Dados são da OMS, em 2019, e reforçam a importância da campanha Setembro Amarelo como forma de falar sobre o tema
O mês de setembro chega com bandeira amarela. A cor escolhida para este período do ano é para lembrar que o suicídio é um assunto que precisa de holofotes, afinal, continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, segundo as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicadas em junho de 2021, no relatório “Suicide worldwide in 2019”. Todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio: uma em cada 100 mortes, o que levou a OMS a produzir novas orientações para ajudar os países a melhorarem a prevenção do suicídio e atendimento.
A campanha Setembro Amarelo vem alertar sobre as causas que levam as pessoas a pensarem na morte como a solução para os problemas. Muitas vezes, segundo o psicólogo do Hapvida NDI, Carol Costa Júnior, grande parte das pessoas, que cometem o suicídio, pensa que todo esforço dedicado à vida foi em vão. Isso traz tristeza e melancolia. “Quando isso torna-se patológico? Quanto atrapalha a vida das pessoas e suas atividades. Caso perceba, procure ajuda especializada, um psicólogo, pois ele tem as ferramentas para te ajudar”, adianta o especialista.
Carol Costa Júnior explica que a depressão e a ansiedade já se tornaram o mal dos tempos modernos. “Estas doenças levam a pessoa a mudar o comportamento, muitas vezes tendo um movimento de tristeza mais profunda e melancolia. Com isso, ela muda a sua atitude para com a vida, levando a pensar no suicídio como solução para findar a dor que sente. Então, é muito importante perceber esses sentimentos e saber a quem recorrer”.
O psicólogo destaca a importância da rede de apoio. “A família precisa estar engajada, pois muitas vezes a pessoa que está passando pela depressão não percebe, mas quem está próximo sim”.
Carol Júnior destaca que a campanha Setembro Amarelo é muito importante, pois suscita esse assunto que, muitas vezes, não é divulgado. E o movimento de tristeza que acomete milhares de pessoas é levado às vias de fato. “É importante ressaltarmos a importância de preservar a vida e orientar as pessoas que, mesmo diante das dificuldades, é necessário aprender com os momentos complicados que a vida traz e sentir a alegria de viver, transitando pelos altos e baixos da existência, passando por eles da melhor forma possível, sempre buscando a ajuda de profissionais capacitados para ajudá-las”.