Programa mineiro tem veiculação em rede nacional

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Com berço em Uberlândia, a série Simplesmente Minas será veiculada no Cinebrasil TV a partir de julho

Uma série com sotaque mineiro pensada e produzida por uma equipe do Triângulo. “Simplesmente Minas” realizada pela Close Comunicação com recurso gerido pela Ancine, BRDE e FSA,  ganha repercussão para todo o país com a estreia no dia 4 de julho pelo canal Cinebrasil TV. A numeração do canal varia de acordo com a operadora que o carrega.

As temporadas anteriores do “Simplesmente Minas” foram veiculadas no canal aberto TV Paranaíba, emissora Record e no canal fechado por assinatura Cinebrasil TV. Os episódios anteriores podem ser conferidos pelo site www.simplesmenteminas.com.br. Os novos episódios serão veiculados exclusivamente pelo Cine Brasil TV.

Em sua segunda temporada, a série que foi idealizada e apresentada por Celso Machado, tem roteiro de Nara Sbreebow, direção de arte de Diego Goar, produção de Ricardo Batista  e edição de Danilo Vieira. A série é uma imersão na cultura regionalista mineira por meio de personagens, relatos e traços marcantes da vida simples e rica em ensinamentos e sabedorias do interior de nosso estado. Os variados causos, dedos de prosa, trocas de receitas tradicionais, mistérios de tesouros enterrados por bandeirantes, “fofocas” históricas dos tempos do império, e emoções com o bioma Cerrado, as serestas e violeiros, personagens do Sertão de Guimarães Rosa, pintores, artesãos, pescadores e amigos conquistados ao longo da viagem fazem de cada episódio aquecido pela afetividade. São 20 capítulos com duração de 26 minutos cada.

Confira abaixo os conteúdos de cada episódio e as datas de estreias dos quatro primeiros episódios. O canal veiculará também reprises diárias durante todo o mês de julho.

Ep.01) Entre Causos e Anzóis – Estreia dia 4, às 21h30.

Vara, molinete, carretilha, anzol, barco. E a isca? Segundo os pescadores da região do Rio São Francisco a isca boa tem aqueles que pegam grandes peixes, que lutam com cobras gigantescas e sabem lidar com as criaturas que aparecem a noite nos barcos, como Nego d’Água. Muitos pescadores são confundidos com mentirosos, mas o que tem mesmo é uma boa imaginação e “sorte” ou “azar” de estar na hora e no lugar certo.

Ep.02) Guardiãs da História – Estreia dia 11, às 21h30.

Em Minas Gerais encontra-se um dos maiores conjuntos arquitetônicos e bens tombados como Patrimônio Mundial da Humanidade. E as igrejas são peças importantes do quebra-cabeças da nossa cultura. A divisão de classes sociais, a descobertas de grandes artistas, o ciclo do ouro. E ainda, os escombros de um passado muitas vezes visto apenas nos livros de história.

Ep. 03) Lembranças do Convés – Estreia dia 18, às 21h30.

Um recorte das grandes histórias da navegação fluvial nas águas do Rio São Francisco. Da época da Ditadura de Vargas, uma jovem artista encontrava refúgio no Benjamim Guimarães, um barco a vapor centenário que hoje atracado em Pirapora conserva história de pescadores, cantores, artistas e pessoas que fizeram deste meio de transporte um verdadeiro lar.

Ep.04) Quéde o Trem que Tava Aqui? – Estreia dia 25, às 21h30.

Falar de Trem em Minas é muito complexo, pois essa palavra para os mineiros tem muitos significados. E como meio de transporte entre as décadas de 1930 a 1960 é lembrado com muito afeto tanto por antigos passageiros como por ex- ferroviários. E ainda, a luta pela manutenção da ponte Marechal Hermes, a primeira construção civil a transpor um rio no país.

Ep. 05) Histórias em Paredes

O casarão onde viveu Padre Belchior, o amigo e conselheiro de Dom Pedro I. A moradia de Borba Gato, uma e entre tantas casas por viveu o bandeirante paulista e ainda a luta pela preservação e manutenção de um conjunto arquitetônico que guarda em suas “paredes” as histórias de Pitangui, de Minas e do Brasil.

Ep. 06) Doces Memórias

Ah, a cozinha mineira, os fornos, os tabuleiros… O pão de queijo, independente da região, classe social, ele sempre está presente. O Kubu uma quitanda a base de milho, feita de um jeito todo especial vem sobrevivendo para alegria de nossos paladares. Afeto carregado de memórias são alguns dos ingredientes que mantém viva essa tradição.

Ep.07) Notas do Nosso Som

A música regionalista de Minas seja nos traços da viola urbana, na viola clássica ou caipira traz as raízes daquilo que é mais marcante em nossa terra, o povo do campo. Numa Minas quase baiana os sotaques se misturam e dali de Pirapora, do Rio São Francisco nascem músicos e músicas barranqueiras.

Ep.08) Histórias que Valem Ouro

Quais experiências podem ter um mineiro que nasceu e viveu sua vida inteira de frente para uma Mina de Ouro do Século XVIII? Como o ouro está presente no cotidiano de algumas pessoas em Minas Gerais, será que ele ainda rola nas enxurradas que escorrem pelas ruas de Onça de Pitangui ou está à espera de caçadores de tesouro como o conhecido “Vela”?

