Trabalho: comportamentos que devem ser evitados no ambiente profissional 

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Especialista aponta ações e atitudes que geram mal-estar e podem até causar a perda do emprego 

A convivência entre as pessoas nem sempre é fácil. Se mesmo em casa, com a família ou ainda com amigos, às vezes surgem alguns mal-entendidos e problemas de relacionamento, imagine então no ambiente profissional, que reúne pessoas tão diferentes e que, exceto o fato de trabalharem no mesmo lugar, não têm nada em comum?  

Para que o ambiente profissional seja construtivo e tranquilo para todos, alguns comportamentos devem ser evitados, e auxiliam também na construção da imagem do colaborador, levando a uma promoção ou oportunidade melhor na carreira.  

“O grande desafio de recrutadores e profissionais de RH para reter novos talentos é captação das habilidades comportamentais. As soft skills são os quesitos mais exigidos atualmente pelo mercado de trabalho, pois estão relacionadas a habilidades sociais, de comunicação, de percepção, de liderança ou relacionamento”, opina a professora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Pitágoras, Adriana Moreira.  

A seguir, a especialista lista comportamentos proibidos no ambiente corporativo.  

Falta de comprometimento
O mercado do mundo globalizado é marcado por trabalho em conjunto. Atualmente, em poucas ocupações é possível desempenhar suas funções de forma solitária, sem ajuda dos colegas para alcançar os objetivos e metas. Por isso, não mostrar comprometimento com o time é um dos erros fatais em qualquer emprego.  

O comprometimento envolve desde a pontualidade, até entender que as metas e objetivos da equipe devem se sobrepor às aspirações pessoais e profissionais do indivíduo. Além disso, dificilmente uma pessoa que não é comprometida e que não joga junto com o time será privilegiada em alguma ocasião de promoção, por exemplo.  

Falta de respeito com o espaço coletivo e a hierarquia
Alguns comportamentos que a gente aprende desde a infância também valem para o ambiente profissional, como respeito “aos mais velhos” e às coisas e espaços “dos irmãos”, por exemplo.  

Desta forma, deixar seus objetos pessoais espalhados pelo espaço comum, ou não respeitar as hierarquias – passar por cima de atribuições ou ordens da chefia, ou se mostrar de forma ríspida aos colegas em cargos da pirâmide hierárquica – não pega bem. Tais comportamentos refletem não apenas o profissional que você é, mas também mostram os traços da sua personalidade, que com certeza estão sendo observados pelos superiores.  

Desrespeito às regras definidas pela empresa
As regras foram feitas para serem seguidas. Se uma organização tem regras, elas fazem parte da cultura e valores daquela empresa. Se o colaborador não está satisfeito com elas, pode expor a sua insatisfação em busca de flexibilização; caso não possa mudá-las, e isso for de encontro aos seus valores, é melhor procurar outra empresa que esteja de acordo com o que busca. O que não pega bem é quebrar as regras da organização: isso é malvisto profissionalmente e ainda pode incentivar outros empregados a terem a mesma atitude, interferindo no clima organizacional.

Fazer fofocas
Fofoca no trabalho sempre dá problema. Comentários sobre colegas acabam chegando aos ouvidos; além de causar o maior climão, seja entre as chefias, seja entre os pares. O melhor é que a comunicação seja clara. Se uma divergência é resolvida tão logo aconteça, o clima volta ao normal e o time pode seguir em frente sem coisas não ditas ou esclarecidas. A conversa franca entre todos é a melhor forma de evitar fofocas e questões interpessoais que comprometem o andamento do trabalho de todos.  

Realizar atividades pessoais no horário de trabalho
O momento do trabalho é para ser dedicado ao trabalho. É claro que idas pontuais e necessárias ao médico, por exemplo, podem sim ser feitas em horário de trabalho; atender uma ligação urgente da família e dos filhos também é normal e saudável. Mas conversas paralelas em redes sociais sobre problemas pessoais durante o expediente, ou saídas do escritório para resolver questões totalmente alheias ao trabalho não é recomendado.  

Comodismo
O comodismo é o grande inimigo do profissional da atualidade. Quem não estiver disposto a aprender coisas novas e desempenhar funções que não esteja habituado certamente terá dificuldade para ocupar as vagas disponíveis. As atribuições dos colaboradores estão se tornando cada vez mais complexas, por isso, jogo de cintura e vontade de aprender são requisitos fundamentais. Além disso, qual chefe vai querer promover aquele funcionário que sempre faz o mesmo, da mesma forma?  

“Para garantir uma posição de destaque, seja qual for o segmento, é importante que o profissional busque estar atualizado e preparado para as inovações do mercado, que a cada dia mais vem exigindo profissionais com múltiplas competências” finaliza Adriana.