Com a atual pandemia de covid-19, o diagnóstico da dengue deve ser ainda mais preciso, para não ser confundido com o coronavírus. Precisamos estar atentos a essa doença já conhecida pela nossa população, mas que todos os anos atinge um grande número de pessoas. A dengue também mata.
O mais importante é tentar eliminar os focos do transmissor da doença, o mosquito Aedes Aegypti. Sobre os sintomas, conversamos com a infectologista do Hospital Santa Clara, Dra. Simone Ferreira.
Sintomas
Até cerca de seis dias após a picada do mosquito o vírus pode se manter incubado. “Os primeiros sintomas são dores musculares, de cabeça, náuseas, febre, dores atrás dos olhos, fraqueza e dor abdominal, lesões avermelhadas e coceira na pele (estas podem estar ausentes). Os sintomas podem ser confundidos com outras viroses, além do novo covid-19”, explica a infectologista.
Esses podem ser sintomas da dengue de forma leve a moderada. “A forma mais preocupante é a hemorrágica, quando o paciente tem sangramentos na gengiva, na urina e nos órgãos do sistema digestivo ou outros locais decorrentes da queda de plaquetas, o que pode ser precipitado por medicamentos como Aspirina (AAS) e anti-inflamatórios, sendo estes portanto, contraindicados na suspeita de dengue”, enfatiza Dra. Simone.
As complicações da dengue hemorrágica podem levar à queda da pressão arterial e podem causar falência circulatória. “Doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes precisam de atenção especial e o médico precisa estar alerta, com monitoramento frequente”, explica a infectologista.
Como tratar?
O diagnóstico precoce, até o 3º dia (período ideal para se realizar os exames) é essencial para iniciar o tratamento e prevenir complicações. Para os casos mais brandos da doença, os remédios são para aliviar a dor e os demais sintomas, além de repouso e hidratação.
Prevenção
O mais importante é eliminar focos do mosquito, evitando água parada.
– Cuide do quintal para que não acumule água em objetos ou calhas (***local habitualmente esquecido).
– Use telas de proteção nas portas e janelas.
– Evite locais com casos confirmados da doença.
– Use repelentes.