Aromaterapia para os pets: saiba como e quando usar

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Uso de óleos essenciais em animais deve ser feito junto aos cuidados veterinários e pode ajudar na prevenção ou tratamento de doenças, feridas e até carrapatos; especialista conta tudo sobre o tema

Assim como os humanos, os animais também podem ficar ansiosos, tristes, estressados, sentir cansaço, enjoo ou desenvolver alguma enfermidade. Nos dias de hoje, além do tratamento convencional com o veterinário, existem outras formas de prevenir doenças e até fazer parte de tratamentos, sem precisar recorrer a opções mais invasivas.

A aromaterapia é uma terapia holística que se dá por meio do contato e inalação dos óleos essenciais, compostos voláteis extraídos das plantas, e tem efeito sobre o físico, a mente e as emoções, podendo ser utilizada também em animais. Acontece que, por terem o olfato mais desenvolvido que os humanos, eles acabam respondendo muito bem ao tratamento, com um efeito rápido e efetivo. Um exemplo disso é que o homem tem cinco milhões de células olfativas, já um cão da raça Pastor Alemão tem duzentos e vinte milhões. Outro motivo é o fato de que, segundo neurologistas, o tato dos animais também é muito desenvolvido, onde o contato físico provoca diversas reações químicas.

Para que a aromaterapia pode ser utilizada em animais

Entre os motivos que se pode utilizar os óleos essenciais estão a redução de irritação e coceira provocada por pulgas e carrapatos, adestramento, medo, agitação, auxílio no tratamento contra o estresse, a depressão e ansiedade, e proporção de mais alívio e bem-estar em doenças leves. Independente do caso, é imprescindível que a aromaterapia seja aplicada no pet apenas com a consulta de um profissional veterinário. “É possível, junto ao tratamento convencional, pedir ajuda a um aromaterapeuta, que poderá orientar quanto às fragrâncias indicadas para determinado caso e os cuidados necessários sobre a aplicação e a concentração dos produtos”, conta Carla Dantas, especialista da Phytoterápica, pioneira em aromaterapia no Brasil.

Cuidados que devem ser tomados

É importante estudar as características e o comportamento do pet antes de fazer a utilização da terapia holística. Os óleos essenciais podem ser usados em quase todos os animais, como cães, gatos, cavalos, coelhos e hamsteres, mas a diluição pode variar de acordo com cada um. Por serem substâncias potentes é preciso tomar alguns cuidados. O uso inadequado desses óleos, sem o auxílio de um profissional, pode causar intoxicação, queimaduras, irritações, diarreias, salivação, desidratação, desmaios, entre outros sintomas. Para gatos, que tem um metabolismo mais sensível, podem ser usados os hidrolatos, que contém propriedades terapêuticas mais suaves.

Alguns cuidados na utilização dos óleos essenciais nos pets: não colocar as substâncias perto dos olhos, nariz ou genitais; não permitir a ingestão de forma oral; manter os frascos fora do alcance do animal; evitar o uso em fêmeas prenhes e filhotes; por último, em caso de óleo fotossensibilizante, como os cítricos, o animal não deve ser exposto ao sol por um período de até 12 horas após a sua aplicação.

Formas de utilização

Inalação direta: É a forma mais segura na Aromaterapia, pois a quantidade de óleo absorvido é bem pequena. Nesse caso, o proprietário pode fazer um spray aromático e borrifar na cama do animal, ou diluir o óleo essencial no óleo vegetal e aplicar no pano que o animal costuma usar para dormir.
Inalação por difusão: Os difusores podem ser elétricos, à vela ou pastilhas. Podem ser utilizados difusores por evaporação, aromatizadores elétricos e pulverização como o spray ou vaporizador.
Banhos: Na última água de enxágue.
Compressas: Para lesões deve-se fazer compressa morna, já para dores é recomendado o uso de compressa quente.
Pomadas: podem ser preparadas para caso de dores de coluna ou musculares.
Massagem: nesse caso, os óleos devem ser preparados junto aos óleos vegetais, sendo o mais usado para animais o óleo de semente de uva. Essa sinergia garante aplicação segura, além de oferecer uma boa permeação dos ativos dos óleos essenciais na pele.

Dicas de uso de óleos essenciais nos pets

O Guia Aromaterapia para Uso em Animais, da Phytoterápica, mostra algumas dicas de misturas que podem ser utilizadas, juntamente com os cuidados passados pelo veterinário: Para traumas emocionais, utiliza-se 2 gotas de óleo essencial de lavanda na nuca do animal, por 30 dias. Esse óleo também é recomendado para tratar feridas, misturando 3 gotas do mesmo com 8 gotas de óleo vegetal de Andiroba e aplicando no local com gaze esterilizada.

Contra pulgas e carrapatos pode-se utilizar 1 gota de óleo essencial de Tea tree com 1 gota de óleo essencial de Citronela na cama do animal, 1 vez ao dia. A maior parte das pulgas, 95%, fica no ambiente, somente 5% no animal. Então, locais por onde o animal passa como chão e móveis devem ser limpos. Já para enjoos e vômitos, deve-se pingar 1 gota de óleo essencial de Hortelã Pimenta na nuca, 1 vez ao dia, por 15 dias, sempre com o acompanhamento de um profissional.