Conheça a história do Henrique que foi diagnosticado com o problema aos 11 meses e chegou a perder a visão dos dois olhos.
Catarata é coisa de idoso? Nada disso! Pouca gente sabe, mas bebês podem nascer ou desenvolver a doença ainda na primeira infância. O problema é a principal causa de cegueira nessa fase da vida.
Esse é o caso do Henrique, hoje com 2 anos, diagnosticado com catarata aos 11 meses. A mãe Giovana Soares desconfiou que algo não ia bem quando ele começou a cair e chorava muito. “Nós percebemos que ele não estava enxergando do olho esquerdo e então levamos ele na emergência. O oftalmologista examinou o Henrique e disse que ele teria uma vida normal, mas que nunca mais iria enxergar daquele olho. Saímos de lá inconsoláveis”, disse a mãe.
Mas, Giovana não desistiu de procurar ajuda, chegou até ao oftalmologista pediátrico Rodrigo Fernandes. O especialista logo percebeu que se tratava de catarata. “Depois de realizar todos os exames ele nos deu a notícia maravilhosa de que a cegueira poderia ser revertida com cirurgia. O procedimento aconteceu 15 dias depois da consulta e foi um sucesso”, lembrou Giovana.
Após 3 meses, a catarata também acometeu olhinho direito do Henrique, os sintomas foram os mesmos. “Percebemos novamente que ele estava caindo bastante quando colocava tampão. A gente passava algo na frente do olho direito e ele só acompanhava se fizéssemos barulho. Mais uma vez, partimos para cirurgia que também foi um sucesso. O Dr Rodrigo e toda equipe cirúrgica foram impecáveis. Hoje, meu filho está enxergando bem”, contou a mãe.
Diagnóstico precoce é muito importante para sucesso do tratamento
A catarata congênita muitas vezes não apresenta sintomas. Por isso, o acompanhamento de rotina com um oftalmologista pediátrico é fundamental. “Na consulta observamos se existe alguma película esbranquiçada dentro olho, estrabismo, ausência de fixação em objetos, visão opaca e realizamos exames mais detalhados. A catarata é uma doença muito séria que pode levar a cegueira que pode ser revertida quando diagnosticada a tempo”, explicou o oftalmologista pediátrico Rodrigo Fernandes.
Segundo o especialista, o procedimento é rápido, seguro e indolor e pode ser feito nos primeiros dias de vida. Assim, é possível reduzir muito as chances de complicações, aumentando o sucesso do tratamento. “Alguns bebês, vão precisar usar lentes de contato ou óculos para que a visão volte ao normal. Para aqueles que nasceram com catarata congênita parcial, o tratamento pode ser feito apenas com uso de medicamentos e colírios”, explicou.
Causas da doença
As causas da catarata congênita vão desde má formação no período embrionário até fatores hereditários. A doença pode estar ligada também a rubéola, toxoplasmose e sífilis durante a gestação. Ela também pode aparecer em bebês mais velhos e crianças. Nessa fase, ela é chamada de catarata pediátrica e na maioria dos casos ocorre por conta de uma lesão no olho. “No entanto, outra situação que pode acontecer é a de um bebê nascer com a catarata congênita e ser diagnosticado apenas na infância. Por isso, a importância de um acompanhamento oftalmológico desde os primeiros meses de vida”, finalizou o médico.