acompanhamento, retornando em média a cada seis meses, conforme recomendação do odontopediatra. Alguns tratamentos podem variar entre cada paciente, visto que cada um tem uma necessidade. “É primordial avaliar a cronologia da erupção dos dentes, prevenir doenças bucais e tratar casos de má oclusão”, orienta. “Mesmo se a criança não apresentar algum problema, o dentista deve orientar os pais quanto a alimentação, escovação e o tipo de escova e creme dental ideal”, completa.
Para Carolina, é importante acompanhar o desenvolvimento da criança, uma vez que existem fases da saúde bucal infantil que demandam uma necessidade específica. Veja, a seguir, quais pontos o dentista costuma avaliar em cada etapa da vida:
Bebê (6º ao 12º mês) – ocorre a erupção dos primeiros dentes de leite e, nessa fase, o profissional dará orientações sobre a higienização da região e como minimizar o incomodo do bebê durante esse período.
Entre 2 e 3 anos – a escovação será ainda mais fundamental, uma vez que os dentes de leite já terão nascido. As visitas ao dentista também devem ser frequentes para a prevenção de lesões de cárie e má oclusão.
Crianças com 6 anos – nesse período começam as trocas do dente de leite para o dente permanente. O odontopediatra irá acompanhar a troca desta dentição e realizar tratamentos, se necessário.
Crianças com 12 anos – os cuidados ainda precisam ser redobrados, pois na adolescência a dentição permanente estará completa e ela é insubstituível.
TRAUMAS
Apesar de ser muito temido por algumas crianças, os profissionais especializados na odontologia infantil (odontopediatras) são dedicados a cuidar da saúde bucal desde bebê até a adolescência.
Por isso, o quanto antes os responsáveis levarem seus pequenos para a consulta com um especialista em saúde bucal infantil, mais rápido será a ambientação com o consultório e com o dentista, tornando a experiência muito mais divertida. Além disso, visitar o dentista constantemente também pode evitar problemas futuros como restaurações, tratamento de canal ou extrações.
“Especialistas no atendimento infantil de bebês e crianças, tem a psicologia infantil como uma grande aliada em todas as consultas. Várias são as técnicas usadas para o manejo da criança durante a consulta odontológica que nos permite uma boa colaboração durante o tratamento, sem traumas”, finaliza a docente.