 

Ep. 09) Adotados por Minas

“Um povo hospitaleiro” é como dizem as pessoas ao identificar os mineiros. É comum ouvir isso de migrantes e imigrantes que residem em Minas Gerais, como o tanzaniano Tcha Tcha. Mas as vezes, aquilo que mais acolhe está na natureza, uma conexão lembra a terra natal e faz pensar: o meu país é a Terra, o que era muito longe está perto. Nas amizades ou nas águas de um rio caudaloso.

Ep.10) Um Toque do Nosso Tempero

“Capelete de Ora Pro Nóbis com queijo Minas artesanal”, “Galinhada Árabe e o “Acarajé Mineiro”, cada um em um canto de Minas oferece um cardápio rico em culturas e temperos. A junção destes ingredientes, ampliam o sabor do que já era bom. Um convite a experimentação de uma culinária afetivamente mineira.

Ep.11) Memorável Guimarães Rosa

No “sertão” do Triângulo Mineiro um personagem típico Roseano conta suas aventuras com seres encantados que viviam no meio do mato. E ainda, relatos de pessoas que de fato conheceram e conviveram com “Manuelzão” um dos um dos personagens mais conhecidos do Grande Sertão Veredas. Os lugares por passou, os amigos e a vida simples que tanto inspirou Guimarães Rosa.

Ep. 12) Cê Num Vai Acredita, Sô!

A relação de verdade e mentira em alguns causos mineiros é dividida por uma linha muito tênue, pois depende muito de quem conta e a sua relação com o sobrenatural, com as crenças regionais e claro com a dose de humor aplicado a eles. O roubo da cabeça de Tiradentes, uma vela que se movia no ar, barulhos inexplicáveis e bichos gigantescos, só quem viu pode contar.

Ep.13) O Dom das Mãos

“É mais fácil fazer o violão que tocar” diz o luthier ao criar formas e sons. Do cerrado mineiro a inspiração pra desenhos em marchetaria e da madeira a arte barroca surge em traços tradicionais com leituras contemporâneas. Mãos em ação criando arte.

Ep.14) O Queijo de Minas e o Mundo

E pensar que de um castigo de criança surgiria uma queijeira de mão de cheia! Aquela menina levada não só cresceu e continuou a tradição da família como também fez do seu queijo o melhor mundo.

E ainda, a técnica europeia aplicada ao cuidado mineiro de tratar o leite antes mesmo dele ser tirado da vaca. Carinho, serenata e muito amor no trato com animais, o resultado é um queijo delicioso que viaja o mudo.

Ep.15) Doses de Histórias

Uma cachaça que é produzida desde o século XVIII e um representante da oitava geração de mestres alambiqueiros que conserva inclusive os causos. Os segredos da cachaça artesanal: técnicas adquiridas na observação e na paixão pelo ofício. E ainda uma receita de pastel de cachaça acompanhada por boas doses de histórias.

Ep.16) Sabor à Parte

Que a culinária mineira tem suas peculiaridades todo mundo sabe. Mas os segredinhos ou manias dos cozinheiros mineiros nem todos sabem. Mas aqui, algumas dessas maravilhas serão compartilhadas. Desde o preparo da carne de Panela na Banha, da carne de lata, até o jeito certo de preparar a panela de ferro e o fogo. Temperadas com muita prosa boa pra deixar as receitas ainda mais saborosas.

Ep.17) Obras que Contam Memórias

A relação de artistas que lidam com suas peças de ferro como seres que carregam memórias.

A fabricação de Sinos artesanais, produção manual única no país. Estátuas de ferro que contam trechos da história do Brasil colônia, a arte como manifesto de resistência. E ainda a transformação do que seria lixo em obras, vestígios da arte contemporânea.

Ep. 18) Há ou Não Há?

Assombração. Se a cidade é muito antiga ou pequena, pode esperar que lá vem um causo de arrepiar. Algumas cidades como Ouro Preto, Mariana conservam hábitos desde os antepassados, como a procissão das almas, realizada até os dias de hoje. Era preciso muita reza e vela pra dar conta de tanta alma perdida, já em outros lugares uma simples conversa as vezes já resolvia.

Ep. 19) Palavras da Alma

Um “bicicleteiro” ou um poeta? Uma catadora de papeis ou uma grande escritora? Um aposentado ou um trovador? Pessoas simples que não consegue separar seu cotidiano da poesia e ainda o legado de uma das maiores escritoras brasileiras Carolina Maria de Jesus.

Ep.20) “Ah! O Talento

Há quem diga que talento tem é quem lida com arte com coisa que enche os olhos de tanta boniteza, sim, claro. E tratar bem, saber receber as pessoas também é? E tirar som, fazer melodias com instrumentos improvisados? Realmente pra fazer algumas coisas nessa vida e lá para as bandas Minas é preciso ter muito talento.

Ficha Técnica
Apresentação e Direção: Celso Machado
Roteirista: Nara Sbreebow
Produtor Executivo: Ricardo Batista dos Santos
Diretor de Fotografia: Leandro Teixeira
Câmeras: Leandro Teixeira e Eugenito Junior
Técnico de Som: Nemer Castro
Diretor de Arte: Diego Goar
Editor de Imagem: Danilo Vieira e Diego Goar
Música de: Celso Machado e João Araújo
Trilha Musical: Arnaldo de Freitas
Designer: Diogo Nunes e Rogério Passos
Mentora de Formato: Krishna Mahon, Arthur Voltolini
Coordenação Executiva: Rosilei Machado