Convites para a rede social chegam a ser vendidos por até R$600,00. Produtores de conteúdo começam a usar o APP para expor marcas parceiras com mais proximidade para os consumidores.
Club House, nova rede social de áudio, se tornou o assunto da última semana na internet e fora dela. Convites para o APP chegam a ser vendidos por outros usuários por R$600,00. Apesar dos internautas estarem publicando os prints de seus perfis recém-criados do Club House em outras plataformas, como Instagram, Facebook e Linkedin, a audiência não pode simplesmente escolher, por si só, passar a ter um perfil também. O que acontece é que a rede social só pode ser utilizada em iPhones e além disso, só está aberta para novos membros mediante envio de convites por participantes já ativos.
A atratividade vai além da “modinha” e chama atenção pelo caráter de exclusividade, os membros vêem na rede social o passaporte para estar perto de pessoas influentes, clientes, contratantes ou mesmo ícones de diversas áreas. O diferencial é que no Club House não se tem, ainda, as distrações dos milhões de seguidores que tornam a voz da maioria das pessoas inaudível pelos perfis maiores. No último dia 31 de janeiro, o bilionário Elon Musk fez uma palestra no APP, o que poderia ser comparado a uma reunião privada que se acontecesse em formato presencial, seria praticamente inacessível para gente comum.
Desde a época do Orkut que as marcas começaram a enxergar o potencial de marketing contido no alcance de público das plataformas de relacionamento social.
Nos últimos 5 anos, no entanto, a explosão dos influencers, a diversificação de tipos de rede social para diferentes nichos, bem como o crescimento dos anúncios e das estratégias de exposição de produtos virou grande parte da verba das maiores marcas para o marketing digital.
Na onda do Club House, Fabi Calvo que é Máster em Etiqueta e Table Decor e Isabela Azevedo que é apaixonada por mesa posta e caseirices, ambas produtoras de conteúdo com dezenas de milhares de seguidores no Instagram, iniciaram um projeto na rede social queridinha do momento para colocar em contato marcas e consumidores do mercado de mesa posta brasileiro.
Fabi Calvo que tem larga experiência com realização de eventos para grandes marcas no Brasil e outros países da América Latina diz que enxergou na forma de interação da Club House uma oportunidade de criar mais um ponto de proximidade com seu público. “Antes da pandemia, o caminho mais comum era a realização de eventos de experiência de marca ou lançamentos de produtos de forma presencial, ou seja, em lojas físicas e espaços de eventos. Com a necessidade de distanciamento social, o Club House nos coloca numa mesa de diálogo, em que as marcas podem não apenas falar, mas também ouvir e sentir seu consumidor. Nas redes sociais mais massivas, muitas vezes a informação se perde frente às outras distrações, anúncios e publicações que apenas passam pela tela”, analisa Fabi Calvo.
O projeto de conteúdos em áudio com temas voltados para o mercado de mesa posta idealizado por Fabi Calvo e Isabela Azevedo terá edições semanais às quartas-feiras, com início no dia 17 de fevereiro, em uma sala comandada pela dupla no aplicativo.