Dra. Valeska Rodrigues, docente de Medicina Veterinária da Instituição, avalia o bem-estar dos animais e alerta para o perigo dos dias quentes
Animas de estimação também sentem as altas temperaturas do verão e da mesma forma podem sofrer danos de saúde. E é por isso que a Dra. Valeska Rodrigues, especialista em Medicina Veterinária e professora do curso na Universidade de Franca (UNIFRAN), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, orienta sobre os principais cuidados com pets nesse período e avalia as diferenças da absorção corporal de calor entre cães e gatos.
“Os dias quentes produzem sensações corpóreas como calor, alterações cutâneas, maior risco de exposição solar e suas consequências. O mesmo vale para os animais de companhia. O verão exige cuidados especiais e esses cuidadores precisam saber quais são as especificidades de cada animal”, argumenta Dra. Valeska.
Segundo a especialista, diferentemente dos humanos, a troca de calor dos cães e gatos, por exemplo, não é por transpiração, mas predominantemente pela respiração. É comum perceber que cães ofegam mais facilmente que gatos. “Isso implica em 70% na perda de calor corpóreo, uma pequena transpiração ocorre nos coxins, aquelas “almofadinhas” dos pés e mãos desses animais”, afirma.
Para aliviar o calor, a doutora explica que os pets passam a buscar alternativas, como locais mais frescos, deitar de barriga no chão, procurar mais por recipientes com água. Além disso, alguns animais sofrem mais que outros, a depender da massa corpórea e a pelagem. “Animais maiores, acima do peso, têm mais dificuldade em manter o conforto térmico. Já algumas raças podem vir a óbito, a exemplo do grupo dos braquicefálicos, como Buldogues e Pugs”, alerta a especialista.
É importante também que os tutores estejam atentos a alguns comportamentos diferentes dos pets, principalmente, nesse período. A solicitação da ajuda imediata de um médico veterinário em casos de dificuldade na respiração, mudança na coloração de boca e língua, posição de buscar o ar, esticando o pescoço, diminuição da ingestão de alimento, é de extrema importância para o bem-estar do animal.
Por essa razão, é mais fácil prevenir do que tratar as consequências das exposições solares e ao calor. E para isso, a especialista da UNIFRAN dá dicas fáceis de como refrescar os animais:
- Abuse de frutas congeladas. Congelar pedaços de frutas ou água de coco, oferecer água fresca com maior disposição, lâminas d’agua, tomar cuidado para que não ocorram acidentes, e oferecer os alimentos em horários mais frescos do dia.
- Prefira passeios em horários mais frescos. Evitar caminhar com seu animalzinho entre 10 e 16h, uma vez que podem ocorrer queimaduras nos pés e pele.
- Use protetor solar. O ideal é que se use protetor solar especial para animais, para prevenção de queimaduras e lesões mais graves como as neoplasias de pele.
- Procure um médico veterinário. Caso ocorram as queimaduras, lave a área acometida com água limpa e leve seu pet a um profissional, pois ele irá avaliar a necessidade de algum tratamento. Este profissional também indicará o melhor protetor solar para o seu cão ou gato, de fórmula comercial ou manipulada, que também ajudará a evitar o câncer de pele a longo prazo.