Atividades de beleza e bem-estar contribuem para a saúde mental, se tornando uma das prioridades dos brasileiros durante a pandemia
Se 2020 foi um ano em que a população experimentou restrições para ir ao salão, ao barbeiro e outras atividades de bem-estar, 2021 veio consolidar a demanda por esses serviços em domicílio e como prioridade.
Segundo um estudo recente realizado pelo Ideia Big Data, milhões de brasileiros anseiam pelo fim da pandemia para, antes de tudo, investir nos cuidados físicos e emocionais. Isso inclui desde o retorno às igrejas até os cuidados com a beleza, que foram indicados como prioridade por 24% dos entrevistados.
“Muita gente já deu um jeito de fazer isso de forma segura. Quem nunca viu meme sobre o boom da yoga na pandemia, por exemplo? Não é à toa. A demanda por essa atividade no formato online só cresce. O mesmo acontece com os serviços de beleza em domicílio”, relata Gabriella Garcia, fundadora do app BNYOU, conhecido como o “uber da beleza” e que cresceu 985% de 2020 para cá.
São incontáveis os estudos que mostram que cuidar do corpo impacta positivamente a saúde mental. Essa tendência é observada de perto pelos profissionais do aplicativo. “Com a pandemia, passei a atender minhas clientes exclusivamente em casa e percebo como isso fez diferença na qualidade de vida delas. Clientes mães, que estão sobrecarregadas com filhos e home office, quando fazem um corte relatam que a autoestima aumenta, se sentem confiantes e isto colabora para que todo o resto funcione melhor”, conta a cabeleireira Juliana Lima, que atende pelo BNYOU.
“Poder manter a beleza e o bem-estar em dia, e com segurança, é um grande diferencial. Uma tendência que veio para ficar, mesmo após a pandemia. Os clientes se surpreendem com a gama de serviços que podemos oferecer em domicílio, o que inclui manicures, cabeleireiros e barbeiros, a yoga, a massoterapia, depilação, personal stylists, entre outros”, elenca Gabriella, que é sócia do BNYOU ao lado de Fabio Rigoni.
Cuidados com a aparência e a saúde mental
Quadros de ansiedade e depressão se tornaram mais frequentes na pandemia. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) comprovam esta tendência por meio de estudos que indicam que 80% da população brasileira está mais ansiosa, com um aumento de 90% nos casos de depressão. O número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou.
Para a especialista em saúde integral Karen Klocker, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR), os cuidados pessoais podem estimular a autoestima, o empoderamento e a autoconfiança. “Uma pessoa se olhar no espelho e gostar do que vê é o início de uma cura interior. É preciso ressaltar as características positivas dentro de si para driblar os mecanismos sabotadores. Desta forma, é possível trabalhar a confiança, perceber o que faz mal e avançar sem culpa”, explica.
A empresária Luísa de Figueiredo, cliente do BNYOU, também acredita no autocuidado como estímulo para uma boa saúde mental e faz uso do aplicativo com frequência. “Para mim, o autocuidado está nas pequenas coisas e priorizo esses momentos. São compromissos que tenho comigo mesma. Seja fazer uma massagem para relaxar depois de um dia intenso de trabalho, fazer as unhas ou uma limpeza de pele. Isto vai muito além da estética, é um cuidado de fora para dentro. E o app me traz segurança e qualidade dentro de casa”, detalha.
Segundo os dados do BNYOU, atrelar os cuidados pessoais à saúde mental é uma tendência não só entre os clientes, mas também nas empresas. “Cada vez mais recebemos pedidos de empresas em busca de serviços de beleza e bem-estar para seus colaboradores. São pequenos gestos que refletem rapidamente na autoestima, ânimo, produtividade e felicidade no ambiente corporativo. Tudo se torna mais ativo e saudável”, finaliza Gabriella.